Capítulo 41

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Olá esse capítulo vai ter cenas que podem causar desconforto em alguns e se você for sensível... então. ⚠️ ALERTA DE GATILHO ⚠️

Assedio é crime, caso um dia passe por isso ligue 180 e denuncie. Ser tocada sem seu consentimento seja por familiares, amigos ou desconhecidos não é besteira, nem uma brincadeira ou você está sendo dramática por tentar impedir o toque.

Há uma estatística que diz que durante a vida 97% das mulheres já foram ou serão assediadas, a autora que vos fala nesse momento (mesmo não estando 100% bem para voltar) faz parte desses 97% e esse capítulo gerou muito gatilho ao escrever por isso há muito menos detalhes que o costumo na tentativa de evitar a mesma crise naquelas que se identificam, assim como aconteceu comigo. Obrigada a minha equipe, família e namorado que cuidaram de mim nesse momento complicado, ainda estou afastada (espero que tenham paciência comigo não esqueçam de votar nem comentar, eu vou voltar de vez em breve só preciso respirar um pouco mais) e só vim deixar essas notas porque quero que saibam que não estão sozinhas, não fizeram nada de errado e eu amo vocês.

 LEIAM AS NOTAS FINAIS.

28 de maio de 1991

Armin Abbott

Carreguei a Tracie pelas escadas a segurando com cuidado como se fosse um pequeno bebê, ela ainda tremia soluçando baixinho mantinha o corpo colado ao meu vestindo minha camisa. Não me agradava nenhum pouco a decisão dela.

- Chega Kentin, vamos chamar os professores – contra minha vontade chamei o Kentin que ainda não tinha largado o Carrow.

- NÃO, NÃO, NÃO, NÃO – Tracie quase gritou agitada – por favor, por favor, não os chame, eu imploro, eu não quero que ninguém saiba – ela agarrava minha blusa com força em desespero – eu vou ser boazinha, só por favor não chame ninguém, por favor – ela parecia fora de si e fiquei com medo de sua mente entrar em colapso pela sequência de acontecimentos.

- Calma, tudo bem não vamos chamar – ela relaxou voltando a me abraçar. Olhei para o Kent que estava coberto de manchas de sangue e parei para observar o Amaymon, eu não o conhecia bem, apenas tinha o visto por aí.

Seu rosto estava completamente destruído, roxo coberto de sangue com as pálpebras tão inchadas que não fazia diferença seus olhos estarem abertos ou não duvidava que conseguisse se levantar sem ajuda e provavelmente tinha ossos quebrados pelo ângulo estranho que seu braço direito estava. Kentin fora brutal.

O corvino encarava sua obra com um olhar de desprezo e asco, com o indicador e polegar pegou os óculos que tinha caído no chão o recolocando, a lente redonda tinha respingos de sangue e uma delas estava trincada.

- Vamos até os outros e decidimos o que fazer com ele, minha cabeça está fervendo para pensar coerentemente – ele tentou se aproximar da Tracie e notou seu estado desviando o olhar, desabotoei a blusa com um pouco de dificuldade com ela abraçada no meu pescoço e a vesti – ele não vai levantar tão cedo mesmo.

Kentin falou a senha e subimos em silencio ate o segundo andar do dormitório masculino, ouvi as risadas do Antônio e lembrei que ele estava ali aquela noite, xinguei mentalmente torcendo para que tantos rapazes não a assustasse.

- O que merda aconteceu? – Castiel segurou o Kentin pelos ombros e eu fiquei na porta encoberto pelas sombras do corredor com a Tracie se encolhendo aterrorizada.

- Deem espaço e não façam perguntas – Kentin soou firme Castiel se afastou com o cenho franzido confuso. Entrei com a Tracie e ao olhar em volta ela voltou a chorar alto escondendo o rosto na curva do meu pescoço. Foi então que notei que as mangas da minha blusa, que era grande para ela, caíram deixando a mostra hematomas pelos seus braços fora todas as marcas na sua face delicada.

Senhores das estrelas - Nebulosa (LIVRO 1) CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora