『 67 』As Fênix

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Harry

De repente, a voz de Voldemort volta a ecoar.

- Combateram corajosamente... Mas foi em vão... Não é isso que eu desejo. Cada gota de mágico vertido é um desperdício terrível... Por isso, vou ordenar a retirada das minhas forças. Na sua véspera, enterrem seus mortos com dignidade... Harry Potter... Me dirijo somente a ti agora... Esta noite você permitiu que seus amigos morressem por ti, ao invés de me enfrentar pessoalmente... Não há maior desonra... Me encontre na Floresta Proibida e aceite seu destino... Se não o fizer, matarei todo homem, mulher e criança que tentarem te esconder de mim...

Nós todos nos entreolhamos. Senti um enorme aperto em meu coração, pois sabia que, apesar de Tom Riddle ser um monstro, ele tinha razão. Eu deveria ter o enfrentado sozinho, e não arriscado a vida de milhares de pessoas.

Saio de lá totalmente absorto em meus pensamentos. Volto para Hogwarts, e logo vejo que todo o exército de Voldemort já havia se retirado do castelo. Abro as enormes portas da frente, dando de cara com muitas pessoas mortas no chão. Cada passo que eu dava, mais corpos e mais gente sofrendo. Estávamos todos derrotados.

Foi quando eu vi alguém que eu conhecia. Uma pessoa que eu conhecia bem. Aproximei-me de Sirius, que estava ajoelhado no chão. Quando me aproximei o suficiente, percebi que ele estava deitado e chorando sobre o corpo de Lupin, que estava bem ao lado do corpo de Tonks.

Sirius chorava muito alto e desesperado, repetindo "meu amigo", "meu velho amigo", o tempo todo... Eu estava arrasado e não consegui conter as lágrimas. Ele percebeu a minha presença, se levantando.

- S... Sirius...

- Meu garoto...

- Eu sinto muito...

- Venha aqui!

Corri até ele, que me apertou num abraço.

- A culpa é minha... A culpa é toda minha...

- Não, Harry...

- Seu melhor amigo está morto e a culpa é minha... Tonks está morta e a culpa é minha!

A culpa não é sua... - ele disse, ainda me abraçando - A culpa é de Voldemort... Ele vai ter o que merece...

- Ele... Ele vai tentar me matar - digo entre soluços - Eu não posso fazer nada...

- Você não pode se entregar!

- Eu preciso... - eu digo, enxugando as lágrimas - Snape me deu isso... Ele disse para levar até a penseira...

- Vá... Estarei aqui embaixo, esperando por você.

Mesmo desanimado e destruído por dentro e por fora, Sirius me incentivou a fazer como Snape havia me dito. Eu subo escada acima, até a sala de Dumbledore, onde iria abrir o frasco e joga as lágrimas na Penseira do diretor.

────── •●• ──────

Scarlett

Juno correu na minha direção, com toda a fúria disponível em seu corpo, levando suas mãos no meu pescoço. Ela atirou-me contra a parede, que rachou atrás de mim. Caí de joelhos, tentando recuperar o meu fôlego.

Mas ela nem sequer permitiu isso, pois em seguida me acertou um chute na barriga.

- Você não faz a mais remota ideia do quanto eu esperei para poder estar assim... - Juno disse, rangendo os dentes - Cara a cara com você, e sem ninguém para me impedir de matá-la...

Segurou-me pela gola, me erguendo como se não fizesse o menor esforço. Ela encarava-me com fúria nos olhos, e eu tinha certeza de que ela me mataria.

As Chamas da Fênix II - A Guerra ComeçouOnde histórias criam vida. Descubra agora