Lanchonete dos Kim's | Imagine Jihyo

· Momentos tensos

[...]

Uns minutos depois, Yoongi e meu avô chegaram na lanchonete com varias sacolas em mãos, o rapaz ficou para nos ajudar e o idoso foi para casa, reclamando de uma dor insuportável na coluna.

Até esse momento estava tudo ótimo, clima descontraído e calmo, conversas bobas vinham e voltavam entre as garotas e os garotos, mas infelizmente chegaram uns clientes indesejados na lanchonete.

- Nossa, esse lugar continua a mesma espelunca velha de sempre! - Jaebom foi o primeiro a abrir a boca, obviamente para falar o que ninguém queria escutar.

Assim que todos entraram, eu me levantei do banco giratório e encarei os seis garotos com o mesmo olhar morto que a maioria deles direcionava a mim. Reparei também que Junior não estava junto com o grupo, o que já não era novidade, nos últimos meses ele parecia se distanciar cada vez mais dos demais e, por mais difícil que parecesse, eu o via tentado conversar com outras pessoas, aquelas totalmente diferentes do seu atual grupinho social. Enfim, sempre o achei o mais provável de ver a gravidade dos problemas que eles causavam.

- Achou que ia acontecer o que? Esse lugar é quase um monumento da cidade - Yugyeom respondeu o amigo como se fosse óbvio.

- Parece que tiramos a sorte grande, os esquisitões estão todos aqui! - Kunpimook se aproximou e colocou as mãos na cintura, olhando para todos que estavam na lanchonete.

- Vocês não são bem vindos aqui - por fim, eu disse seriamente, cruzando os braços e olhando nos olhos de cada um. Taehyung e Jungkook saíram de trás do balcão e se colocaram do meu lado.

- Ah, que pena! Cheguei a ficar tristinho - Mark debochou.

- Não fique. Vocês podem ir lá para trás, tem uma lata de lixo bem grande esperando por vocês - Taehyung retrucou áspero.

- O querem aqui? - enfim, Jungkook indagou.

- Nada demais, apenas ser educado e devolver o chute que a "coisinha" de vocês me deu hoje cedo - Jackson avançou sobre mim e ergueu a gola da minha camisa. Os meninos ficaram prontos para atacar, mas viram meu sinal e apenas entraram em alerta.

Antes que eu falasse algo, as amigas da minha irmã se aproximaram e interviram.

- Pois não se preocupe em fingir ser o "moço educado" que todos acham que conhecem, antes vai ter que conversar comigo - Chaeyoung se pronunciou, afrontosa como sempre.

- Não se mete, anão de jardim! - YoungJae vociferou.

- Ou o que? Vai chorar para a mamãe, mimadinho? - retrucou a Son, fechando o punho com força.

Vendo que Jeongyeon e Tzuyu também se colocaram em posição de defesa e Sana pegou o celular discretamente, decidi interferir antes de algo desastroso começar.

- Dê um fora daqui, Jackson. Você ouviu o que um dos seus idiotas disse, todos estão aqui - falei friamente, agarrando o lado oposto da camisa do Wang.

- E se eu não quiser? - ele aproximou o rosto, quase o colando no meu.

- Já chega! Jackson, você e seus amigos vão embora, por favor - Nayeon exclamou, dando um passo a frente e separando eu e Jackson, espalmando uma mão no meu ombro e a outra no peitoral dele.

- Eu estou te incomodando, Nay? - ele soltou minha camisa e sorriu sarcástico para a Im.

- Não só a mim, mas como os funcionários e clientes da lanchonete também - ela diz firme e séria, mas ele sequer ligou.

O moreno olhou no rosto de cada uma das meninas e dos meninos, o semblante arrogante e soberbo, como se fosse invencível e superior a todos ali. Enquanto observava a lanchonete, de repente seu rosto parou na direção do grupo de garotas, as orbes castanhas ganharam um brilho intenso, vivo, a sua respiração prendeu e seu rosto adquiriu uma coloração mais avermelhada - principalmente as orelhas -, de imediato um sorriso largo mandou embora a expressão atrevida e ar orgulhoso que pairava sobre Jackson.