Outras dimensões?

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─ Felina! Acorda! Já é meio-dia!

─ Mas eu só fui dormir às dez. ─ sentei na cama, olhando para a Brilhante com ódio, vendo que ela não sairia de lá até eu levantar completamente. ─ Tá. Eu saio, ms eu te odeio por isso. Cadê a Adora?

─ Faz uma hora que ela acordou. Ela está conhecendo a cidade com o Adam.

─ Okay, agora vaza para eu me trocar. ─ Cintilante saiu.

Vesti minha roupa casual e saí do quarto, dando de cara com o cara das flechas, o que me assustou levemente.

─ Você fica tão fofa quando se assusta!

─ Que seja! Você sabe aonde estão o rei e a rainha?

─ Tá todo mundo, menos a Adora e o Adam na sala de refeições. Estou indo pra lá agora.

Segui ele até o local. Cintilante estava olhando para mim, rindo.

─ Bom dia, rei Randor, rainha Marlenna, eu gostaria de conversar com vossas majestades... em particular.

─ Certo. Mas antes, Felina, você não precisa de tanta formalidade, pode falar mais naturalmente. ─ Disse o rei.

─ Entendi. ─ Sentei-me ao lado da Cintilante. ─ Quando a Adora e o Adam voltam?

─ Em torno de uma hora, eu acho, ele disse que a levaria nos três lugares preferidos dele, e isso foi há uma hora.

***

─ Voltamos! ─ Disse Adam, sendo recebido rapidamente pelo Arqueiro. Aquele garoto tava mesmo apaixonado.

─ Arqueiro, vem cá. ─ E ele me seguiu. ─ Você gosta do Adam, não é?

─ Eu? Não sei muito bem... eu e a Cintilante terminamos há pouco tempo e...

─ Pouco tempo? Cara, faz quase um ano! A Cintilante já pegou geral e você aí, só nas paixonites achando que a gente não percebe!

Acho que eu deveria ter citado anteriormente o término deles, não? Certo, de qualquer maneira, ele terminaram um mês depois do início do namoro, porque eles perceberam que eram amiguinhos demais para namorarem. E eles só dividiram quarto na nave porque preferiam dormir juntos do que ouvir a Entrapta tagarelando sobre ciência.

─ Eu sou frágil, não sei o que fazer...

─ Fala com ele, ora! Adora! Vem cá! ─ sinalizei para ela vir. ─ Você tem algum conselho a dar para o Arqueiro sobre Você-Sabe-Quem?

─ Ah, sim. Discretamente, chama ele pra sair, sem mostrar que é porque você está afim dele, vai fingindo que você está querendo conhecer um pouco o lugar e tals.

─ Não sei se consigo, não sei... não mesmo.

─ Vai lá, estamos aqui se der errado. ─ Falei, tentando ser otimista.

E ele foi. Durante a conversa, Adam parecia normal, não parecia recusar. E os dois saíram dali conversando.

Olhei para a Adora e a mesma retribuiu o olhar.

─ Está dando certo. Agora eu preciso conversar com os seus pais, você vem comigo?

─ Vou sim.

Chegamos à sala do trono, vendo Randor e Marlenna sentados em seus assentos.

─ Olá, eu queria falar sobre uma questão de tecnologia antiga.

─ Diga, Felina. Ajudaremos com o que for possível.

─ Eu e Adora, na época em que estávamos em guerra, eu fui atrás dela até um templo antigo construído pelos primeiros há mil anos, e lá, nós encontramos uma sala que acessava nossas memórias mais marcantes. Mas eu queria saber se aqui há alguma que acesse as memórias mais fracas, pois, eu nunca tive noção de quem eu já fui ou daonde eu vim, e eu queria saber. ─ Falei, com uma certa insegurança.

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