74 - Bem vinda de volta.

188 19 34
                                    

Meninas, deixei a vontade para vocês escolherem, algumas pediram pra postar de uma vez, outras (a maioria) postar uma vez por dia, e acho mesmo que fica mais emocionante assim também, e não enjoa vocês né? Bom, decidido então. Vou tentar postar nesse horário das 14h e quando não conseguir e não aparecer eu posto às 20h. Reta final agora hein!
Aproveitem cada capítulo!💖

Paris - França

Hôpital Américain de Paris

00:47 AM

1 ANO DEPOIS.

POV DELPHINE CORMIER.

- Senhorita Cormier!? - uma voz me chamava ao longe, não é reconhecivel mas soa autoritária, ainda assim não tenho forças nem vontade pra abrir os olhos pra descobrir quem é ou do que se trata. - Senhorita Cormier! Por favor, apenas responda a pergunta.

Perguntei qual era e o que eles queriam saber, uma voz tão fraca me escapou que por um momento me questionei se realmente cheguei a pronunciar algo.

....

- RAMON! - a imagem do jovem rapaz caído no chão se projetou outra vez, os meus gritos e a voz de Angela e Paul assim como os disparos.

O piso gelado contra o meu rosto enquanto eu me encolhia, querendo correr para perto do corpo de Ramon, que agora está morto. O qual tanto lutou por me tirar daquele inferno.

....

- Senhorita por favor! Responda as perguntas.

- Delphine! - uma voz feminina que meu cérebro reconhecia e fazia minha espinha gelar apenas por saber que estou na sua presença - Delphine, sou eu, Susan. - mal consegui acreditar quando a sua imagem se fez na minha frente, mesmo que turva, mesmo um pouco embaçada, era minha amiga. Viva ali, diante de mim.

- Delphine! - outra voz e dessa vez me senti além de zonza demais, cansada pra tentar identificar quem era. - Eu sei que está tudo confuso agora, mas você precisa responder está bem?

Um momento de silêncio.

- A senhorita confirma o crime de Paul Dierden em mantê-la em cativeiro por 1 ano e 18 dias na cidade de Provins, há 87km de Paris?

Era a estranha a sensação de que aquilo era um sonho, como poderia se estou sentindo ainda tanta dor? Quero acreditar que a dor maior de ficar um ano trancafiada, sobre a obsessão doentia de Paul Dierden por mim, jamais vai se igualar a qualquer outra dor, e que a que estou passando agora é uma dor de alívio. É no que me permito acreditar.

- Confirmo.

(...)

3 DIAS DEPOIS.

Acordo com o último grito ensurdecedor da mãe do garoto gritando no meu ouvido e sinto meu coração disparar por um momento e meus olhos tão abertos que parecem que vão pular pra fora de seus lugares.

- Bem vinda de volta.

A mesma voz que escutei da última vez que estive acordada. Susan está do meu lado, sentada em uma poltrona, com um meio sorriso e um livro em mãos. Não sei porque mas olhar pra ela me assusta. Não a ponto de sair correndo ou me submeter a fazer isso. Apenas sinto uma pontada de medo, acho que, medo daquilo não ser real. Ou ser.

- Como se sente?

Olhei em volta devagar, analisando tudo o que me rondava e cada coisa, e como parece real, não só um sonho que estou tendo outra vez mas me lembro que não poderia, ou eu não estaria sentindo dor.

The good side of life - CophineOnde histórias criam vida. Descubra agora