Escape

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SARAH

  Ao chegar na casa dos Freire eu logo fui me trocar e ao sair do banheiro me esbarro em Juliette que me dá um lindo sorriso.

  - Terei que sair mais cedo hoje. - Fátima falou sorrindo para Juliette. - Não façam nada que eu não faria. - Deu um sorriso suspeito, fazendo com que Juliette a olhasse em reprovação.

   - Me desculpe as vezes ela não tem limites. - Seu rosto estava corado, e eu não entendia o porquê.

  Fiz seus exames e por incrível que possa parecer Juliette estava perfeitamente bem, era como um milagre. Sua pele não estava mais tão pálida, não pude conter meu sorriso.

   - O que foi? Por que está sorrindo? - Me perguntou com um sorriso tímido em seu rosto, sentada na maca hospitalar.

   - Você... Você me faz sorrir.

   - Está me cantando senhorita Andrade? - Falou imitando minha voz, ou pelo menos tentando.

   - Em primeiro lugar, eu não falo assim, Juliette. - Rimos ao me dar conta de que ela tinha me imitado direitinho. - E em segundo lugar, está funcionando? - Falei e em um piscar de olhos ela me beijou.

   - Juliette. - A chamei tentando nos separar.

   - Não fala nada, por favor. - Falou colando nossos lábios novamente.

   Nossas línguas começaram a dançar de forma calma, eu queria aproveitar cada momento, com uma mão segurei seu pescoço fazendo com que ela chegasse mais perto de mim e que eu me encaixasse entre suas pernas, e com a outra mão segurei sua cintura.

   Paramos ofegante buscando ar, mas não nos afastamos, nossas testas estavam coladas uma na outra, nada falamos, seus olhos sorriram para mim, então fechei meus olhos e não entendi ao sentir uma lágrima escorrendo dos meus olhos. Senti o dedo de Juliette limpar minha lágrima solitária.

   - Por que está chorando? - Falou em um susurro.

   - Eu não sei o que tá acontecendo, mas estou sentindo medo de te perder. - Confessei abraçando ela. Se tem uma coisa que eu odeio é ser fraca, e chorar na frente das pessoas. Eu mal conheço a garota e já estou chorando por ela.

JULIETTE

   Eu abracei a Sarah bem forte, segurando minhas lágrimas. Eu queria poder dizer a ela que eu não iria a lugar nenhum, mas como dizer isso, sendo que eu não sei o que acontecerá comigo?

   - Sarah, eu não vou a lugar nenhum. - Resolvi falar, mesmo não acreditando nisso. - Sarah. - Fiz com que ela me olhasse. - Eu sei que é cedo, eu sei que não posso te dar muita coisa e sei que sou imprevisível por conta da minha doença. Sei que não tenho nenhuma experiência e que posso parecer uma criança imatura para você. - Seus lindos olhos verdes me encarava. - Mas eu quero te dizer... Eu tenho que te dizer... Que já gosto muito de você. Me perdoe se é cedo, mas eu... - Então rapidamente Sarah agarrou meu pescoço e começamos a nos beijar novamente.

SARAH

  Ouvir aquelas palavras de Juliette só confirmavam o quanto ela é especial.

  Suas mãos seguravam minha cintura, e apertava conforme o nosso beijo ia ficando mais intenso, envergonhadamente suas mãos foram levadas aos meus seios e os apertou, me fazendo gemer.

   - Desculpa, eu te machuquei? - Ela se afastou assustada.

   - Não, foi muito bom. - Falei.

  - Eu pensei que...

   - Cala a boca e me beija Juliette. - A cortei e apertei seus seios a fazendo sorrir entre o beijo. - Viu? Foi o que eu senti.

  Sabia que ela estava tão excitada quanto eu, mas ao mesmo tempo, sabia que não podíamos passar de beijos e algumas caricias. Além do que não sabia se seu corpo estava pronto para isso, tinha medo que algo ruim acontecesse.

  - Juliette. - Falei ao sentir suas mãos entrarem dentro do meu jaleco. - Eu estou amando isso, mas não podemos.

  - Você não quer? - Vi seu rosto corar.

  - Eu quero e muito, mas ainda não podemos, você está se recuperando agora e...

   - Sarah, - Segurou meu rosto gentilmente. - Eu não vou a lugar nenhum, acho que posso esperar.

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Lembrando que nem tudo é o que parece ser. Não é porque ela passou um dia bem, que ela esteja bem... Até amanhã.

You save me (Finalizada) Onde histórias criam vida. Descubra agora