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Em alguns minutos, a cachoeira apareceu no meu campo de visão e logo mais a frente, a casa na árvore. A queda d'água continuava a mesma e o riacho também, não pareciam ter mudado nada, mas a casa em questão...
Infelizmente, as madeiras estavam úmidas e cheias de ervas daninhas, o que dava a impressão de estar podre e nada segura, assim como a escada que usávamos para subir, cresciam musgos e grama em quase todos os degraus. Estava totalmente diferente de como era em minhas lembranças, na época em que estávamos aqui todos os dias para cuidar dela com todo o carinho que tínhamos.
Ver a casa daquele jeito me fez sentir aquele sentimento de solidão, aquela mesma sensação de quando percebemos que estamos crescendo e tudo ao nosso redor começa a mudar rapidamente, tão rápido que sequer conseguimos acompanhar direito. Eram tantas memórias felizes e únicas que tivemos naquela casinha e agora, vê-la quase deteriorada, como se não tivesse sido nenhum pouquinho importante ou que não tivesse feito nada demais além de ter sido construída para crianças estranhas, me trazia uma sensação tão triste. Nosso lugar seguro havia sido destruído, e o único culpado era o tempo.Ficamos em silêncio por um tempo, nada além das respirações ofegantes e os sons comuns do bosque. Ninguém sabia o que dizer, era como um cenário perdido no tempo, ao mesmo tempo em que reconheciamos tudo ali, também não conseguíamos acreditar que estava tudo tão diferente.
De repente, o primeiro a se pronunciar foi o nosso mais corajoso e meio "lelé" da cabeça.- Foda-se que está podre! - Taehyung simplesmente disse, sem nexo algum e deixando todos sem entender o motivo de sua frase repentina.
Até agir como o Taehyung...
O azulado correu em disparada para a casa, subindo com certa dificuldade as tábuas de madeira cheias de terra e musgo escorregadio, pouco se importando com as consequências que poderiam surgir com sua ação. Tae abriu a portinha com um chute nada delicado e adentrou como se não tivesse nenhum risco naquele lugar.
Afinal de contas, estavam lá justamente para isso, não é mesmo? Até conseguia entender a cabeça da garoto, pensando dessa forma.- Taehyung, espera aí! - Jungkook exclamou, tão elétrico quanto o tal. Incentivado pelo Kim, o mais novo se animou e correu para dentro da casinha logo em seguida.
- Ei, vocês nem sabem se isso ainda está firme! - Namjoon foi o próximo a exclamar, avisando com certa preocupação, mas os dois sequer deram atenção a sua fala e sumiram para dentro da construção.
Observamos o amontoado de madeira por alguns segundos, esperando para ver se ela iria continuar no mesmo lugar ou se desmontar tábua por tábua com peso daqueles dois marmanjos. E para a nossa surpresa, ela continuou na árvore. Intacta, como se o peso deles não fizesse diferença nenhuma.
- Olha, se ela não caiu com esses dois... - Hoseok começou com a voz meio receosa, mas deixou suas palavras no ar, deixando que tirássemos a conclusão por nós mesmos.
- Porém ela tem mais chance de cair com mais gente - Yoongi completou segundos após o Jung e, por outro lado, seu tom de voz deixava claro o que estava pensando.
Completamente errado, o Min não estava. Aquela casa era um perigo para qualquer coisa que estivesse por perto, era como um copo de vidro na beirada de uma mesa, um mínimo atrito e a merda tava feita.
Entretanto, vindos de dentro da casa, os gritos eufóricos e, aparentemente, pulos e passos brutos de Taehyung e Jungkook ecoaram pelos nossos ouvidos como uma clássica música de metal, quem sabe alguma do Metallica ou do Slipknot.
- Acho que é melhor a gente ir antes que eles terminem de destruir a casa - por fim, eu disse enquanto começava a me aproximar com certa lentidão da construção que fora feita anos atrás, antes dos garotos que estavam ali pensarem em esperar mais um pouco e verem até onde a pobre casinha poderia aguentar.
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Lanchonete dos Kim's | Imagine Jihyo
Fanfiction[Imagine Park Jihyo | LongFic | G!P/Intersexo] _____________ S/n Kim, uma jovem que ajudava nos afazeres da velha lanchonete do avô junto ao seu grupo de cinco amigos e sua irmãzinha mais nova, vivia seu último ano do ensino médio, pronta e esper...