• cinco •

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De alguma forma, muitas pessoas se machucariam no final daquela história. Disso Mal tinha certeza. Enquanto entravam em um helicóptero particular com o emblema Darkling  para viajar até a Escócia. Ele sabia exatamente o que Alina estava fazendo sob a história de fachada que criou ao querer investigar a semelhança entre Antoine e Alecsander, ela estava em negação.

Quando Antoine faleceu, Alina foi extremamente forte e sóbria. A única pessoa para quem ela chorou abertamente foi Mal. Ninguém a viu chorar, mas ela estava sofrendo além do que qualquer um poderia imaginar, menos Mal. Mal sabia de tudo e sabia que nada estava superado e ele sabia que Alina estava confundido a relação que criou com o famoso advogado.

Alecsander os recebeu no jardim que funcionava como pista de aterrissagem. Ele nunca havia se apaixonado e nem achava que aquela relação seria isso. Ele estava curioso, pois não entendia Alina e logo ele, que sempre soube ler as pessoas.

Os pais estavam na Grécia, de férias, então seriam eles no castelo.

Alecsander apresentou a casa e os quartos a eles e depois os guiou até a frente do castelo.

- Sua casa é linda! – disse Mal sabendo que aquilo não era uma casa. Era um castelo. Ele e Alina tinham dinheiro de sobra, mas a família Darkling era fora do comum.

- Olá, amiguinho! – Alina acariciou um dos três cavalos parados em frente.

- Vamos cavalgar? As montanhas são incríveis. – Alecsander ofereceu a eles que assentiram educados.

- Josie. – Mal a viu sair de um carro. Ela já estava na Escócia.

- Olá, que bom que vieram. - a jovem Darkling sorriu para eles. - Mal, podemos conversar? – ela mirou o jovem de cabelos curtos.

- Eu ia cavalgar agora. – Mal não se via deixando Alina e Alecsander sozinhos, mas foi interrompido por Josie.

– Podemos alcançá-los depois. Sei a trilha de cor. – disse Josie tranquila.

- Tudo bem, vejo você depois. – Mal assentou falando com Alina que apenas sorriu para ele.

O vento no rosto. Alina cavalgava na França ao lado de Antoine sempre que possível. Era uma paixão para os dois. Uma coisa que eles compartilhavam. Ao observar Alecsander ao seu lado, Alina notou diferenças. Antoine era relaxado, ja Darkling estava sempre tenso. Antoine sorria, sua risada era alta e preenchia o vento e os lugares. Alecsander falava baixo e parecia sempre olhar com se tivesse o peso do mundo nas costas.

Após uma hora, Darkling e Alina se sentaram na grana.

- Aqui é lindo! – disse Alina observando as árvores e paisagem montanhosa escocesa.

- Te lembra a França? – Alecsander lembrou do processo. Ele queria saber mais sobre a garota que o deixava curioso.

- Um pouco. - Alina disse incomodada de tocar nesse assunto. – Lá são mais as planícies.

- A Escócia tem seu charme. – disse ele encarando a jovem com um sorriso que mudaria o mundo.

- Tem sim, é incrível. – ela não pode olhar para ele. Não poderia fazer isso.

- E os escoceses? – perguntou Alec sem entender o porquê de ter falado aquilo. Ele não flertava. Ele não era assim.

Alina apenas sorriu. Aquilo não parecia ser uma coisa que ele fazia. Ele estava mais para o empresário sedutor que conseguia tudo e não o homem que flertava tentando atenção.

- Você se casou muito jovem né? – Ao ouvi-lo perguntar ela se questionou mentalmente que ela estava investigando, ela deveria fazer as perguntas.

Luzes da Cidade: Alina e AlecsanderOnde histórias criam vida. Descubra agora