↳ Living In London ✘ Louis Partridge

↳ dez

essa música resume um pouco do capítulo de hoje, recomendo.

boa leitura!

POV S/N  

A primeira coisa que sinto ao abrir meus olhos e ver a claridade do dia invadindo meu quarto é uma intensa dor de cabeça acompanhada com tontura e sensação ruim no estômago.

Parece até que fui atropelada por um caminhão... E, Meu Deus... ONDE ESTOU?

Levanto da cama nada familiar e observo que ainda estava com o mesmo vestido vermelho de ontem, porém o traje ficou amassado e havia algumas manchas — provavelmente de bebida — espalhadas pelo tecido.

Depois de conseguir me equilibrar de pé, olho ao redor observando o cômodo cinza e meio vazio. Havia apenas uma cama, uma estante com alguns livros e objetos de decoração e uma mesinha para apoiar o abajur que permanecia ligado. Nem cortina havia para cobrir as janelas. Bem, mas esse não é o caso. Eu estou numa casa totalmente desconhecida por mim e me preocupando com a decoração, céus!

— Michael? — grito, ao ouvir um barulh de passos pelo que parecia um corredor.

Me aproximo da porta assim que vejo a maçaneta virar, na esperança de ver meu amigo e, assim, poder espancá-lo por ter permitido que eu bebesse.

— Escuta... LOUIS? — paralizo ao ver a cena de Louis Partridge usando apenas uma calça moletom e deixando seu abdômen à vista.

— A princesinha acordou — diz, com um tom de voz divertido.

— Por que estou aqui na sua casa? — franzo as sombrancelhas enquanto passos aos mãos pelo meu cabelo bastante bagunçado.

— Bem... você bebeu, endoidou e eu iria te levar para sua casa, mas a bonita aqui perdeu a chave na festa, então não tive outra opção a não ser lhe trazer para minha casa — explica, enquanto começa a arrumar os lençóis bagunçados da cama que eu usara. — E, antes que me xingue, preferia que eu lhe deixasse na rua?

— Óbvio que não. Não sou tão ingrata desse jeito, Louis — suspiro. — Valeu. Mas não precisava, já que eu estava com um amigo.

— "Não sou ingrata" — o mais velho resmunga com uma voz aguda.

Se eu não estivesse a ponto de passar mal, retrucaria sua provocação.

— Eu preciso ir embora — falo, sentindo minha garganta secar a cada sílaba que saía de minha boca.

— Calma, como amigo peço que fique e tome café da manhã comigo — Louis suplica, impedindo que eu saia do quarto.

Ver seu corpo tão próximo fez com que eu apenas balançasse a cabeça em concordância. Eu realmente não queria discutir, então aceitar seria a melhor opção.

— Sente-se aí que irei lhe servir — fala autoritário, eu aperto minha barriga ao sentir o cheiro de ovos sendo fritos. — O que foi? — Louis pergunta, preocupado.

— N-nada, apenas enjôo. A noite anterior foi bem... — apoio minha cabeça na bancada.

— Espera... você se lembra? — fala, largando o garfoque segurava de forma brusca.