『 41 』Revelações

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Narrador

As coisas andam piores do que qualquer um pudesse prever. Depois da morte de Dumbledore, os alunos voltaram para suas casas. Scarlett, agora "refém" de Draco, teria de ir com ele até o local de reunião dos comensais - a mansão Malfoy. Seu coração batia como se quisesse pular para fora de seu corpo, e cada pedacinho do mesmo suava e tremia. Mas ela confiava em Draco. Confiava em seu melhor amigo, e sabia que tudo daria certo se fossem cuidadosos. 

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Scarlett

Segurei a mão de Draco com força. Ele era o único em que eu podia realmente confiar. Estávamos junto dos outros comensais, dentro da carruagem de seu pai, indo diretamente para a mansão Malfoy. Sentia que poderia morrer se infarto toda vez que Bellatrix me encarava, sorrindo maliciosamente.

- Finalmente conseguiu o que tanto queria, não é Draquinho? - ela riu.

Draco não respondeu. Estava pelo menos vinte vezes mais pálido do que o habitual, e sua mão estava fria como a neve. Era possível ver que engolia em seco de cinco em cinco minutos, num ato de total desespero. Mas ele mantinha a calma, sabendo que qualquer movimento errado, estaríamos mortos. O voto perpétuo era sério e mortal. Tínhamos que ser cem por cento cuidadosos.

E finalmente - ou infelizmente - chegamos à mansão. Os enormes e escuros portões se abriram e passamos para dentro do jardim. A carruagem parou, e Draco cedeu a mão para que me ajudasse a descer. O jeito como agarrava meu braço deixava claro sua preocupação. Era como se ele não se sentisse bem em sua própria casa.

- Ora, ora, ora... - uma voz arrastada e grosseira soou - Veja só quem está aqui... Nossa pequena convidada especial...

Lucius Malfoy se aproximou de mim de forma firme, agarrando meu braço. Ele sorriu malicioso para Draco, como se estivesse satisfeito com o que o filho "tinha feito".

- Que adorável... 

- Pai... Por favor, não...

- O que foi Draco? Não está com vergonha de sua namorada conhecer seu pai, não é? - ele riu, fazendo Bellatrix rir também - Afinal, já nos conhecemos, não é mesmo senhorita Phoenix?

Ele se aproximou do meu rosto, me encarando nos olhos. Senti nojo, mas precisava fingir estar bem com aquela situação.

- Sim, senhor Malfoy... É uma honra estar aqui, finalmente conhecer a casa do meu querido Draco...

- Pois então, entre! - ele me guiou - Você tem uma pessoa que já aguarda há muito tempo sua chegada...

Essa pessoa... Finalmente eu a conheceria, olho no olho. Estaria próxima a ela, como nunca estive, e finalmente poderia descobrir o que tanto ela se interessava por mim. 

Andamos juntos até uma enorme sala de jantar, com uma extensa mesa no meio e um enorme candelabro de cristal pendurado no teto. Lucius puxou uma cadeira e fez sinal para que eu aguardasse.

- Draco...

- Huh, sim? - ele disse, assustado.

- Já pode sair... 

- Mas, pai, eu-

- Saia, agora!

As Chamas da Fênix II - A Guerra ComeçouOnde histórias criam vida. Descubra agora