Tu é?

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-Ué ? Está tudo bem? Você está com febre ou algo do tipo?

-N-não, eu estou bem.- lhe falhou a voz e ,obviamente, eu notei, então continuei a fazer-lhe o mesmo tipo de perguntas.

-Você tem a certeza?

-S-sim...

-Então porque a sua voz está falhando ?

-A culpa é sua de eu estar assim!- revelou, apontando para o meu rosto.

-Porquê minha?- ele não respondeu, e apenas desviou o seu olhar no meu.-Está assim porque eu sou 'bonito' e você gosta de mim?- eu usei o termo com que ele tinha me chamado no papelzinho.

-Quê ? Não se ache tanto, 'tá bom ? O seu ego está a ocupar o espaço todo!- dei uma leve risada por causa do comentário do mesmo.

-Mas foi assim que me chamou no papelzinho!- faço uma carinha triste, e parece que o fiz parar para pensar.

-Eu estava falando da parte de eu gostar de você...

-Ah, então você não gosta do seu bebé ?- fiz cara fofa.

-Mas era você quem ficava dizendo que não era bebé de ninguém?

-Ah, 'tá bom! Você me apanhou!- eu ouvi ele a rir-se vitorioso.- então é você o meu bebé?

-Claro que não, eu não sou bebé de ninguém!

-'Tá bom, então é você o meu bebé, precioso?- perguntei ao gato o levantando a cima da minha cabeça.

-Não!- exclamou e no mesmo segundo tirou o gato que estava nas minhas mãos.- prefiro ser eu o seu bebé, do que esse gato horroroso!

-Ei! Ele não é horroroso e eu já sabia que eras o meu bebé.- sorri inocentemente.

-Então já que sou eu o seu bebé, você é quem vai pagar!

-'Tá bom.

-Sério que você está de boas com isso?

-Claro, pois eu estou com a sua carteira.- disse mostrando-lhe a sua carteira.

-Filho Da Mãe! Me Devolve A Minha Carteira!- gritava, enquanto apoiava-se em cima da mesa para tentar tirar a sua carteira das minhas mãos.

-Calma bebé! Eu irei lhe dar a sua carteira...quando eu pagar o nosso café.

-Babaca!

-Foi você quem me convidou, então deveria ser você a pagar com o seu dinheiro, então como você não o faz, eu não me importo de o fazer por você.

-'Tá bom, eu pago, então devolve a carteira!- disse, estendendo a mão para eu pousar a carteira em cima dela.Finjo que vou por na mão dele, mas rapidamente trago ela de volta para mim.

-Eu só irei devolver se você me der um selinho aqui!- disse apontando para a minha bochecha. Eu o vejo a me olhar com cara de nojo.

-Tu é?

-E tu não é?

-Eu sou...

-Então tem algum problema se eu for?- dei um sorrisinho de lado.

-Não, mas é muito gay, você me pedindo isso.

-Anda logo, ou você não quer a sua carteira?- meio que o provoco, e noto ele a selar a sua mão e, logo em seguida, me dando um tapa, não muito de força.-Não sei se isso deve contar.

-Por favor, me dá a carteira logo.

-'Tá bom, toma.- finalmente desisto e lhe entrego a carteira.

  Uma funcionária do café, veio até nós e perguntou os nossos pedidos e logo foi os buscar. Bebemos e comemos o que cada um de nós pediu e sem ter passado muito tempo já estávamos na frente do café.

-Deixa eu levar você a casa.- pedi ao mais baixo.

-Não muleque, você já tem muito caminho para percorrer até a sua casa, não precisa de percorrer mais.

-Mas eu quero então vamos lá.- assim que o disse, ele começou a andar até sua casa. A moradia do mesmo, não era assim tão longe do café, só foram dois minutos e logo chegamos lá.

-Ok tchau.- disse Yoongi já indo embora.

-Ei espera!- ele parou e olhou para mim.-No café eu não ganhei um selinho de jeito, então já que não está ninguém por perto, você poderia dar agora um direito, sem ser me dando um tapa.

-Você é tão chato.

-Sou mesmo, agora me dá um selinho.- disse virando o meu rosto de lado para ele poder fazer o que eu acabava de pedir. Mas em vez de sentir os lábios do mesmo na minha bochecha, ele agarrou o meu rosto e virou para ele, vi que ele estava corado, e só sei que o próximo movimento do mais baixo foi me selar nos lábios e não na lateral do meu rosto como eu havia pedido.

  Eu aprofundei o beijo, mas logo que ficamos ambos sem ar, o mesmo me empurrou de leve e correu para dentro de casa. Eu fiquei alguns segundos parado, tentando raciocinar o que Yoongi tinha acabado de fazer, mas logo fui tirado dos meus pensamentos com uma buzina apitando atrás de mim.

  Eu olhei quem havia buzinado e vi que era a minha mãe, será que ela viu? Espero que não. Entrei no carro e a mesma logo perguntou:

-O que foi aquilo?- eu entrei em choque, no exato momento que tais palavras saíram da sua boca.

-Aquilo o quê?

-É estranho, como você descobriu onde a sua tia mora?

-O Quê?! Minha Tia ?!

-Sim, você estava em frente da porta dela.- Logo que ela disse isso, eu senti um desespero enorme, como assim, eu acabara de beijar o meu primo?!

-Eu não sabia que tinha um primo.

-E você não tem.

-Como assim?

-Você deve estar pensando no vizinho da sua tia, por acaso o vizinho dela também é Min.- ela afirmou e alívio passou pelo meu corpo todo.- Ou você estava lá pelo seu vizinho e não a sua tia?

-Claro que era por causa da tia, mas infelizmente ela não estava em casa agora.

-'Tá bom, então.

  Eu só reparei que eu na verdade não estava de frente para a casa de Yoon mas sim para a cerca que separava a casa dele da casa da minha tia. O problema é que quase tive um infarte de preocupação aqui, por razão nenhuma.

Continua...

MIN, COME BACK! PLEASE! Onde histórias criam vida. Descubra agora