[12]: Todos tem segredos.

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Jung Hoseok

— Se você quiser começar, eu deixo. — já faziam duas horas que Carla havia chegado e se mantinha em pé, encarando tudo ao seu redor.

— Eres un gran hijo de puta! — dispara, fazendo eu abrir um leve sorriso.

— Caramba... agora tenho a plena certeza de que os palavrões ficam bem melhores em espanhol. — digo, rindo.

Olho para ela; parecia indignada com a minha forma de tratar tudo aquilo.

— ¿Te preocupa esto, en lugar de nuestros problemas?— diz, raivosa, vindo em minha direção.

— ¿Qué problemas? Porque, al menos para mí, ya está todo resuelto. — digo, servindo vinho em uma taça. — Sinceramente... eu não quero mais ver você.

Vejo alguns resquícios de ódio sumirem de seu rosto, apenas para dar lugar a uma expressão de deboche.

— Você, Hoseok, não merece nada do que tem, seja lá quem for a pessoa que tá te prendendo aqui... — nega com a cabeça, rindo. — Vai acabar sofrendo na minha mão.

Vejo-a pegar sua bolsa e ir em direção à porta.

— Não tenho medo de você.

Ela não responde, apenas ouço o barulho da porta sendo batida.

Kim Taehyung

Tomo mais um gole de café, fazendo minha cara se transformar em uma careta horrível.

— Odeio café — reforço meu pensamento mais uma vez naquela manhã.

— Eu sei — Jimin ri. — Mas ou você acorda ou eu vou te encher de murros.

Tomo mais um gole daquele líquido, que na minha visão é HORRÍVEL, focando minha visão em Jimin mais uma vez.

A conversa de ontem à noite não sai da minha mente. Acho que Jimin não seria tão inocente a ponto de concordar com alguma coisa que esse cara diz, né? Concordando ou não, preciso ficar de olho.

Tudo o que eu menos quero é Jimin longe de mim.

Jung Hoseok

— NÃO! — Yoongi grita, com a boca cheia.

Reviro os olhos, olhando para alguns papéis em minha mesa.

— Por que a surpresa? Você e eu sabíamos que isso aconteceria. — digo despreocupado, notando algumas quedas bruscas no financiamento da empresa.

— Na verdade, fiquei mais surpreso com a ameaça dela do que com a volta. — confessa, comendo mais de seu salgado de coxinha.

— Já pensou se ela contratasse assassinos pra matar a gente? O que faríamos? — digo, brincando.

— Eu teria um plano. — Franzo o cenho, mandando-o continuar. — Você corre pra um lado, eu pro outro... quem ela pegasse primeiro se deu mal. — ri.

— Você é ridículo — franzei o cenho. — Vem cá, você que fica responsável pelo dinheiro que entra e sai da empresa, né? — pergunto indiferente.

— Às vezes sou eu, às vezes é o Sung, mas ontem mesmo fui eu. — ele dá de ombros, voltando seu olhar para o salgado.

Franzo o cenho, olhando para alguns papéis e tentando raciocinar sobre o que devia pensar. Sou interrompido pelo meu celular vibrando; o nome "Tae" brilha em meus olhos.

— Oi, Tae! Como você está? Está bem? — pergunto, meu sorriso brotando automaticamente com sua ligação, como se ele estivesse ali.

— Vou bem, Hobi. Eu queria conversar com você sobre algo... — ele parece aflito e nervoso, o que deixa meu lobo claramente desconfiado também. — Podemos conversar?

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