Capítulo 45

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 No capítulo passado vocês mau comentaram e fiquei triste, se no flufy não comentam... Quero ver não comentarem agora. 🥺🥺

Olhem as notas finais para entender e boa leitura.☺️

29 de junho de 1991

Emília Selwyn – Black

Encarei o grande relógio estava perto das cinco da tarde logo minhas crianças chegariam e não tinha um dia que não sentia a falta deles fazendo barulho pela casa, as refeições em família, noites de filmes e ir durante a noite nos seus quartos vê-los dormir em paz, seguros. Apenas o fato de ver seus peitos inflando com o ar me deixava calma.

Tinha noites que os pesadelos da guerra me assombravam, igual na época em que Voldemort estava no auge do seu reino de terror e a Polaris era apenas um bebê, cada vez que Sirius saia de casa meu coração parava só voltando a bater quando estava nos seus braços. A sensação agora era que meus batimentos por mais que fracos só eram possíveis pelos meus filhos, eram meu único motivo para viver.

Achei que nunca mais fosse levantar da cama quando ele foi preso injustamente e todos os dias tinha essa sensação que meu coração não batia como devia, minha filha foi minha força, um pedaço do nosso amor.

Ela me lembrava ele em tudo, nas piadas, sorrisos, o jeito que dançava quando colocava um dos velhos discos de vinil, os comentários e desculpas ardilosas exatamente como ele faria, além da aparência similar, era uma pequena cópia dele.

Então veio o Castiel, desde a primeira vez que o vi meu peito amoleceu com o jeitinho carinhoso que tratou a Polar, segurando sua mão como se fossem cúmplices de uma vida, como irmão devem ser. Parecia que era o destino que eles se encontrassem, como duas almas solitárias que precisavam de um vinculo de irmandade. Dentre todos do grupo de pequenos eram os únicos que não tinham irmãos.

E era impossível não os comparar já que fisicamente eram muito parecidos, a mesma cor de cabelo, pele alva e olhos cinzas mesmo que de tons diferentes, mesmo não nascendo do meu ventre eu tinha aquele amor para mais uma criança que não foi me permitido ter. Eu os observava brincar, o jeito arteiro me lembrava tanto o Black que tinha ganhado meu coração, era como assistir um companheirismo de uma vida nascer, era lindo de se ver.

Então veio a fatídica tragédia que marcou nossas vidas, lembro de uma angustia dominar meu peito naquele dia antes que saíssem de casa, quando recebi o patrono do Theon chamando todos para o ministério meu coração foi na boca.

Me despedi de sete crianças sorridentes cheias de vidas, sonhos e planos. Encontrei seis pequenos trêmulos agarrados uns aos outros com rastros de lágrimas no rosto e grande olhos vazios assustados como se os pesadelos que os acordaram a noite tivesse se realizado diante dos seus olhos.

Eu não estava errada, nunca falaram sobre aquele dia. Todos os aurores tentaram, o próprio ministro tentou faze-los falar, o emocional deles estava tão abalado que ficaram com receio de que invadir suas mentes os empurrasse a loucura.

A única coisa que conseguimos descobrir daquela tarde foi o pouco Zillah Schmidt conseguiu balbuciar em meio ao luto de ter perdido a filha. Era o dia dela ficar com as crianças, eu perguntei se queria que eu fosse junto e sorrindo me disse que podia cuidar dos sete anjinhos.

Ao chegar na mansão Bulstrode descobriu que os pais do Castiel não haviam enviado carta alguma os convidando para o chá, estavam incomunicáveis na África e um comensal que havia fugido de Azkaban tinha enviado a carta.

Era uma armadilha e Zillah lutou bravamente como uma boa  grifana que era, para proteger as crianças que correram para a mine floresta que rodeava a parte traseira da mansão dentro dos muros que a delimitava.

Senhores das estrelas - Nebulosa (LIVRO 1) CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora