Shou-chan fora de ritmo. -Parte Quatro.

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Desde já agradeço pela sua atenção e peço, antecipadamente, desculpas por qualquer erro aqui cometido.






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                 -P.O.V. On - Shouyou-




  Ah, meu deus! Não sei o que fazer! Estou mais nervoso do que deveria(mais até do que seria saudável). Sei que é só o Kageyama de sempre, mas acontece que é o Kageyama de sempre pelo qual estou ap-paixonado...! Até falar isso para mim mesmo na minha mente é vergonhoso! Não sei o que dizer para ele. Já estamos saindo dos portões do colégio e ainda não trocamos uma palavra. Ele está tão quieto... Eu deveria usar esse momento para falar? E se ele me rejeitar? Pior ainda; e se ele não quiser mais fazer colocações para mim?! Não, não, não, não! Isso não pode acontecer!
  "Você pode dizer como se sente ou passar a vida toda se torturando ao pensar em como teria sido se tivesse dito. A escolha é sua", foi o que o Suga-san disse, mas eu não sabia que era tão terrorífico! Como as pessoas conseguem fazer isso?! Ugh... Minhas mãos estão suando e meu estômago está embrulhado. É como se eu estivesse para entrar em quadra.

  -Ei, boke, chegamos. -O Kageyama diz sentando no banco da parada e eu vou bem devagar me sentar também.

  Tão calmo. Ele nem desconfia o que se passa na minha cabeça... De alguma, forma essa calma toda dele me irrita. Quem disse que ele pode ser assim de sereno enquanto eu estou surtando por dentro?!

  -Bakayama...
  -É o que?!

  Ops. Falei em voz alta...

  -Eh? Nada! Eu só... -Kya! Ele está vindo para cima de mim. -Espera! Espera!
  -O boke aqui é você, boke! -O Kageyama diz apertando meu rosto com a mão direita dele. A mão dele é tão grande...
  -Bsfufa! -Eu peço -ou tento pedir- desculpa, levantando minhas mãos em sinal de rendição e ele me solta.
  -Hinata boke.

  É um pouco decepcionante quando ele me solta... Estranho eu querer que ele continue me apertando só para não ter que me afastar? Ah... Os olhos dele estão tão brilhosos hoje. São tão bonitos e serenos.

  -O que foi? -Kageyama pergunta de repente.
  -O que?
  -Você está me encarando igual um idiota. Quer alguma coisa? -Pergunta sério e eu sinto meu rosto esquentar.

  Sério que fiquei encarando? Que vergooonha!! Agora meu coração está ainda mais agitado e minhas mãos suando mais! O que eu faço? O que eu faço? O que eu faço?

  -Ei, Hinata! -Kageyama me chama me sacudindo pelos ombros. -Para de viajar! Daqui a pouco seu ônibus chega e se ficar viajando assim vai perder a parada para descer na sua casa!
  -Ah? Não... Estou bem. Tudo bem. Eu só... só estava pensando. -Eu resmungo meio nervoso, mas não consigo desviar meu olhar do dele.

  Kageyama está tão perto. Seu corpo está até inclinado na minha direção. Seus olhos têm uma cor tão linda... As mãos dele estão fazendo uma pressão bem leve nos meus ombros... O cabelo do Kageyama é uma graça quando se olha de perto assim. Me sinto entorpecido por isso... Eu quero- Espera! O QUÊ??!! O Kageyama me beijou! Ele está me beijando! Oh, meu deus! Oh, meu deus! Oh, meu deus! I-isso é... É tão estranho, mas também é bom. O que eu deveria fazer? Segurar ele também? Minhas mãos não se movem! Meu corpo todo está tenso e não sei o que fazer!
  Não, não, não, não! Ele está se afastando! Que vergonha! O que eu falo agora? Deveria me confessar? Quer dizer... Se ele me beijou é porque gosta de mim também, não é? O Kageyama me beijou... Ele me beijou. Beijou a minha boca! Ai, meu deus! É agora! Vou dizer!!

  -K-Ka-Kageya-
  -Seu ônibus chegou. -Ele diz já em pé e eu sinto meu chão rachar.

  Não! Eu quero mais tempo! Finalmente tomei coragem para falar!

  -Não vai entrar? -Kageyama pergunta apontando para o ônibus e eu subo dois degraus. -Até amanh-
  -Eu gosto de você, Bakayama!! -Digo antes da porta se fechar e vejo a expressão de total surpresa no rosto dele, então o ônibus começa a andar.

  Não acredito que falei! Ai, meu deus! E agora? Minhas mãos estão formigando... Ai, deus, o que eu fiz?! Ele parecia tão surpreso. Surpreso demais, talvez? Isso quer dizer que ele realmente não esperava que eu falasse algo como aquilo... Então quer dizer que ele não gosta de mim e não pensou que eu pudesse gostar dele? Se é assim, como vou encarar ele amanhã? E se ele me rejeitar mesmo depois de termos nos beijado? Não, não, não, não...! O que foi que eu fiz? O que foi que eu fiz? O que foi que eu fiz?! Quero chegar em casa logo e me enterrar no meio dos cobertores...


                          -P.O.V. Off-












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Novamente agradeço pela sua atenção e peço desculpas por qualquer erro aqui cometido.

Confusões - KageHinaOnde histórias criam vida. Descubra agora