Mephisto Pheles
Estava sentado em uma caixa de correios que ficava próximo ao dormitório de Kamiki Izumo, queria saber como estava a turma e para isso eu precisaria de um aluno confiável para entrar junto na sala sem que percebessem. Minhas roupas de "palhaço" estavam de volta depois de uma semana, o tempo de luto foi de uma semana para eu conseguir finalmente ver uma luz no fim do túnel, eu tinha apenas um pequeno vislumbre do futuro enquanto me forçava para avançar para a volta do Rin.
Izumo – Senhor Diretor?
Mephisto – Ah, olá senhorita Kamiki, espero que não se importe em ter minha ilustre companhia na aula de hoje. – Me levantei caminhando alguns passos na frente dela a chamando para ir com a mão, o caminho era curto só que ainda precisava ficar na minha forma canina.
Izumo – Não me importo, só espero que hoje o teatro acabe.Mephisto – Algumas peças são tão bem ensaiadas que fazem um grande sucesso entre os mais tolos – Parei perto de um poste, a rua estava deserta com uma única porta à frente. – Vamos, hoje talvez o teatro pegue fogo ao final da peça.
Abri a porta esperando ela passar para a seguir, já em formato de um pequeno cachorro. Lati e me sentei na frente da porta da sala dela esperando a porta abrir para entrar.
Izumo – Se o Senhor gostaria do circo pegando fogo é melhor sentarmos em um lugar que é diferente do meu.
Tombei a cabeça para o lado quando ela abriu a porta indo se sentar no lugar onde o Rin ficava, a sala parou de conversar assim que ela se sentou. Quando que essa sala tinha se tornado um antro de sentimentos pesados? A atmosfera parecia esmagar qualquer um que fosse suscetível a aquele sentimento.
Izumo – Perderam alguma coisa?
Me sentei ao lado da garota ignorando completamente a existência das outras pessoas, era até possível ouvir o estalo da cabeça de alguns alunos para olhar a porta, a esperança deles era a última que morre? Será que esperavam que fosse só uma brincadeira que o tempo estava aplicando? Bom, definitivamente eu não brincaria com uma coisa dessa, mesmo que fosse para dar uma lição neles.
Moriyama – Senhorita Kamiki por que está no lugar do Rin? É o lugar dele...
Izumo – O lugar de um morto é no cemitério. O lugar que ele sentava é apenas um lugar hoje e vai ser apenas um lugar amanhã, por esse simples motivo eu estou nesse lugar que estava vago.
Moriyama – Não fale assim, ele pode voltar qualquer dia desses…
Izumo – Não fale como se você se importasse, quando ele voltar vão todos xingar e ignorar ele como fazem desde que descobrirem que ele é filho de Satã. Mas querem uma novidade? Mephisto Pheles e Okumura Yukio, e alguns outros também são filhos de Satã.
Eu com certeza deveria ter colocado uma câmera nessa sala a tempos, e ainda colocar microfone. Ora, as discussões entre adolescentes eram interessantes e daria de tudo para ouvir elas todos os dias, mas meu pequeno momento de prazer foi interrompido por Okumura Yukio entrando na sala e mandando todos se sentarem. Me aproximei da garota puxando o caderno dela para ficar por cima da mesa.
Yukio – Espero que não tenhamos nenhuma discussão desnecessária hoje.
Izumo – Espero que o teatro pegue fogo antes do final da peça…
∆
C
omo aqueles Exwire aguentavam essas aulas? Eu já estava no meu décimo sono seguido, mal conseguia manter meus olhos abertos com o que o Okumura falava e era tão entediante copiar sem parar e escutar a voz dele lecionando que eu me perguntava se o Rin dormia tanto quanto eu nas aulas.
Me levantei me espreguiçando por completo para afastar o sono, queria rodar um pouco pela sala para ver o que os alunos faziam para se manter acordados. Fui para a mesa que o Suguro dividia com o Konekomaru observando o que eles faziam, Suguro parecia escrever mais do que o Okumura colocava na lousa. Grunhi tentando subir no meio dos dois e olhar a mesa do Suguro, mas quem diria que eu só iria encontrar cartas na parte vaga.
Eu puxei as cartas com as patas e voltei para a mesa da Kamiki com as cartas na boca enfiando tudo dentro da bolsa dela. Iria pedir as cartas quando saíssemos obviamente para ler e depois devolver ao Suguro, afinal todas as cartas estavam interessadas ao Rin.
∆
A
cordei só quando a Kamiki me cutucou para acordar, a sala estava quase vazia e eu preferi voltar a minha forma normal com um sorriso desenhado no rosto.
Mephisto – Vamos? Temos bastante coisas a tratar. – Me levantei esticando o meu corpo que estava dolorido saindo da sala com a senhorita Kamiki, peguei a chave que os Exwire sempre usavam e abri a porta. – Oh, vamos. Você e a Senhorita Kirigakure vão voltar às buscas novamente.
Izumo – Vai querer aquelas cartas que colocou na minha mochila?
Mephisto – Sim, e amanhã eu devolvo a quem fez as cartas. – Peguei as cartas que ela esticou e dei passagem para seguir pela academia, Kirigakure a esperava na entrada pelo o que soube – Ela está na entrada da academia.
______________________________________× Okumura Rin ×
Q
uanto tempo terá passado? Todos os dias o Amaimon parecia se locomover para mais perto de não sei onde, ficar sem ver era impossível já. Mas pelo menos reconhecia o tipo de presença que estava perto, porém Amaimon sempre reclamava que estávamos indo devagar e que precisávamos ir mais rápido já que estávamos bem longe da academia.
Amaimon – Vamos parar Kuro! Está amanhecendo e não dá pra circular com uma bola de fogo azul que se mexe sozinha.
Aquele era o pouco tipo de informação que eu tinha, sempre era vamos nos mover e vamos parar de se mover, me guiar através disso era difícil. Sempre que amanhecia parecíamos voltar diversos passos já que eu recuava enquanto eles dormiam, eu recuava metade do que eles andavam pela noite e os dois precisavam avançar duas vezes mais do que na noite anterior.
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A Fênix de Chamas Azul
FanfictionE se tudo tivesse sido diferente? Se Rin tivesse morrido? Se Mephisto tivesse adiantado o renascimento da Fênix? E se Rin não tivesse suportado o ódio dos amigos e do irmão? E se ele tivesse retornado tratando todos com frieza? Se agora ele não se a...