Capítulo 12

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Daisy

Matteo meu ofereceu uma carona e eu decidi aceitar. Ele está bem, tinha tomado só uma cerveja e, ele mesmo disse, que não ofereceria uma carona se não soubesse que estava bem para nos levar.

Acomodei as duas na parte de trás do carro e elas capotaram no minuto que Matteo começou a andar no Toyota dele.

- Eu tenho que tirar uma foto disso. – Falei pegando meu celular, e Matteo riu. – Olha o estado delas!

- Como a gente não conheceu vocês antes? – Ele perguntou sorrindo enquanto volto para frente e ainda rindo com aquela foto icônica, que estará na formatura das duas.

- Vocês são jogadores fodas e tal, nunca olhariam para um grupo esquisito desses. – Disse acenando para trás meio sem jeito.

- Não é verdade! – Ele diz risonho com aquele sotaque italiano maravilhoso.

- Não? – Pergunto e abro meu celular. – Ouça o que a ceninha do seu amigo me causou.

Eu tinha mantido o celular no mudo a maior parte da noite, porque eu odiava ser atrapalhada durante o jogo, mas, quando eu o abri, vi que tinha 30 MENSAGENS de garotas completamente desconhecidas, que me chamaram ou me ameaçaram por causa daquele beijo do Kyle.

Então, começo a recitar para ele.

Vc é a garota q Kyle Becker beijou?

Aqui é sua amiga da aula de história, Alice! Vc tá saindo com os gatos do futebol?

Melhor se afastar garota, Kyle não é seu.

Esse último foi o que me fez concordar com Kyle em não espalhar as coisas por aí. Não que eu não conseguisse lidar com uma garota ciumenta. Quando eu estava brava, eu era boa de briga.

- Quer mais? Eu tenho várias. – Ele começou a rir muito e jogou o enorme corpo para trás.

- Isso é muito ridículo. – Ele disse parando de mexer os ombros.

- Eu sei! Que tipo de mulher manda uma coisa dessas. – Comentei voltando a olhar para o celular.

- Então, você e o Kyle decidiram manter o segredo do sexo só entre vocês ou, quando eu chegar em casa, vou ouvir alguma coisa?

Todo o meu corpo ficou em alerta, mas eu dei uma risadinha tentando mascarar o meu desespero. Sabe, trazer à tona a atriz que tem em mim, se existe uma.

Como ele sabia? Tudo bem que, nós dois estarmos com marcas do pescoço não deixava a gente com a cara de mais desentendido do mundo, mas ninguém pensou isso.

- A gente não transou. – Digo agradecendo por minha voz sair normal. – Por que acha transamos? – Pergunto dando de ombros, mas eu queria realmente saber.

- Kyle é um dos meus melhores amigos, eu conheço a cara de "Acabei de fazer sexo" dele. – Franzia a testa e olhei para o Matteo, que tinha um sorrisinho no rosto. – Então, eu sei que vocês transaram em algum lugar daquele bar e, por favor, não me conta onde. – Acabei rindo das caretas dele.

- Ele pediu para não contar. Algo sobre mulheres loucas atrás dele, e eu entrar em uma briga. – Olhei para o celular e aquelas mensagens passou na minha cabeça. – E acho que ele tá certo, essas garotas devem pensar que o pau dele é a cura do câncer. – Matteo acaba explodindo em uma risada, e eu me junto a ele.

- Você é divertida, Perez. – Ele disse, já entrando no campus. – Qual é o seu prédio?

Respondi para ele, e fico olhando Matteo. Será que ele era assim com todo mundo? Descontraído, divertido e... bem, observador?

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