POV S/N
Acordei entrelaçada nos lençóis e levemente inclinada na direção de Louis, que dormia tranquilamente com uma expressão calma. Antes de tomar coragem para levantar, deitei de lado e fiquei o observando por um tempo, pensei em tudo o que já passamo, em toda nossa história até aqui... É realmente algo que serve para inspiração de um livro, talvez? Quem sabe...
Depois de fazer as higienes básicas de toda manhã, desço até a cozinha. Eram sete e vinte e quatro da manhã quando de início ao preparo do nosso café da manhã. Espero que Louis não acorde até eu finalizar tudo.
Enquanto aguardava o trabalho da cafeteira terminar, parei para observar melhor o cômodo em que me encontrava, afinal ontem logo que chegamos subimos direto para seu quarto e com toda aquela "adrenalina" não tive tempo nem de dar uma leve olhada pela casa.
A cozinha não era tão diferente da minha. Na verdade, era comum, cores que combinavam e um balcão de mármore que se destacava no meio do ambiente. Resolvi fazer um pequeno passeio, a casa, ou melhor, a mansão era bem grande. Teria que deixar a tour completa para depois mesmo.
Passei por um corredor e fui admirando de relance os cômodos. Sala de jantar, uma sala de jogos, sala de cinema?! O.k., já sei onde irei passar meus próximos dias. Subi uma escada dando de cara com uma porta entre aberta, a empurrei levemente fazendo que um barulho irritante invadisse meus ouvidos. Rapidamente um aroma amadeirado preencheu meus pulmões e não pude evitar a ansiedade — uma boa ansiedade — que senti ao ver todas aquelas prateleiras enormes recheadas de livros e mais livros, de todos os tamanhos e com capas de todas as cores. Sala de cinema? Não. Passo pela biblioteca.
Enquanto pesquisava poe alguns títulos em uma prateleira próxima a entrada, o cheiro do café me despertou meus sentidos outra vez. Me despedi dos queridinhos amigos de papel e desci até a cozinha novamente. Já eram quase oito horas, me apressei para preparar nossa refeição logo. Minha surpresa para Louis não podia falhar.
(...)
— Bom dia! — exclamo, assim que entro na porta e o vejo com a intenção de levantar-se da cama. — Pode se deitar novamente, fiz nosso café da manhã.
— Ei, eu que iria fazer isso! — resmunga, com um sorriso ainda sonolento.
— Digamos que é um presente por... sabe, não ter desistido de mim. De nós — falo sentido um rubor em minhas bochechas.
O mesmo se ajeita na cama e deixa um leve aperto de meu nariz, ri fraco com o gesto.
— Eu é que agradeço por não ter me dado um pé na bunda, S/N. Obrigada, de verdade por você não ter desistido de mim — desvio meu olhar do dele.
— Eu te amo, sabia? — mordo meu lábio inferior tentando não deixar-me a vergonha me vencer.
— Uma S/N carinhosa numa manhã ensolarada? Me sinto um mocinho de livro — o garoto brinca enquanto toma um gole de café quente. O vejo fazer uma careta.
— O que foi? Está ruim?
— Não, não... Só queimei a língua — ele ri. — Eu também te amo, sabe disso... — Louis diz, voltando ao assunto anterior.
Deixo um beijo em seu maxilar e volto a me concentrar em meu pão de queijo. Não ficou igual ao que comemos no Brasil, mas deu pro gasto, eu acho.
— Vi que tem uma biblioteca aqui — falo, animada.
— Já viu? — o mesmo pergunta, de boca cheia.
— Já! — sorrio.
— Era pra ser sua surpresa, S/N! Mas eu deveria saber, já que é tão curiosa — Louis reclama, franzindo o cenho.
— Ei, amor. Me desculpa, mas sabe que não resisto a bibliotecas, ainda mais uma enorme igual a sua.
— Ela não é minha — fala, simples. — É sua — seus olhos castanhos encontram os meus. — S/N, seus olhos estão brilhando! — ele ri. — Acho que nem quando me conheceu seus olhos brilharam tanto.
— São livros! Apenas meus? — me levanto da cama pulando. Mas ao perceber meu ato, me acomodo novamente. — Desculpa, me empolguei.
— Adoro te ver assim... feliz, essa cena já é suficiente para dizer que hoje não irá me abalar — meu namorado diz, rindo enquanto deixa nossa bandeija, agora quase vazia, em uma mesinha que havia ali perto.
— Muito obrigada! — pulo em seus braços. Ele ainda estava apenas de cueca, então pude sentir sua pele fria me arrepiar mesmo que eu estivesse com uma camisola.
— Não precisa me agradecer, o seu sorriso já diz tudo — ele diz, me segurando em seus braços.
Me sentia em uma verdadeira cena de romance. Naquelas cenas em que lia em fanfics do Wattpad. Ali, envolvida pelos braços fortes da pessoa que mais amo, me sentindo verdadeiramente feliz e bem comigo mesma. Espero que esse seja meu verdadeiro "Felizes para sempre", pelo menos por um bom tempo... Louis Partridge... o eterno garoto da caneta de pêssego com quem discuti no meio do supermercado em uma tarde de janeiro, jamais vou me esquecer de mencionar essa história toda vez que pessoas me perguntarem como nos conhecemos e nos apaixonamos... E eu irei o amar para sempre, até meu último suspiro. É uma promessa.
NOTAS DA AUTORA
demorei, mas cheguei com o penúltimo capítulo da fic :( escrever isso me deu uma sensação de nostalgia quando decidi começar feelings e nossa, já está com mais de 130k de leituras! muito obrigada a tds que leram até aqui e tiveram paciência de esperar por novos capítulos. Cada um aqui tem um pedaço do meu coração e gratidão por votar e comentar ajudando no engajamento ‹3 espero que a fic tenham agradado vocês e desculpem por não ter feito algo melhor, esse bloqueio que venho passando tem atrapalhado não só minua vida no wattpad, como aqui fora também...vou fazer a interação de sempre, mas dessa vez relacionada a fic.
qual o momento em que mais te marcou em feelings? (vale tanto para o primeiro, como o segundo livro)
qual o personagem que mais gosta?
se pudesse dedicar uma música para a relação da s/n com o louis? qual dedicaria?
se em algum futuro próximo, os dois adotassem uma criança, seria menino ou menina? e qual nome daria a ela?
se pudesse dedicar um livro a relação dos dois, qual seria?
gostaram do que leram até aqui?
até o próximo capítulo, que será o epílogo ‹3 obrigada de verdade a tds os leitores desses dois livros do louis! amo vocês 💗
VOCÊ ESTÁ LENDO
↳ Living In London ✘ Louis Partridge
Fanfic[LIVRO DOIS ✘ FEELINGS] Mais de um ano se passara depois que Louis voltara a Londres. S/N, por mais que as cicatrizes da partida de Partridge ainda doessem, resolveu seguir em frente, afinal, suas esperanças sobre Louis retornar morreram junto com...