Os problemas de Tobio-kun. -Parte Três.

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Desde já agradeço pela sua atenção e peço, antecipadamente, desculpas por qualquer erro aqui cometido.








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                     -P.O.V. On - Tobio-

  Agora que já tirei os band-aids, só preciso passar um pano com um remédio para não infeccionar e colocar novos curativos. Hinata está sentado no banco do vestiário e estou ajeitando essa bagunça que ele chama de curativo. Por sorte, só um pé está machucado; o outro está intacto. Hinata tem pés tão pequenos em comparação aos meus. É macio, considerando o tanto que ele pedala e corre e salta. A panturrilha dele é musculosa(o que não é de se surpreender, já que pedala até a casa dele e o colégio todos os dias), os pelos são clarinhos, a coxa é bem farta e segue direto para o short, que está bem em cima e deixa as pernas dele bem visíveis. Como deve ser apertar?

  -...eyama! Kageyama!! -O Hinata chama e o encaro.
  -O que foi? -Pergunto voltando a empapar o pano limpo com o remédio antibactericida.
  -Está irritado?
  -Claro que estou! Se você se machucar mais, como vamos jogar?! -Bravejo fechando o vidro e logo passo o pano no pé dele.
  -Ai! -O Hinata exclama tentando puxar o pé por instinto e eu seguro mais forte. -Isso arde!
  -Para de chorar, boke! Ninguém mandou não se cuidar! -Digo continuando o trabalho e ele aperta meu ombro com a mão esquerda.

  Meu coração acelera quando sinto a pressão no ombro e levanto meu olhar para ele. O Hinata está com a mão direita sobre a boca e os olhos cerrados, enquanto suas bochechas adotam um tom róseo. Lindo. Espera. Lindo? Não, não, não, não! Já estou delirando. É febre, tenho certeza.

  -Pronto. Só vou colocar os curativos. -Digo após terminar de limpar as feridas e passo a gaze no pé dele.
  -Hnm... Obrigado, Kageyama. -Hinata fala baixo e notavelmente constrangido, já que as bochechas estão vermelhas e não está me olhando nos olhos.
  -Vê se não vai piorar a situação. -Falo apontando para o pé dele.

  O Hinata só concorda e guarda os tênis, saindo do vestiário todo alegre. Tsc. Já vi que eu quem tenho que arrumar essa bagunça, então recolho os curativos usados e jogo fora, colocando a caixa de primeiros socorros de volta no armário e o pano no cesto com as toalhas sujas.
  Volto para a quadra e o que eu vejo? O boke do Hinata está sobre os ombros do Tanaka-san, brincando com o Nishinoya-san, que está nos ombros do Asahi-san. Grrr!! Sério, o quanto mais ele quer me irritar?
  Vou a passos pesados até eles e pego o Hinata dos ombros do Tanaka-san.

  -Hinata boke, quer se machucar mais?! E se você caísse?! Já pensou que poderia torcer o tornozelo?! -Eu rosno ao colocá-lo no chão.
  -Eu estou bem! Para de me irritar! -Ele fala vermelho de raiva e eu seguro nas bochechas dele com uma mão.
  -Você não está bem! Olha o seu pé! Não vai poder jogar se não se curar, boke! Quer piorar a situação? Quem sabe eu possa quebrar ele para você?! -Digo apoiando a ponta do meu pé em cima do pé dele.
  -Para! Isso dói! Para! -Ele choraminga me empurrando e eu rosno.
  -E-ei... Kageyama, não precisa ficar assim. -Asahi-san fala após baixar o Nishinoya-san e eu o encaro.
  -Eu não ia deixar ele cair. -Tanaka-san diz orgulhoso.
  -Kageyama, vem aqui. -O capitão fala e eu vou até ele, não sem antes encarar Hinata e o ver mexer no pé. -Eu sei que o Hinata se machucar é ruim para todo o time, mas você não precisa ficar tão irritado.
  -Mas ele é um idiota desmiolado! Se eu não cuidar, como ele vai melhorar?
  -Eu acho que você está se sobrecarregando demais com o Hinata, Kageyama. -Suga-san diz ao lado de Daichi e eu suspiro. -É por causa daquilo que você disse hoje de manhã?
  -Aquilo de de manhã? -Daichi-san pergunta confuso e eu suspiro outra vez.
  -Acho que estou ficando doente. Com febre. -Digo apertando o tendão entre meu pescoço e ombro e lembro do toque de Hinata e meu corpo aquece. -Eu sinto... meu corpo quente. Minha barriga gela e meu coração dispara. Às vezes me sinto até meio fraco, como quando o Hinata caiu em cima de mim agora a pouco. E senti meu estômago revirar quando ele apertou meu ombro no vestiário, enquanto eu limpava as feridas do pé dele. E quando toquei no pé dele e vi a perna se projetando até a ponta do short, tive vontade de tocar mais e isso fez meu coração acelerar e meu corpo esquentar. -Falo para eles e espero uma resposta, mas ambos estão com uma expressão estranha.

  Suga-san começa a ficar vermelho e olha para Daichi-san, que também está um pouco vermelho.

  -Ãhn... Então, Kageyama... Isso é... -Suga-san balbucia coçando a nuca e procura as palavras para usar. -Isso só acontece quando o Hinata está perto, não?
  -Basicamente. Ou quando eu penso nele.
  -Aha... Então, você não está com febre. É, bem... O Daichi vai dizer o que é isso! -Suga-san diz batendo nas costas do capitão, que fica um pouco mais vermelho e manda um olhar desesperado para o Suga-san.
  -Pa-paixão. -Daichi-san fala tão baixo que acho que entendi errado.
  -O que disse?
  -Você gosta do Hinata. -Ele fala, só que em um tom normal e eu travo.

  Eu o quê? Do Hinata? Não. Ele é só um imbecil desmiolado. Não gosto dele. Ele... Ele está jogando bola com Nishinoya-san, com os dois sentados e sorrindo. Tsc. Sempre sorrindo para todo mund- Não. Eu gosto... do Hinata?

  -Haha... Parece que a ficha está caindo! -Suga-san comenta com uma risada e eu levo a mão à boca. Meu rosto está esquentando e meu corpo também.

  Droga! Saio de perto deles e caminho com a cabeça abaixada na direção do vestiário. Droga, droga, droga! Corro para o banheiro e jogo uma água no rosto, levantando o olhar para meu reflexo no espelho.

  -Eu gosto do Hinata.

                        -P.O.V. Off-












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Novamente agradeço pela sua atenção e peço desculpas por qualquer erro aqui cometido.

Confusões - KageHinaOnde histórias criam vida. Descubra agora