↳ Living In London ✘ Louis Partridge

↳ treze

POV S/N

— Por que tantas canetas? — questiono, rindo.

Louis veio do setor de materiais escolares — o mesmo corredor em que esbarramos pela primeira vez —  com as mãos preenchidas por canetas cor-de-pêssego.

— Sem perguntas, por favor, vamos pagar e ir ao nosso próximo destino — diz, com um ar superior enquanto passa por mim.

Sorrindo, o sigo enquanto levo comigo a cesta de compras que fizemos para mais tarde.

(...)

— Uou... O restaurante em que tivemos nosso encontro! — murmuro, logo que adentramos o local que, por sorte, não estava muito movimentado.

— Eu sinto tanta falta daqueles tempos... — Louis sussurra, enquanto andamos de mãos dadas até uma mesa vazia.

— Quando foi que tudo saiu do controle assim? — pergunto mais a mim mesma, do que ao meu ex que me encarava.

— Meio que foi culpa minha, né? Se eu não fosse tão... covarde — sua voz falha e posso ver seus olhos castanhos lacrimejando.

— Ei... — meus olhos pousam em sua mão debruçada sobre a mesa, meio hesitante, roço meus dedos nos seus tentando confortá-lo. — Não foi sua culpa, sabemos bem o que realmente ocorreu.

— Eu sei, mas eu sinto que poderia ter feito alg...

— Louis, não podemos mudar o passado, por mais doloroso que ele fora, vamos apenas seguir em frente e recomeçar... — desabafo. — Não quero tocar nesse assunto novamente, vamos falar de outra coisa! — desvio meu olhar da movimentação lá fora do estabelecimento para o rosto de Louis, que tinha um sorriso bobo. — O que foi?

— Recomeçar? — ele repete, sem tirar seu sorriso único de sua face.

— Eu falei isso? Não me lembro... — finjo, enquanto apanho o cardápio fino que estava em minha frente.

— Eu te amo... muito... — sinto meu corpo tremer ao ouvir tais palavras.

— Sabe a minha resposta. — Foi a única coisa que consegui dizer, eu ainda não conseguia me expressar tão facilmente... mas eu também o amo, o amo tanto...

— Não precisa se justificar e nem dizer que me ama também, apesar de eu saber que sim — ele brinca. — Mas eu quero deixar bem claro o meu amor, mesmo falando apenas três simples palavras, mas que tem um enorme significado... — meu coração palpitava cada vez mais forte, não consegui evitar um pequeno sorriso, e Louis percebeu isso.

Antes mesmo do moreno pronunciar algo, um dos vários garçons que estavam ali chega para anotar nossos pedidos que logo são preparados e trazidos até nossa mesa.

Agradeci mentalmente ao colocar aquele pedaço de batata cozida em minha boca.

— Já reparou em como a batata fica boa em qualquer forma? É o verdadeiro significado de "perfeita de todos os jeitos" — comento, assim que engulo o curto gole do suco de melancia que coloquei na boca segundos atrás.

— Então, você é como uma batata pra mim! — Louis fala, rindo.

— Eu deveria ficar brava, mas não consigo, porque foi realmente uma boa cantada...? — falo, acompanhando o riso de Louis.