[07]: Sentimentos confusos

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Kim Taehyung

Estava nervoso... confesso. Mas quem poderia negar? Eu iria sair com Jung Hoseok, o HOSEOK! Tá bom, podemos dizer que começamos com o pé esquerdo, mas depois de um pedido de desculpas e algumas cantadas, até que melhoramos muito.

Podemos dizer que estou 20% satisfeito com isso.

Aqui estou eu com uma calça preta rasgada e uma blusa que, na verdade, era um top disfarçado.

Escuto a campainha e corro com meus coturnos, pulando o sofá à minha frente. Respiro fundo, arrumo os cabelos e abro a porta, dando de cara com Hoseok, que está com os olhos verdes e um buquê de rosas vermelhas.

— Oi... — ele diz sorridente.

Eu acabo sorrindo por ele deixar seus sentimentos tão evidentes assim. Com minhas risadas, ele me olha confuso, depois fecha os olhos, negando com a cabeça e sorrindo sem graça.

— Desculpe.

— Tudo bem... Não precisa se desculpar, eu te entendo.

Ele me olha fixamente, balança a cabeça e volta o olhar para mim.

— Vamos? — ele pergunta, e eu nego rapidamente, vendo-o sorrir mais. — Bom, então eu te espero. Vai lá...

Parecia que conversávamos só por olhares.

— Não vai demorar, eu juro. É rápido, só uns retoques básicos... — entro em casa e corro para o quarto. — Entra! — grito.

Jung Hoseok

Depois de ter dado a permissão para eu entrar, entrei e me sentei em seu sofá, fechando a porta. Olhei alguns quadros em sua estante perto da TV.

Em alguns, ele estava acompanhado de uma senhora idosa sorridente. Seu sorriso era lindo, quadrado e alegre.

Em outro, ele estava com uma garota mais velha, que parecia ter entre 12 e 14 anos. Achei que era sua irmã, então sorri.

Olhei novamente para outra foto e franzi a testa. Era ele com um senhor; na foto, ele estava sorrindo, mas parecia um sorriso forçado. Em seu pulso, havia a mão do homem, que parecia "agarrada" à sua mão. Sinceramente, não sorri como antes. Fiquei confuso e meio irritado, mas não era eu e sim meu lobo, que se remexia nervoso em meu interior.

— É minha avó. — Ele apareceu, me fazendo dar um pulo de susto.

— Perdão? — perguntei, confuso.

— Na foto... é minha avó e eu. — Ele se colocou ao meu lado, sorrindo. — Ela era tudo pra mim.

Fiquei confuso.

— Era? — perguntei, vendo-o abaixar a cabeça.

— Ela morreu.

— Sinto muito. — lamentei.

— Não precisa.

Ficamos em silêncio. Eu estava me sentindo incomodado com todo aquele silêncio. Queria puxar assunto para que o clima não piorasse ainda mais, mas antes que eu começasse, ele se abriu mais.

— Ela me protegia de pessoas más — revelou, olhando para o chão. — Mas quando o anjo se vai, os demônios atacam, né...? — disse, fazendo eu ficar ainda mais confuso.

— Como assim? — vejo sua expressão mudar, dessa vez para uma mais nervosa e assustada, como se tivesse falado demais.

— Nada. — Ele limpou algumas lágrimas. — Vamos? — sorriu de forma pequena.

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