Ø GARØTØ DE PRØGRAMA

[08]: Novos sentimentos

Kim Taehyung

— Não fica nervoso, você tá lindo — Hoseok pega minha mão sobre a mesa. Eu estava nervoso... quem sai para um restaurante finíssimo com esse tipo de roupa? Parece que vou para um puteiro.

— Aí, Hoseok! Você diz isso... Mas pelo amor de Deus, parece que estou indo para uma balada, sei lá. — coço a nuca, nervoso.

— Quer ir embora? — ele pergunta compreensivo. — Se você quiser, podemos ir a outro lugar onde se sinta mais confortável.

— Não... Posso ficar aqui com você, tá tudo bem. — sorrio.

Ele sorri e pega o cardápio.

— Quando se sentir mal ou incomodado, vamos embora, ok? — ele pergunta, e eu concordo.

— Sim.

Agora só tem um probleminha: eu não entendo nada do que está escrito aqui!

Jeon Jungkook

— Então, Jungkook!? Vai continuar demorando para responder!?

— Não, só estou pensando.

— Em uma mentira? — ele ri. — Então vamos logo com isso, eu só preciso de uma resposta que não seja silêncio!

— Eu não o amo. — disse.

— Não? — ele pergunta de forma debochada. — Não foi isso que eu ouvi do Taemin.

— Dá para esquecer a porra do Taemin? — me exalto, acompanhando sua expressão de tristeza.

— Olha, se não vier falar comigo com calma, vai embora então! — ele fala, apontando para a porta. — Já disse que não faço mais questão de resolver isso se você ainda amar o Taehyung!

— Tudo bem... Olha, Jimin, eu... q-queria me desculpar com você.

— Por que você gagueja? — perguntou, um pouco mais ressentido. — Você só gagueja quando mente, Jeon... Está mentindo sobre querer se desculpar?

Suspiro outra vez. A verdade é que eu estava muito nervoso e não mentindo.

— Não.

— Por que mente? — pergunta com a voz embargada pelo choro. — Por que mente pra mim, Jungkook? Isso não se faz com quem te ama! — grita.

Ele... me ama?

— Jimin...

— Sai. — ordenou sem me olhar.

— O que? — pergunto confuso.

— Sai da minha casa, Jungkook! — ele falou impaciente. — Só te quero aqui quando se sentir pronto para conversar e dizer que não sente nada pelo Taehyung, porque... — ele pausa e me olha. — Tá na cara que você ainda sente algo por ele.

De um lado, ele tinha razão. Eu ainda tinha sentimentos apagados pelo Taehyung, que embora estejam fracos, ainda estão lá. Preciso aprender a conviver com o fato de que ainda sinto algo por Taehyung — que não é amor — não tão forte quanto pelo Jimin. Mas não posso ficar com Jimin sentindo essa atração, ou seja lá o que for, meio apagada pelo Taehyung.

Simplesmente... não dá! Estou confuso.

Kim Taehyung

— Não acredito, Taehyung! — ele diz rindo em um tom meio escandaloso enquanto eu disfarço, bebendo água da taça. — Como você não pode ler e nem saber o que é tabule? — continua rindo.

— Hoseok, acho que ninguém que nasceu onde eu nasci sabe o que é isso.

Ele continua a rir, e como sempre, acabo deixando a minha risada escapar.

— Você... — continua a rir quase sem conseguir falar. — Você realmente não existe, Taehyung. — continua a rir.

Ficamos nessa até a comida típica de Hoseok e meu kimchi chegarem.

Começo a rir.

— O que foi?

— Acho fofo como você não consegue controlar seu lobo nesses momentos.

Ele ri e fecha os olhos, ainda sorrindo para mim.

— Desculpa. — ri baixinho.

Andávamos pela rua com as mãos entrelaçadas, sorrindo com coisas que, para as pessoas, podem parecer bobas, mas para nós eram boas.

— Posso te dar um abraço? — ele pergunta sorrindo.

Estranho e fico surpreso. Finjo que estou pensando e ele ri.

— Para você eu abro uma exceção. — dou um abraço forte.

Aquele abraço aquecedor e acolhedor... é bom.

Nosso abraço é interrompido por uma pessoa com uma voz grossa, correndo em minha direção.

— Taehyung!