• Os vilões das histórias • Epílogo

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A empresa Darkling era comandada por Josephine. Alec, literalmente, havia deixado aquela correria para trás e se mudado para uma casa na Escocia com sua pequena família, Alina grava filmes e viajava, mas ele atuava como advogado em menos casos e achava que a empresa ficava melhor comandada com mulheres a frente e Nikolai. Alec estava sentado na grama observando as razões de sua vida brincarem e correrem. Aos oito anos suas crianças primogênitas brincaram com o irmão mais novo de roda enquanto o Golden Retriever da família, nomeado Ben, rodeava as crianças, as derrubando vez ou outra enquanto Alec gargalhava.

O vento escocês estava animado. E todos estavam agasalhados.

Alina observava o Alec rir a cada queda das crianças. Ben causava todas. Ben foi ideia de Alec. Ele achava bom que as crianças crescessem ao lado de cachorros. E tinha sido realmente uma ótima ideia.

Ela entregou o chocolate quente e sentou ao lado do marido na grama. A beleza das montanhas escocesas era inefável.

Ele a beijou nos lábios e ela retribuiu. Alina era incansavelmente apaixonada por aquele homem e por aquela família.

- Você se arrepende? – Alina disse ainda olhando os filhos. E quando ele se virou confuso com continuou. – De ter deixado a empresa, Londres?

Alec apenas sorriu para ela e abraçou pelo ombro.

- Nem por um minuto. Não trocaria esse momento por nada no mundo. – ele beijou a bochecha dela e continuaram observando seus três pequenos mundos.

Os três brincavam de roda enquanto fugiam de Ben. As gêmeas tinham cabelos pretos como os pais, mas ambas tinham olhos claros. Hope tinham olhos verdes como a grama escocesa, a grama molhada pelo orvalho da manhã. E exalava a determinação de Alecsander. Luce, tinha olhos azuis como o céu depois de amanhecer e tinha a generosidade de Alina em seu sangue. E tinha o pequeno James com quatro anos, com os cabelos e olhos pretos, estava se tornando um cópia mirim de Alecsander.

Alina não trocaria aquela família por nada. Ela era imensamente completa e feliz e sabia que onde estivesse, Antoine estaría feliz.

Quando Hope olhou os pais foi automaticamente para perto deles e os irmãos a acompanharam.

Na fogueira, eles conversaram e contaram longas histórias.

Alina observava a familia que havia construído. Ela não se arrependia das decisões, nem de ter ficado com Alec no final da história nem de ter ficado longe dele durante muito tempo. Ambos precisavam disso. Ela pode observar Alec se esforçar todos os dias por Hope e por Luce. Alec se encontrou como pessoa ao se ver pai das gêmeas.

A luz que elas tinham tinha desde que nasceram fizeram Alecsander transbordar.

Alina observava que Hope tinha as mesmas manias de Alec. Ela passava a mão nos cabelos constantemente e sorria com sarcasmo digno do pai. Luce era mais tímida, mas tinha o temperamento forte e não desistia de nada e James era um pequeno bebê.

Naquele lugar, Alina observava o seu próprio mundo. Um ao lado do outro. Alec rindo para James. Hope e Luce contando histórias em gaélico , uma obrigatoriedade da família Darkling.

Alec as criou falando com elas somente em gaélico escocês. Alina também aprendeu, apesar de Alec nunca ter pedido a ela.

E até o pequeno James compreendia as conversas em inglês e em gaélico.

- Pai, mãe – Disse o pequeno James em gaélico para os pais que estavam em volta da fogueira. – Contem uma história.

- Ok, já está frio demais, por que não contamos essa história lá dentro? – disse Alina observando oa filhos.

Enquanto as crianças corriam para dentro da grande casa, Alec e Alina os seguiram de mãos dadas, como deveria ser.

Já lá dentro, perto da lareira. Alina e Alec contaram várias histórias dos contos de fadas e sobre a religião e tradição escocesa.

Antes de dormir, Hope olhou os pais ao pé da escada.

- Mãe, pai, todas as histórias têm vilões?

Alina e Alec se encararam e sorriram um para o outro.

- Hope, nem sempre as histórias são sobre os vilões e os mocinhos.

Foi Alina quem respondeu. Luce então indagou:

- Os vilões as vezes são bonzinhos?

- Vocês acham que os vilões merecem perdão? - Alec perguntou sério.

- Todos merecemos uma chance. - Hope respondeu imediatamente.

- Nem sempre as pessoas são ruins. Elas só precisam encontrar a luz. – Luce completou sincera.

Alina sorriu para as filhas que beijaram os pais novamente e foram para o quarto.

Alec e Alina se sentaram na sala principal com copos de chá cheios.

- Estamos fazendo um bom trabalho! – Alina disse olhando as fotos na parede.

- Claro que estamos, somos o máximo. – Alec sorriu presunçoso.

- Sempre humilde. – Alina debochou segurando a mão estendida dele.

- E você ama cada detalhe. – Alec a encarou alertando a mão dela.

- Claro que amo. – Alina sorriu para ele. E ela amava mesmo.

- Eu te amo, Starkov. - Alec disse enquanto observava a mulher que fez seu mundo iluminar por inteiro.

- Eu também te amo, meu vilão. – Respondeu Alina o olhando com atenção.

Alec sorriu para a esposa e pensou na família que estavam construindo e nas filhas. Esperança e Luz como seus nomes.

Alec seria Alec. Ou James. Não fazia diferença desde que todos eles estivessem juntos.

-

Oi, gente, tudo bem?

Chegamos ao fim dessa história tão legal de escrever. Me perdoem pela demora. E me digam o que acharam! Se gostarem posso escrever outra focada em Darklina.

Um beijo,

A autora.

Luzes da Cidade: Alina e AlecsanderOnde histórias criam vida. Descubra agora