sessão de filme de terror

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Aquela noite havia sido incrível. Resolvemos voltar para o hotel somente de madrugada, quando já estávamos cansados.

***

─ Bom dia. ─ Falei, sorrindo para a mulher al meu lado.

─ Bodia. ─ Respondeu.

─ A Entrapta disse que hoje nós vamos comprar "celulares" porque os rastreadores não funcionam aqui e chamam muita atenção. ─ Falei.

─ É uma boa, assim não vamos nos destacar tanto assim, a não ser que alguém precise de uma mulher de três metros com uma espada.

─ Acho que não vão.

Saímos do quarto, Entrapta, assim que avriu sua porta, colocou os pés no chão, com medo de alguém ver seu cabelo se mexendo. Todos já estavam ali, estávamos prontos para sair. Era muita gente.

Fomos até uma loja de eletrônicos e compramos os benditos celulares. Eram mais caros que a minha pele, mas enfim. Depois, Adora queria ir ao estábulo onde tivemos de deixar o Ventania. E era surpreendente o jeito como conseguimos trazê-lo de volta à sua forma comum de cavalo. Deveríamos ter feito isso antes pra fazer ele calar a boca.

Comecei a mexer no meu "celular" enquanto Adora brincava com o Ventania. Baixei um aplicativo chamado Twitter, estava sendo recomendado para mim, então o baixei.

Selecionei as duas línguas dos dois lugares que estávamos visitando: Português e Inglês. Por algum motivo, ambas as línguas soavam diferente, mas dava para eu entender. Pensei que lendo fosse a mesma coisa, e foi. O Brasil era muito cheio de tretas, adorei ler todas. Um tal de Bolsonaro era odiado por mais da metade dos brasileiros, outro cara chamado Lula também dividia muitas opiniões. Algumas pessoas shippavam eles. O Twitter era perfeito.

Melhor coisa do mundo. Saímos do estábulo e havíamos antes programado de ir ao que eles chamavam de mall.

Aquele lugar era cheio de lojas, eram diferentes das feiras de Ethéria, aquele lugar era fechado, e as lojas pareciam quartos num corredor largo e gigante.

Em cada uma das lojas haviam coisas diferentes sendo vendidas, desde belas e chamativas roupas de gala até as mais variadas maquiagens. Sephora era uma loja que estava lotada. Fomos dar uma olhada naquelr lugar, as palhetas de sombra possuíam uma variedade enorme, havia maquiagem para todos os estilos.

Acabamos levando uma palheta gigante, com umas trezentas cores de tudo o que é pó, e Spinerella levou quilos de base para esconder o rosa de sua pele.

***

Chegamos no hotel cheios de sacolas, nelas haviam roupas que nós não precisávamos, mas resolvemos comprar mesmo assim.

─ A gente vai à praia amanhã, você não pode ficar isolada pra sempre. ─ Disse Adora, entrando no banheiro.

─ Mas a água me deixa inquieta de um heito horrível, parece arder, como fogo.

─ Já pensou que isso não acontece de verdade? Não é difícil de se acostumar se você mergulhar uma ou duas vezes. ─ Ouvi o som da torneira da banheira sendo ligada. Segui a loira para continuarmos conversando. ─ O Adam conseguiu acostumar o Gato Guerreiro, que morria de medo da água, ele dizia as mesmas coisas que você.

─ Mas eu não sou o Pacato, sou? ─ Respondi com a pergunta, sem perceber o uso do apelido do Gato.

─ Não é, mas se você confiasse em mim, eu iria poder te mostrar que está tudo bem, afinal, você já ficou tranquila embaixo d'água algumas vezes. E em todas você estava distraída.

─ Eu não sei se vai dar certo.

─ Só tenta, a água não está fria, nem quente demais. Isso é só para a Serena parar de te ameaçar com água pra você fazer qualquer coisa.

Hey CatraOnde histórias criam vida. Descubra agora