7 - Estamos quites.

450 45 32
                                    

POV Cosima Niehaus

- Vem, vamos. - ela ia levantar quando se deu conta do cinto - Calma francesa - ri inclinando pra soltar o cinto, e outra vez estava láz sentindo aquela fragrância única de seu perfume, nos encaramos outra vez, de perto. Tão perto. Ela parecia corresponder ao meu olhar.

Eu devia beija-la?

Não Cosima!

Me afastei subitamente saindo do carro, o ar já estava faltando em meus pulmões. Que tensão! Ela continuava me olhando, um sorriso brincando nos lábios, se divertia com minha timidez e falta de coragem. Não que seja isso, apenas não quero fazer nada com ela no estado em que está.

- Aonde estamos? - colocou os pés pra fora do carro e olhou em volta como se fosse achar algo diferente.

- No estacionamento.

- Esse... Não é o meu estacionamento.

- Claro que não, não moramos no mesmo prédio - sorri abertamente - Vem, vamos. - me aproximei pra ajudar ela a levantar.

- Não, eu preciso ir pra casa..

- Não, você não está em bom estado pra ficar sozinha Cormier.

- Eu estou ótima... - levantou e com certeza sentiu tontura já que as pernas falharam e tive que segura-la pela terceira vez na noite.

- Dá pra ver - manuseei seu corpo para o lado e fechei a porta - Só colabora comigo tá? - travei o carro e fomos andando pra minha casa.

Delphine estava mais dormindo do que acordada, ainda assim não deixava de ser linda. Seus lábios convidativos, os cabelos brilhantes, nem a bebida ela estava cheirando, como isso é possível?

Caminhei com ela até a porta onde paramos outra vez, procurei minha chave no bolso e encontrei o molho, olhei pra ela consideravelmente maior do que eu, ela estava me encarando, fixamente outra vez, com um sorriso de canto nos lábios. Nossos olhos se fixaram um no outro, eu posso jurar que ela quer me beijar.

Sua mão estava apoiada em meu ombro, seu rosto próximo, mesmo ela sendo mais alta, ela se inclinou, meu corpo inteiro queimou com a possibilidade de um beijo, mas me frustrei com ela apoiando a cabeça na minha e lentamente jogando para o meu ombro.

Completamente frustrada.

- Merda... - sussurrei tão baixo que com certeza foi impossível ela ouvir, ainda mais com sono. Destranquei a porta e entramos, seu rosto foi desenterrado do meu pescoço e ela entrou olhando em volta, fechei a porta passando a tranca e olhei a loira que estava de costas pra mim.

- Aqui é sua casa?

- É sim - olhei em volta - Vem, vou te levar pro quarto.

Eu até poderia deixar ela dormir no quarto de hóspedes mas estava uma completa bagunça, eu não a colocaria lá, e também se ela acordar no meio da noite sozinha e sem saber aonde está vai ficar assustada, não vou deixar isso acontecer.

Entrei no quarto com ela e vi a mesma enjoar outra vez, oh merda! Eu com certeza não quero vômito no meu tapete do quarto, praticamente corri com ela pro banheiro e puxei a tampa do vaso, no entanto ainda não veio nada, apenas abaixou na altura do mesmo.

- Vou pegar um remédio tá? - vi ela concordar com a cabeça e me afastei olhando pra ela que nem se aguentava acordada. Era patético e cômico, a ranzinza, que era incrivelmente linda e ao mesmo tempo incrivelmente chata, estava no meu banheiro quase dando um pt. - Aqui, deixa eu prender seu cabelo.

Prendi pra caso ela vomitasse, se tem uma coisa que tenho nojo é vômito e se fosse pro cabelo dela ela teria que tomar banho, e eu não faria isso, com certeza não faria.

The good side of life - CophineOnde histórias criam vida. Descubra agora