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Oficialmente (e também) postada no Spirt;
Perfil: @Nayomiwa
Não revisado. Desde já peço perdão por qualquer erro, ortográfico.
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Bakugou não teve escolha, Aizawa não lhe daria esse gosto. Dando uma breve explicação, dizendo que ficaria com Midoriya até ele voltar ao normal - coisa qual não foi revelado para si - e que todas as aulas que faltasse seriam reposta com aulas mais intensas. 

Claro que Izuku estaria no meio, mas o professor resolveu não revelar, pelo simples fato de querer paz. E definitivamente, nem saberia se teria. Pois confiar em Katsuki mesmo o subornando com algo que o favoreça. Era como lidar com uma bomba relógio.

No fim, a última visão que Bakugou teve, foi dos seus amigos saindo pela porta uniformizados, enquanto foi obrigado a trocar de roupa por uma mais casual para cuidar de Deku. Esse que ainda dormia, e preferia que ele continuasse assim por muito tempo.

— Kacchan? — Bakugou escutou uma voz falha e rouca vindo atrás de si, tendo que virar para encarar o provável pingo de gente que lhe aguardava.

Respirou fundo, na tentativa de manter a sanidade mental tranquila. Não poderia explodir uma criança, isso iria contra os regulamentos de ser um herói - mesmo que não obedecesse quase nada deles - não poderia matar uma criança que, na realidade, era um adolescente e seu amigo de infância.

— É claro, você pensou que seria quem? O meio a meio? — Falou sarcástico, vendo a criança ainda sonolenta se aproximar ainda que com um sorriso leve nos lábios. Como ele podia acordar de tão bom humor de manhã?

— Não, Deku prefere o Kacchan. — Disse enquanto mexia a cabeça de um lado pro outro. Aquilo deveria ser um não ou ele estava tentando acordar? Katsuki nunca saberia a resposta.

Bakugou realmente não sabia como reagir, mas sabia que era cedo e que nem ele e nem Izuku tinham comido algo. Começaria aquele dia no qual nem saberia dizer se era bom ou ruim. Só queria que ele acabasse logo.

— Vou fazer algo para comer. — Bakugou disse franco, se virando para ir em direção a cozinha, mas suas pernas foram paradas por dois braços curtos. O que aquele menino tinha com suas pernas?

— Deku quer ajudar! — Falou encarando os olhos escarlates, que ainda se encontrava em confusão com a fala.

— Mas em que você vai ajudar? Eu vou mexer com fogo! — Disse como se fosse óbvio. Vendo agora o sinal em negação vindo por parte de Deku.

— Mas Deku quer ajudar! — Insistiu na fala, apertando mais a perna entre os braços.

Katsuki teve que contar até dez. Seu subconsciente estava em combustão, e não era difícil de isso se extravasar para a vida em si. Olhou ao redor para ver o que tinha para aquela pestinha tentar ser útil. 

Seus olhos pararam na faca com geleia e um pacote de pão ao lado, sorriu satisfeito com sua ideia, olhando Deku que ainda se encontrava grudado em sua perna. A sacudiu tentando fazer com que ele saísse.

— Você vai passar geleia em quatro pães, enquanto eu faço seu leite quente com chocolate, certo? — disse revirando os olhos, pois se lembrava da bebida adocicada que Deku gostava quando criança, se sentia patético pela lembrança.

— EBA! — Midoriya gritou animado, soltando da perna e indo em direção a mesa. Nunca se sentia tão feliz por passar geleia no pão.

Explosive Nany - (Katsudeku - Bakudeku)Onde histórias criam vida. Descubra agora