• Sim, é só Taehyung! •

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[...]

Chegamos a uma decisão unânime, antes de encontrar Hoseok e Yoongi no carro do Sr. Jung, primeiro iríamos atrás de Jungkook e Taehyung, daí iríamos procurar Dahyun e as meninas, para finalmente nos juntarmos aos irmãos Park e podermos ir embora sem mais preocupações.

Bom... Esse deveria ser o plano principal.

Ficamos bons minutos procurando pelos dois garotos mais novos. Vasculhamos o mini bar, a pista de dança, as mesinhas na varanda, os dois banheiros do primeiro andar e, até mesmo, olhamos dentro de alguns quartos para ver se o encontrávamos, porém não achamos nada além de jovens aproveitando tudo o que tinham (e o que não tinham) direito, sequer as meninas nós conseguimos encontrar.

Entretanto, quando pensávamos seriamente em passar na farmácia mais próxima para colocar créditos no celular de Jungkook para ele atender as nossas ligações ou começarmos a gritar feito loucos pela casa até sermos expulsos, algo nos chamou atenção de repente. Como a voz de um arcanjo de luz, quando saímos na frente do casarão, ainda a procura dos dois, escutamos uma exclamação de raiva que conhecíamos perfeitamente bem. Olhamos para além da piscina, aonde um grupo grande de pessoas faziam apostas e passavam mal enquanto tentavam beber um barril inteiro de bebida por uma espécie de funil ligado a uma mangueira, e foi lá, escondido no canto menos visível e mais imperceptível do grupo, que vimos Jungkook sentado na borda enquanto quase arrancava os cabelos com as mãos.

Estava com uma feição que raramente víamos, raiva. Jungkook com raiva ou irritado era algo que não víamos com certa frequência, pois o garoto sempre foi uma pessoa calma e brincalhona, dessas que não levam as situações a sério tão facilmente, tanto que era preciso falarmos a ele quando era algo sério. Porém o jeito como ele tremia as duas pernas e enfiava os dedos por entre os fios de seu cabelo, com uma violência dolorosa, já me deixava óbvio que não era apenas raiva que o Jeon estava passando. Falta de paciência e o sentimento de ansiedade eram coisas que o estressava demais e era justamente por isso que ele preferia agir como criança, não tinha que se preocupar ou lidar com certas coisas que os mais velhos tinham que lidar.

Toquei o braço de Namjoon e apontei para o garoto sentado na borda da piscina, os pés descalços dentro da água se mexendo incontrolavelmente e dando claros sinais de ansiedade, foram o sinal que o Kim precisava para também notar o jeito que o Jeon estava. E pela sua careta, não era uma coisa tão boa.

Nós entreolhamos um para o outro por breves segundos antes de começarmos a nos aproximar da piscina. Quando faltava alguns passos até chegar perto do mais novo, ele pareceu perceber a aproximação e ergueu o olhar em nossa direção, vendo que éramos nós, ele largou os pobres fios e pousou a mão sobre o peitoral, suspirando com tanto alívio que parecia que um peso muito grande tinha abandonado sua consciência.
Jungkook se levantou rapidamente e correu até onde estávamos, tomando certo cuidado com os pés molhados. Primeiro, ele abraçou Namjoon com muita força, praticamente se jogando em cima do Kim, demorando a se soltar do mesmo, tal momento entre os meninos pareceu tão necessário e emocionante que optei por não falar nada até ambos se separarem, e quando se distanciaram, ainda sem se afastar completamente, o mais novo olhou no fundo dos olhos do platinado e perguntou se estava bem enquanto uma mão apertava o ombro largo e a outra deslizava pelos fios curtos. Obteve, como resposta, um aceno duvidoso de cabeça e os lábios pressionados em um tipo de sorriso mínino, o qual, uma pessoa que conhecia Namjoon muito bem ou que tinha conhecimento do significado de suas manias, sabia que esse aceno, em específico, seguido desse sorriso queria dizer que nem mesmo ele tinha certeza do que acabara de "dizer".
Jeon, que já sabia o que significava, suspirou fundo e puxou o amigo para mais um abraço apertado e caloroso, como se quisesse dizer ao mesmo que ele estava ali para o apoiar e ajudar no momento que precisasse, e Namjoon entendeu perfeitamente a intenção do garoto. Esse segundo abraço demorou um pouco mais do que o imaginado, pois, acredito eu, que Joonie aprofundou a demonstração afundando a cabeça no ombro do mais novo, em uma tentativa de esconder o rosto e as, prováveis, lágrimas de emoção.

Lanchonete dos Kim's | Imagine JihyoOnde histórias criam vida. Descubra agora