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Eotteon gidae eopsi beotigo itdeon

Eu estava esperando sem nenhuma esperança

Muneojiryeodeon geuttae

Quando eu estava prestes a desmoronar

Geureon naege soneul naemireojun neo

Você estendeu sua mão para mim

Jjitgin munjeji gatdeon

Como um papel rasgado

Nae salmeui jeongdabeun neul neoyeosseo

Você sempre foi a resposta para a vida

Kind/SHINee

N/T: O termo Transtorno do Estresse Pós-traumático consiste em reações disfuncionais intensas e desagradáveis que têm início após um evento extremamente traumático. Para este capítulo consultei alguns sites sobre o assunto já que o termo é citado. Lembrando que esta fic é fruto de imaginação e não condiz com NENHUMA realidade.

🍕🎵

[Point of view Win]

- Win, acorda precisamos sair daqui AGORA!

A voz de Nicky era tão baixa que só consegui acordar realmente quando ele me chacoalhou na cama. Eu estava muito grogue devido a quantidade de remédios que ele havia me dado na noite anterior para conseguir dormir, já que eu só chorava ao ponto dele ficar espantado. Era certo que se ele não tivesse me dopado eu teria que ser levado ao hospital em uma crise aguda de pânico.

Eu não tinha mais controle sobre mim. Desde que chegamos em Hong Kong eu só fazia chorar. Não conseguia manter as lágrimas presas e sempre que tentava dormir acordava aos gritos. Já fazia cinco dias que estava junto dele e os dois últimos foram horríveis. Estávamos trancados naquele quarto de hotel, enquanto ele tentava, em vão, me fazer ama-lo.

Agora ele me chacoalhava com mais força, apertando meus braços com força e tirando a coberta sobre mim. Ele me puxava para fora da cama e precisei me agarrar a ele para evitar cair no chão. Estava sem forças e muito enjoado com aquele movimento brusco, tentei recuperar a força nas pernas, mas meu corpo estava lento e travado.

- O que foi, Nicky? – falei em voz baixa, enquanto ele me segurava.

- O seu ex aquele escroto, filho de uma puta.

- O que ele fez? – nem ousei falar o nome dele, pois a dor era gigantesca sempre que eu lembrava dele.

Perguntei me afastando dele, me sentando na cama com sua ajuda. Ele foi para o closet e pegou dois casacos, um boné e jogando pra mim, que quase não consegui pegar. Meu reflexo estava péssimo, assim como meu estomago que se revirava. Levei a mão a boca e engoli a vontade de por tudo pra fora. O tudo no caso, era apenas água, já que eu não estava conseguindo comer.

- Não interessa – ele falou rispidamente - Apenas coloca sua roupa e vamos logo. Precisamos ir embora daqui antes que a polícia chegue.

Ele chutou meu tênis e comecei a me vestir, conforme ele havia pedido. Eu já estava lerdo, mas ao escutar que a polícia poderia chegar ali, me dediquei a ir mais devagar ainda, o que o irritou. Ao ver que estava fazendo corpo mole, como ele mesmo resmungou, ele veio até mim e me vestiu, calçando os sapatos e colocando o boné com uma força exagerada. Ele me fitou depois que eu estava pronto e voltou para o closet para pegar nossos documentos, jogando tudo dentro da mochila e esvaziar os armários, guardando tudo nas duas malas pequenas que trouxemos.

Have a Bright Day [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora