Capítulo 11

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Boa leitura e obrigada pelos comentários, votos e por acompanhar minha história. Espero que gostem da interação do Fred e da Polaris, eu to apaixonadinha. 💕💕💕💕

22 de março de 1990

Polaris Selwyn-Black

Finalmente a primavera chegou, o gelo já estava praticamente todo derretido e pequenas criaturas como borboletas surgiam com as flores. Embaixo do velho carvalho eu tinha uma bela visão do lago negro.

O cheiro de vida florescendo ao redor trazia uma leveza ao meu coração. Era como se fosse um dia feito para ser feliz. Eu sorria e nem sequer tinha um motivo. Olhei para o lado e um ruivo deitado de lado apoiando a cabeça na mão esquerda me olhava. Dei um pulo assustada, quando ele tinha chegado ali?

- Estava me perguntando quando você ia me notar.

- Você quer me matar do coração, Cheeko? – comecei a dar tapas leves no seu braço.

- Essa é toda a força do poderoso guaxinim? – ele começou a rir deitando de costas na grama colocando as mãos atrás da cabeça. Lembrei de quando contei sobre a força dos texugos na biblioteca e fiquei irritada com a referência distorcida.

- Você é tão engraçado Fred, já pensou em cobrar por suas piadas?

- Eu devia, não devia?

- Já se divertiu? Pode ir então.

- E te privar do prazer da minha companhia? – desde que o ajudei a burlar a detenção e devolvi o mapa nossa relação evoluiu para provocações e piadas, ele parecia estar por perto o tempo todo. Talvez fosse sua forma de amizade e na maior parte do tempo eu não ligava e me divertia, mas as vezes como agora eu gostaria de afogá-lo no lago. Sei que era o desejo constante do Castiel.

- Você está esperando o George, não é?

- Ele foi buscar umas coisas no dormitório e depois vai me encontrar aqui – ele mantinha os olhos fechados e pude admirar seu rosto iluminado pelas frestas de luz que conseguiam passar por entre as folhas, ele abriu os olhos de repente – temos planos de aniversário para fazer.

- Certo – comecei a levantar constrangida por ter sido pega o admirando.

Antes de realmente estar de pé senti algo no meu braço como se algo tivesse me picado. Comecei a gritar assustada, não doeu de fato, mas não saber o que era me deixou em pânico.

Me ajoelhei no chão começando a tirar a capa, Fred se assustou e veio me ajudar perguntando o que houve. Tentei explicar que tinha algo dentro da minha manga e ele praticamente arrancou a capa e puxou o tecido que cobria o braço que indiquei até o cotovelo.

Quando viu o motivo do meu desespero jogou a cabeça para trás rindo, era uma pequena abelha preta. Eu pedi para ele tirar nervosa que ela pudesse me machucar outra vez, mesmo vendo que não era nada demais não conseguia parar de chorar.

- Ela não vai te machucar, não precisa chorar - ele a segurou entre os dedos rindo de mim e eu continuava assustada – vem aqui.

- Para você me zoar mais? – tentei pega a capa com a vista embaçada pelas lágrimas.

- Ei – ele segurou meu pulso me puxando para perto dele – você tem medo de abelhas, baixinha?

Acenei com a cabeça sem conseguir falar, ele estava perto e eu sentia uma colossal vergonha de estar chorando assim na frente dele. O Fred me zoaria pelo resto da vida por isso.

Indo contra todas as minhas expectativas ele enxugou meu rosto de forma meio desajeitada com a mão esquerda e depositou um beijinho na minha testa colocando seu braço em volta dos meus ombros me puxando para perto dele.

Senhores das estrelas - Nebulosa (LIVRO 1) CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora