You save me (Finalizada)

Você deveria ter me mostrado

SARAH

Eu nunca havia ficado tão nervosa em toda minha vida, Juliette estava vermelha, sua respiração foi desacelerando voltando ao normal.

- Sarah - Sua voz estava trêmula e eu apenas a abracei.

  - Pronto meu amor, passou. - Eu a abraçava forte. - Acho que foi muita emoção para um dia só. - Ela estava paralisada e apertava o lenço com força. - Vamos para casa.

  - Não, por favor. - Implorou. - Vamos dar mais uma volta, por favor.

  - Juliette...

  - Por favor, não precisamos sair do carro... Eu só não quero ir para casa agora. - Resolvi ceder, caminhamos até o carro.

  - Para onde você quer ir? - Perguntei tentando sorrir.

   - Eu não conheço a cidade, senhorita que tem uma irmã bem parecida com você. - Juliette falou rindo, aquilo me assustou, menos de 2 minutos atrás, ela estava tremendo e mal conseguia falar.

  - Então vou te levar para um tour pela cidade. - Dirigi por algum tempo, mostrei a cidade para ela, e a cada lugar que passávamos seus olhos brilhavam ainda mais, aquilo me preocupava, havia momentos que Juliette agia como se estivesse se despedindo.

  - O que mais quer ver? - Antes que ela pudesse responder meu celular tocou, encostei o carro e atendi. - O que foi Kerline?

  "Sarah, eu me enrolei no trabalho, não vou ter como buscar o Lucas"

  - Aí Ker, nossa mãe também não pode, o que eu vou fazer?    

"Me desculpa, Sah"

  - Sem problema Ker, o filho é meu. - Falei e ela riu.

  "Eu vou tentar desenrolar aqui e aí vou ficar com ele, pode ser?"

  - Tudo bem, beijos. - Desliguei o telefone e respirei fundo, pensando no que eu ia fazer.

  - Tudo bem? - Juliette perguntou.

  - Minha irmã não vai poder ficar com meu filho hoje, eu tô tentando pensar em algo.

   - Por que ele não fica com a gente?

  - Juliette, meu filho não sabe que eu estou namorando, ele tem 10 anos não vai conseguir ficar parado no carro.

  - Não sabia que estávamos namorando. - Ela falou rindo.

  - Juliette, sério? Agora?

  - Podemos ir para casa, tenho vários jogos, sem contar que tem um parquinho no meu quintal. E outra, ele não precisa saber que estamos namorando, prometo me comportar.

  - Tudo bem.

JULIETTE

Finalmente Sarah havia aceitado minha proposta, e com Lucas com a gente ela não vai ficar tão focada em mim, então vou conseguir subir com o lenço sem que ela me faça perguntas.

  Paramos em frente de uma escola enorme e um menino de cabelos pretos correu ao encontro de Sarah. Logo eles entraram no carro.

  - Juliette, esse é o meu filho Lucas.

  - Oi Lucas. - Falei e ele sorriu.

  - Oi Juliette, mamãe fala muito sobre você. - O menino disse sorridente. Fomos o caminho inteiro conversando.

  - Nossa você mora aqui? Essa casa é enorme.

  - Para ser sincera Lucas, eu nunca tinha percebido como essa casa é grande.

  - Mamãe sempre diz que temos que sair de dentro da caixa para podermos ver melhor. - Ele falou e eu o encarei.

Entramos em casa e minha mãe não estava, provavelmente estava no trabalho.

- Lucas. - Sarah o chamou. - Eu vou ter que fazer uns exames na Juliette e já volto, faça seu dever de casa e então pode assistir desenho, okay?

  - Okay.

  - Não mexa em nada a não ser o controle da tv.

  - Sim mamãe.

SARAH

Antes de começar os exames Juliette precisava de um banho de descontaminação, e como toda vez, ela fazia um bico lindo, ficava brava, eu achava aquilo muito fofo.

  - Eu realmente tenho que fazer isso? - Perguntava fazendo manha.

  - Juliette, não faz essa cara. - Eu me retirei do banheiro para buscar a máscara e quando voltei ela estava apenas de calcinha e sutiã. Eu nunca havia visto ela sem roupa. Juliette tentava esconder seu corpo, claro que estava falhando. - Não precisa esconder, você é linda.

  - Obrigada, mas não sou linda.

  - Você é a mulher mais linda que eu já vi. - Lhe dei um selinho.

  - Mesmo com essas marcas? - O corpo dela era marcado em vários tons de roxo, mas a maioria já estava saindo, provavelmente eram marcas de repetições desnecessárias de aplicações de agulha.

   - Essas marcas vão sair, e você é perfeita. - Beijei seus seios, por não está esperando ela levou um susto, com minha outra mão levei para sua calcinha e ela gemeu envergonhadamente. - Ju Relaxa, seu coração acelerou muito. - Falei me afastando.

  - Desculpa é que nunca senti isso antes.

  - Não precisa pedir desculpas. - Falei beijando seu pescoço. - Agora é melhor começarmos, porque Lucas não pode ficar sozinho por muito tempo.

   Juliette começou o banho e eu fui para seu quarto, sentei em sua cama, esperando ela acabar. Deslizo a mão em sua cama e sinto o lenço. Eu o ergo para colocar com a roupa que vai para lavar, quando percebo uma pequena mancha vermelha nele, ao abrir o mesmo meu coração disparou, me faltava ar... A pequena mancha havia se tornado grande. Eu não queria acreditar, não podia serz estávamos indo tão bem...

  - Oi o que foi? - Juliette perguntou rindo ao sair do banheiro vestindo seu roupão branco. - Parece que viu um fantasma.

- Não. Eu vi isso. - Mostrei o lenço para ela, e lentamente seu sorriso foi se desfazendo...