Capítulo 13

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Daisy

   Meu telefone toca muito alto, me levanto no susto. Pego o celular e atendo na hora ainda no automático, então analiso o ambiente ao meu redor.

Estava escuro lá fora, a barulheira do meu celular nada discreto não acordou a Lili, que pelo cheiro parecia ter ouvido as minhas indicações sobre o balde ao lado dela. Afasto meu rosto do celular e... ERA 3 DA MANHÃ?

Que tipo de pessoa me ligaria a esse horário, então olhei o indicador de chamada... Kyle? O que ele queria comigo a esse horário?

Bufo sozinha, completamente te irritada. A noite não serviu para eu pensar sobre o que tinha acontecido. Levando em conta que, eu só tinha deitado fazia 1:30, minha cabeça não tinha exatamente relaxado para pensar com clareza.

- O que, Kyle? – Murmuro levantando da cama e saindo para a sala.

- Você tem que abri a porta!Ele grita e eu olho para a minha porta de madeira, ouvi o mesmo grito lá fora.

Todo o meu corpo ficou tenso.

Ele não deveria estar aqui! A voz bêbada claramente indica que ele não era exatamente Kyle, uma versão bêbada dele, que eu não conhecia. Por que as pessoas ficavam bêbadas e eu tenho que cuidar? Eu queria estar bêbada a esse ponto!

Abri a porta e o rosto sorridente de Kyle e meio fora de órbita apareceu. Aquele enorme homem estava encostado contra o batente da porta, o cabelo moreno estava caído e grudado na testa, o celular ainda no ouvido quando os olhos azuis ganhavam uma nova luz.

- Oi, Florzinha gostosa. – Ele diz sorridente demais.

- Kyle? – Tiro o celular do meu ouvido e largo no móvel ao lado da porta. – Por que você tá aqui? – Ele deu um grande suspiro.

- Eu...queria fica com você. – O homem deu um passo para frente com um controle motor invejável, para o estado de embriaguez, que parecia estar. – Você invadiu a minha cabeça e o meu pau, Florzinha. – Ele segurou meu queixo com uma das mãos me fazendo o encarar. – Você é uma bruxa?

Eu tive que rir, isso era ridículo demais. Kyle tinha gostado de ter ficado comigo e, agora, a mente masculina e idiota dele romantizou tudo. Ainda não podia lidar com aquilo, ainda nem decidir se a primeira vez que a gente transou foi certo ou não, então não estava nem um pouco certa de que deveria ter uma segunda vez.

Não agora! Tenho uma péssima experiência de transar bêbada, vomitaram em mim, não foi legal e não pretendo repetir a dose.

Mas o ponto era, eu estava confusa, mas meu corpo não. Kyle me impregnava com a intensidade daqueles olhos azuis maravilhosos, ele tinha desejo puro e meu corpo respondia a um estímulo tão mínimo, cruzei a pernas discretamente.

- Vem, Kyle. – O puxei para dentro, fechei e tranquei a porta atrás de nós. – Como chegou aqui? Por favor, não me diz que veio de carro.

Eu coloco um dos braços dele por cima do meu ombro e quase caio com a brutalidade daquele peso morto. Tento, com certa dificuldade, levar ele até o sofá minúsculo para uma criatura daquelas.

- Vim correndo. – Ele disse dando de ombros. – Precisava ver você, Florzinha.

- Correndo? Mas sua casa é tipo 20 minutos a pé. – Ele dá uma risada baixa quando cai de bunda no sofá.

- Esse é o meu desespero e confusão. Você me deixa confuso, Florzinha. – Ignoro ele.

- Não importa agora, Kyle. – Sentei na mesinha de centro bem de frente para ele. – Você vai dormir aqui...

Corda bamba Onde histórias criam vida. Descubra agora