Capítulo 6: Castanhos Como Chocolate I

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Hello Eveybody!!!!

Como vocês estão?

Sei que demorei (mais uma vez)para aparecer por aqui, comecei um remédio meio forte e ainda estou me adaptando, mas cá estou pronta para voltar para vocês. Peço perdão pelo susto.

Tenho uma novidade especial pra vocês... Teremos uma atualização hoje (sábado), amanhã e segunda!!!!! Espero realmente que vocês gostem.

O Capítulo 6 de modo geral está recheado de acontecimentos e novidades e por isso peço para que prestem muita atenção.

Sem mais delongas, fiquem com o cap.

Xoxo.

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Pov Camila Cabello - Doutora

3 Semanas depois | 2055 - Deserto da Amazônia em Amazonas, Brasil - 15PM

Mais uma vez ergui uma de minhas mãos na esperança de conter um pouco da luz solar que insistia em queimar a parte descoberta de meu rosto. Conseguia sentir as casquinhas criadas pela areia em meus braços e cada vez que me movimentava elas craquelavam um pouco mais, como se fossem delicadas casquinhas de ovo prontas para se desfazerem e não deixar mais nada de minha pele.

- Precisamos chegar um pouco mais perto!

Gritou Allyson. Não entendia como alguém tão pequena podia ter tanto fôlego e fúria, isso seria algo diferente de se descobrir em minhas pesquisas. Talvez se eu abrisse seu crânio devagar com ela ainda acordada eu pudesse me deliciar com as maravilhas que haviam dentro dele, ou não.

Ao nosso redor, nada além de quilômetros e quilômetros de areia e alguns mínimos resquícios de cascas vazias, ocas e desidratadas das árvores que antes deveriam enfeitar a belíssima floresta. Floresta esta que já não existia mais.

A Amazônia compreendia um conjunto de ecossistemas que envolvia a bacia hidrográfica do Rio Amazonas, bem como a Floresta Amazônica; era considerada a região de maior biodiversidade do planeta e o maior bioma do Brasil. Bem aqui, onde os nossos calçados afundam em uma areia fina e morta, viviam mais de 30 milhões de espécies e 1,6 milhão de Indígenas.

Enquanto caminhávamos, o mais jovem do nosso grupo chorava silenciosamente enquanto observava ao nosso redor com pesar. Suas lágrimas desciam manchando a tintura e seus traços indígenas me fizeram lembrar do mesmo em meu laboratório, seu número era 158, uma espécime adorável de ser estudada... Queria ter tido mais tempo com esse.

- Tapuató!

Brandou ele à nossa frente, se jogando de joelhos sobre a areia em seguida. Seu grito cheio de dor ecoou por todo o deserto, se expandindo como uma mancha em um tecido até desaparecer por completo. Em seus olhos havia mais do que tristeza e em seu rosto uma pintura indígena em preto e vermelho chamava a atenção.

- Vingança.

Sussurrou Lauren ao meu lado, empurrando um de meus ombros para que eu voltasse a caminhar.

- O que?

- Vingança. - Repetiu a palavra sem me encarar, seus olhos estavam fixos no mais novo - Foi o que Cauã gritou, essa era a terra de seus ancestrais e hoje ela é apenas um punhado de areia e morte.

Meus olhos mais uma vez correram pelo lugar, tentando reconhecer algo, qualquer coisa das imagens que tivesse visto pela internet sobre a imensa floresta, mas antes que pudesse retornar meu olhar a Lauren, ela já se encontrava caminhando, se ajoelhando ao lado de Cauã.

Aos Olhos do TigreOnde histórias criam vida. Descubra agora