Capítulo 5

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Kyle

   Eu queria muito provar que eu ainda sabia encantar as garotas, aquela garota, sem sombra de dúvida, era a mais difícil de dobrar para dizer sim, era teimosa, e eu estava gostando disso.

Tenho de admitir que a conversa de manhã soou meio estranha, parecia mesmo um psicopata, mas Cole serviu de muita ajuda. Eu tinha o convocado para ir na minha casa fora do campus e contei tudo para ele, Miles disse que não deveria, mas eu precisava de mais informações, se queria fazer com que ela saísse comigo.

Cole me contou a muito contragosto. Ele era leal a ela, sem dúvida, soube do negócio das irmãs, o lugar que ela trabalhava, o nome completo dela e qual era o curso, coisas básicas que qualquer tonto descobriria em uma conversa. Mas, a parte difícil foi convencer Cole a não contar para ela. Tive que usar a desculpa "no time nós somos uma família", ele prometeu não contar, mas também disse que se ela descobrisse isso iria me ameaçar de castração.

Eu achei que fosse brincadeira, mas, pela expressão, de Cole ele estava falando a verdade.

Eu tinha certeza de que não estava usando a vontade dele entrar no time ao meu favor, porque Cole era divertido demais, Miles já tinha escalado ele para todas as festas, antes mesmo da gente se ver fora do campo, ele tinha esperança de achar um Miles 2.0 no time.

Mas, agora eu precisava me focar no meu próprio desafio. A monotonia foi embora desde que Daisy entrou de soco como meu objetivo, era legal ter ela assim, me fazendo fazer coisas idiotas como cantar "I want to break free", mesmo que a minha voz fosse de taquara rachada, era divertido, principalmente, porque agora ela tinha me dado uma desculpa para literalmente me esfregar nela.

Nunca tinha visto uma pessoa ficar tão envergonhada quando ela. Ela queria que eu rebolasse, pois eu ia rebolar nela.

Para a tristeza de muitas, Daisy estava sendo a única a ganhar um lap dance comportado de mim, eu não ia tirar a roupa nem nada e nem toquei nela, mas eu mexia os quadris de forma provocante a um ponto das mulheres dali começarem a gritar, e Daisy claramente querer se enfiar em um buraco, então parei para recuperar um pouco da bondade dela.

- Então? Já assumi a minha masculinidade e fiz um showzinho. Vai querer mais alguma coisa? – Ela estava de queixo caído, sem conseguir dizer uma única palavra, mas ela arregalou os olhos, quando viu alguém atrás de mim.

Eu me virei também. É o chefe dela vinha até nós, eu teria que pedir desculpas, assumir a culpa e dizer para ele que nada indecente conheceria ainda, a menos que ela permitisse, porque, de alguma forma, eu gostava de implicar com ela.

O cara parecia legal, ele estava com o cenho fechado, mas antes, quando entrei, ele parecia se divertir muito atendendo os clientes. Ele chegou a alguns passos de nós e cruzou os braços esperando que algum de nós dissesse algo, claramente Daisy estava muito mexida com a minha sensualidade para dizer algo.

- Desculpe, Senhor, não queria atrapalhar Daisy, nem nada. Nada inapropriado iria acontecer aqui. – Disse e dei uma piscadinha para Daisy. – Me desculpe por atrapalhar. – Ele levantou uma das sobrancelhas, depois os olhos foram para Daisy e voltaram para mim.

- Você fez tudo isso para tentar chamar a minha filha para sair?

A frase me deixou sem chão. Filha! Ele acabou de chamar a Daisy de filha? O maldito do Cole não tinha me dito que ela trabalhava na cafeteria do pai.

Eu abri e fechei a boca incapaz de dizer alguma coisa, apenas ouvia as gargalhadas dos caras atrás de mim, enquanto meu cérebro tentava processar o fato de que eu acabei de fazer um lap dance na frente do pai de Daisy, na Daisy.

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