Você tá vivo

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Amaimon Pheles

Estava perto da academia verdadeira cruz, mais de uma semana tinha passado e a mais de uma semana eu não dava sequer uma notícia. Prefiri ir direto para a sessão 13 que ficava abaixo da academia me descansando na fonte quebrada. 

Amaimon – Vamos descansar só um pouco, Kuro pode ir atrás do Mephisto para mim? – Peguei um peixe que tinha comprado pro gato comer e o entreguei como agrada antes dele sair com o animal já morto na boca. – Você me deu muito trabalho, vou cobrar isso depois. 

Me deitei no concreto da borda da fonte, o cansaço quase aparente no meu rosto que provavelmente estaria horrível, meu cabelo provavelmente tinha virado um brócolis novamente com as pequenas explosões de fogo azul que o Rin causava quando eu o pegava. 

Mephisto – Vejo que está morto, vem cá Rin. – Me sentei observando o Mephisto tão bem arrumado e soltei o Rin para ele ir até o Mephisto. – Vamos reviver seu corpo pirralho. 

Segui o Mephisto que parecia sorrir enquanto brincava com a bola de fogo Rin, me sentei na primeira cadeira que vi no laboratório que estavam Neuhaus, Shura e Izumo todos pareciam tensos. 

Varri o olhar pelo local chamando Kuro para se sentar no meu colo para ele poder ver melhor o que aconteceria.

Mephisto – Vai para o seu corpo Rin, ele está curado e o coração vai bater assim que você entrar nele. – Arrumei meu cabelo enquanto olhava o Rin flutuar até onde estava o corpo dele, eu tinha um leve sentimento de que tudo iria dar errado, mas o sorriso tão aberto de Mephisto dava uma esperança de que tudo daria certo. 

O fogo flutuante sumiu dando espaço para o corpo do garoto levantar com tudo em um ato até desesperado, o grito que ele deu enquanto sua pele era necrosada foi sufocante. 

Amaimon – Isso vai ser divertido até. – Murmurei baixinho e me levantei me aproximando para observar ele melhor, o fogo queimava todo o corpo o transformando em só um grande pedaço de carne queimada. – Isso era tudo o que ele tinha? 

Mephisto – Claro que não, observe direito irmão. – Me aproximei maisainda do corpo dele que caía no chão se quebrando, tinha uma chama azul que crescia rapidamente explodindo em um azul forte.

Amaimon – Um Demônio de cura alta e nível alto, você me impressiona a cada dia. – Me afastei para evitar ver a nudez do menino, a explosão de azul ainda continuava enquanto o corpo era reconstruído com uma pele mais pálida que o normal, o cabelo tão brancos, um nível bem alto de palidez no corpo já que a primeira vista todos os pelos dele eram brancos. – Rin abaixa esse fogo, vai fritar todos que estão aqui!

Rin – Mas eu quero testar meu poder, ele está tão forte e isso me faz me sentir tão vivo. Vocês gostam de mim e eu tenho certeza que não vão se importar se forem reduzidos a cinzas. – Faço uma barreira de árvores sagradas em volta da sala para nada sair do controle total e me abaixei na altura do Kuro. 

Amaimon – Seu dono é louco carinha. 

Kuro – Rin! Você lembra que tinha prometido me dar saquê de gato um dia antes de morrer? Eu quero estar vivo pra você cumprir o que me prometeu! 

Rin – Kuro? 

Kuro – Sim, eu não vou nunca mais sair do seu lado e espero não morrer por tomar essa decisão.

Sorri quando ele se sentou no chão com o fogo diminuindo e soltei o gato para se aproximar do dono. Dei um sorriso e tirei a parte superior do meu terno entregando para ele vestir.

Amaimon – Se vista, a Shura e a Izumo estão te olhando. – O ajudei a se vestir e sair do chão gelado, as mãos dele cobrindo o que a minha blusa ou meu corpo na frente do dele não cobria. 

Mephisto– Nunca mais faça isso Okumura Rin! Não se esqueça da promessa sua com o Shiro. 

Peguei Kuro e deixei por cima da minha cabeça para disfarçar meu cabelo parecendo um brócolis, peguei uma calça que o Mephisto me esticou e joguei para o Rin. 

Rin – Obrigado Nii-san, desculpa por deixar vocês preocupados e desculpe. 

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Okumura Rin 

Depois de ter pedido diversas desculpas eu fui levado para a mansão do Mephisto, ficava acima da escola, pelo o que fiquei sabendo minha volta seria escondida até a hora certa e quem precisava saber era contado nos dedos. A cama onde eu estava deitado para descansar um pouco era a do Mephisto, era tão macia que me dava sono e a única coisa que roubava ele era o próprio Mephisto e o Amaimon deitados cada um em um lado meu, o braço do Amaimon passado por cima da minha barriga enquanto o rosto dele estava virado para o lado contrário, já Mephisto estava com a cabeça entre o meu pescoço e meu ombro. 

Tentei me mover um pouco para levantar, mas só consegui um par de unhas afiadas sendo ameaçadas na minha cintura e obviamente isso me faz parar qualquer movimento para olhar Amaimon se virando para mim irritado. 

Amaimon – Durma pirralho – A voz rouca me deu um leve arrepio da nuca até a base da coluna, senti meu rabo dar um tremelique antes de se enroscar na minha perna. 

Rin – Não fala assim – Fiz um biquinho e tiro o rosto do Mephisto com cuidado para deitar de lado e voltar a cabeça dele para entre meu ombro e pescoço, assim era uma posição agradável, meu corpo reclamava só de ficar de barriga pra cima por tanto tempo. – Dormir de lado diminui a sensação de que eu fui enterrado um dia. 

Amaimon – Você tá vivo, sua pele tá quente e você tem pulso então tá mais vivo que muita gente.

Sorri de leve com aquilo e fechei os olhos me acomodando no meio dos dois, afinal o incômodo tinha passado e dado lugar a um pequeno ponto de felicidade que a muito tempo eu não sentia.

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Eu demorei tanto pra atualizar por estar arrumando as cenas que eu peguei do mangá, tava com onomatopeia e alguns personagens que não estão nessa cena da fic e tals.

Desculpa pela demora, mas pelo menos consegui trazer rapidamente e sem enrolação.

A Fênix de Chamas AzulOnde histórias criam vida. Descubra agora