Ela vai morrer mesmo

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JULIETTE

Acordei com a luz invadindo meu quarto, demorei a perceber que estava no meu quarto a última coisa que me lembro era de estar deitada no colo de Sarah.

  - Bom dia, luz do dia. - Minha mãe entrou no quarto. - Como se sente?

   - Estou bem, mas como eu... Cadê Sarah? - Eu olhava para os lados procurando a minha loira, sentei na cama e minha mãe riu.

  -Nossa, ela é a primeira coisa que você pensa ao acordar?

  - Mãe!

  - Tudo bem, não vou julgar.   - Ela me encarava rindo.

- O que? - Sorri.

  - Nada, só acho fofo o jeito que vocês se tratam.

  - Fofo?

  - Sim, vocês fazendo planos juntas, é lindo.

  - Planos? - Minha mãe me olhou como se tivesse falado algo que não podia.

  - Nada, vou ligar para a doutora para saber se você pode sair, quero passar um tempo com você fora dessa casa, o que acha?

  - Claro mãe.

  Me arrumei e desci as escadas.

- Tudo certo, vamos?

  -  Não posso nem comer antes? - Perguntei.

  - Não, vamos comer na lanchonete da dona Geralda. - Minha mãe falou e me olhou com pena ao me ver colocar a máscara.

  Fizemos todo o percurso e logo chegamos na lanchonete e nos sentamos perto da janela, e algumas pessoas nos olhavam.

  - O que deu nessas pessoas?

- Calma mãe, é só não ligar.

  - Bom dia Fátima e Juliette?! Que bom te ver novamente.

  - Oi Viih, vejo que já conhece minha filha.

  - Sim. - A menina sorriu. - Então o mesmo de sempre Fatima?

  - Sim querida.

  - E você Juliette? O que vai querer?

  - Chocolate quente e torradas, por favor.

  - Já volto. - Falou saindo e logo voltou trazendo nossos pedidos.

SARAH

   Lucas acordou com energia para dar e vender, tinha dias que ele era um mini adulto e outros ele era uma criança normal de 10 anos.

  - mãe vamos sair, por favor? - ele implorava. - Vamos levar o Ralph para passear.

  - Termine seu café e eu penso no assunto. - Falei bagunçando seus cabelos.

  - Oba. - Não demorou muito e ele terminou e foi buscar o Ralph. - Já pensou?

  - Vá buscar o seu casaco para irmos.

  Resolvemos ir ao parque, Lucas corria junto ao cachorro, segurando a coleira dele.

- Não vai muito longe. - Gritei, claro que foi inútil, acelerei o passo, quase correndo em sua direção. Quando finalmente o alcancei vi ele conversando com Rodolffo.

  - Hey carinha acho melhor você tomar cuidado. - Ele falava com Lucas.

  - Foi sem querer. - Ele falava puxando ar.

  - Eu te pedi para não ir longe.

  - Eu sei desculpa, mãe posso brincar?

  - E quem vai ficar com o Ralph?

  - Por favor mãe é só um pouquinho. - Me rendi, segurei a coleira do cachorro e o mesmo se sentou.

- Oi Sarah, como vai a vida de babá? - Eu detestava aquele homem nojento.

  - Como vai a vida fazendo pesquisas para mim? - Rebati.

  - Não sei o porquê estamos nos matando pesquisando, já que ela vai morrer de qualquer jeito. - Falou rindo.

  - Qual o seu problema? - Perguntei sem perceber quem estava se aproximando.

  - Meu problema é que eu sou um dos melhores médicos que tem nessa cidadezinha e estou procurando uma cura, que por sinal não existe, para a garota da bolha que a qualquer momento vai morrer.

  - Senhor Mathaus não é mesmo? - Levei um susto ao escutar a voz de Fátima, ao me virar vi Juliette ao seu lado. - Eu vou ser bem sincera, eu não gosto do senhor e farei uma recorrência ao seu chefe para te tirar do caso, não quero o senhor no caso da minha filha.

  - Eu... - Ele tentou falar mas eu o cortei.

   - Cala a boca e saia daqui antes que eu acabe com você. - Ralph latiu assustando Juliette.

  - Me poupe Sarah, eu sei que você me quer.

  - Saia daqui ou será pior... - Ele se rendeu e saiu sorrindo.

   - Nossa, que babaca. - Fátima falou.

  - Mãe... - Juliette a repreendeu.

  - Tudo bem linda, ele é mesmo. - Não percebi que hávia chamado ela de linda, só percebi quando seu rosto ficou corado e vi Fátima rir.

  - Mãe posso tomar sorvete? - Lucas apareceu. - Ah, oi Juliette. Que legal te ver, podemos tomar sorvete juntos?

  - Ela não pode. - Eu e Fátima falamos juntas fazendo Juliette e Lucas rirem.

  - Viu garoto, eu até gostaria mas não posso. - Ela falou fazendo um biquinho.

  Entreguei o dinheiro para Lucas e ele foi correndo até o carrinho de sorvete.

  - Filha vou ligar para seu pai rapidinho e já volto. - Fátima falou já saindo.

   - Juliette cadê sua máscara? - Perguntei

  - Achei que não precisasse mais, porém ela está no meu bolso.

  Ela falou e eu a abracei.

You save me (Finalizada) Onde histórias criam vida. Descubra agora