Capítulo 3- Você ainda saberá.

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POV S/N

- Você não cansa?

– Você não cansa de pegar tudo o que é meu? – disse calmo, mas de uma forma ameaçadora.

– Não Riddle, não me canso, gosto de ver você com ciúmes das coisas que você não tem, se está tão incomodado faça melhor.– falei da mesma forma que ele, senti uma de suas mãos descendo pelos meus braços e parando bem perto de minha garganta, ele fecha os dedos entorno do meu pescoço, o aperto foi bruto me fazendo perder o ar, por um bom tempo Tom ficou me olhando e de repente o garoto apenas me soltou e foi embora sem dizer nada.

Caí no chão, sua mão me mantinha em pé, meu corpo completamente mole por conta da falta de ar, fiquei alguns minutos lá no chão, caída e tentando entender o que aconteceu.

Eu ainda estava com adrenalina transbordando pelos meus poros, levantei-me com dificuldade, andei o mais rápido possível para chegar ao meu dormitório.

Que maravilha, meu primeiro dia de aula começa cheio de emoções.

Me direcionei a minha comunal, senti o local em que ele apertou queimar, à medida que a dor se instalava, meu ódio por ele só aumentava.

Não percebi quão rápida foi minha trajetória até a comunal, parei em frente a porta e murmurei a senha.

- Pure Blood. - A grande porta se abriu, sem perder tempo corri para meus aposentos, subi as escadas e assim que olhei para trás vi Riddle sentando-se no sofá, isso fez minha raiva aumentar mais ainda, "como ele poderia chegar antes de mim aqui?", ignorei esse pensamento e segui meu caminho.

Entrei no meu quarto e bati a porta, fui ao banheiro, estava amaldiçoando a maldita pessoa que fez a grade de horários e nos colocou juntos, de novo.

Quando me olhei no espelho vi marcas de mão em meu pescoço, eu estava fervilhando de ódio.

Agora eu estava cega de ódio, sai do banheiro o mais rápido possível e abri minha porta, nem me dei ao trabalho de ver se fechei ou não, desci as escadas, olhei para o sofá e ele não estava lá, então decidi ir ao dormitório masculino, queria tirar satisfação com ele.

Entrei no corredor masculino, andava pisando duro, meu corpo não obedecia a minha mente, que recusava ir até o quarto dele, mas eu estava fervendo de raiva. No meio do caminho avistei um menino alto com cabelos platinados, reconheci que era Abraxas.

- Ei, o que faz aqui? – ele me pergunta me parando "eu só vim matar o Riddle, mas nada demais" pensei comigo mesma. – Abraxas agora não é uma boa hora para conversar. - disse me afastando, ele ficou parado no mesmo lugar vendo aonde eu iria.

Quando estava perto de seu dormitório, escutei vozes muito altas "o que é isso, quem é?" eu pensei, fui perto da porta para escutar melhor.

- O que você está fazendo aqui? – Tom disse irritado.

- Vim te ver maninho, não gostou? - disse outra voz masculina, não reconheci quem era "Maninho? por que o Tom chamou de maninho?"

– Eu estava muito bem sem você aqui, por que você não vai caçar o papai por aí, por onde ele estiver? e se encontrar, fique por lá. - "papai? Pera ele é irmão do Tom? ".

Eu estava paralisada ainda próxima a porta, escutei passos pesados se aproximando, eu fui dando passos para atras, e com um impacto, me senti encostando na parede.

A porta se abriu revelando um garoto alto, moreno, de cabelos castanhos, que tinha um pequeno machucado em seu nariz.

- Opa, quem é você baby? – me perguntou em um tom cafajeste. Reparando mais nele, percebi uma certa semelhança nele, ele havia traços parecidos com os de Tom.

Darkness- Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora