Depois de dar uma explicação mais detalhada para Taehyung sobre a conversa com meu avô, pois o mesmo não se contentou com as minhas palavras "nada informativas", fui ao meu quarto e vesti uma jaqueta, o clima estava começando a esfriar bastante ultimamente. Achada e vestida, a minha companheira de zíper e algodão, passei rapidamente no banheiro do cômodo e joguei uma abundante medida de água no rosto. Odiava profundamente aquela expressão de choro, os olhos vermelhos e inchados me traziam a sensação autêntica de futilidade, fraqueza, covardia, e muitos outros que me faziam sentir como uma criancinha medrosa.
Recordava-me de dez anos atrás, quando meus dias se resumiam em chorar durante maior parte do tempo e desejar, com todas as minhas forças, para que tudo aquilo fosse um sonho, ou melhor, um pesadelo difícil de acordar.Proibindo de tocar naquele, tão infeliz e cruel, assunto sobre minha mãe, me apressei em espantar aqueles pensamentos o mais rápido possível. Não podia ficar chorando tanto como hoje, já tinha ultrapassado os limites, não era mais uma criança para fazer tal drama.
Respirei fundo e tentei me controlar, acalmando meu coração que ainda se apertava dolorosamente ao lembrar da mulher, fiquei um pequeno período de tempo até o nó em minha garganta afrouxar e aquela sensação de querer desmoronar em lágrimas cessar. Por fim, mesmo não tão recuperada quanto precisava, sai do banheiro e, logo em seguida, do quarto, seguindo em direção a cozinha.Ao chegar no último cômodo, encontrei o garoto alto e de fios azuis no local e o chamei para irmos resolver nosso único compromisso relacionado a lanchonete hoje. O mesmo, que tomava seu desejum muito bem feito por sinal, virou tudo o que restava no copo de achocolatado e enfiou o último pedaço de bolo dentro da boca. Atrapalhado e apressado, Taehyung foi até a pia e lavou a boca, mesmo ainda mastigando, o que gerou alguns risinhos dos meus avós e irmã. Com um sorriso tímido, secou o queixo e metade do rosto com o pano de prato pendurado no balcão e veio correndo até mim.
Nos despedimos do casal de idosos e da adolescente rapidamente, peguei o molho de chaves que sempre trazia comigo e seguimos até a garagem pela porta de trás. Taehyung abriu o portão metálico e voltou para a picape, e então liguei o motor e joguei em primeira, assim saindo de nossa casa.
[...]
Assim que parei a picape em uma vaga no fundo estacionamento, apenas Taehyung saiu. Apressado, o Kim correu até a porta de vidro e deixou o aviso colado acima da maçaneta com um pedacinho de fita adesiva transparente. A placa dizia, em letras bem grandes e destacadas em tons de vermelho, branco e preto, que o estabelecimento estaria fechado durante o final de semana e só voltaria a abrir segunda-feira.
Na minha opinião, isso era algo bom até, geralmente era nos finais de semana que a lanchonete enchia e nós trabalhávamos feito desesperados para atender toda a clientela. Era realmente muito cansativo, tanto que, em dias como esse, quando vovô não abria, aproveitamos para dormir até tarde e descansar.Feito o que deveríamos fazer, liguei o motor da caminhonete para irmos embora e passei o cinto pelo corpo com a mão livre, arrumei a postura no banco e mudei para marcha ré calmamente, saindo rapidinho para voltar o quanto antes. Não tinha muita coisa em mente sobre o que fazer quando chegasse em casa, talvez voltasse para o quarto e começaria a imitar algum dos moveis para não ter que ir a tal bendita festa de Wendy, ou me daria por vencida e inventaria qualquer distração para não passar o resto dia entediada.
Enquanto meus devaneios percorriam soltos pelos meus pensamentos, como normalmente faziam, de repente eles foram interrompidos de maneira brusca e inesperada. Em meio ao silêncio tranquilo que estava dentro do automóvel, de um segundo para outro, Taehyung soltou um "Ah!!" demasiadamente alto e grave, quase como um grito surpreso (ou assustado, não soube diferenciar na hora), me fazendo parar abruptamente o carro e olhar espantada para ele.
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Lanchonete dos Kim's | Imagine Jihyo
Fanfiction[Imagine Park Jihyo | LongFic | G!P/Intersexo] _____________ S/n Kim, uma jovem que ajudava nos afazeres da velha lanchonete do avô junto ao seu grupo de cinco amigos e sua irmãzinha mais nova, vivia seu último ano do ensino médio, pronta e esper...