Okumura Rin
Sequer tinha colocado os pés dentro do trem bala e já fui recebido com olhares que pareciam querer engolir a mim e ao Amaimon, mas por que querem engolir eu e ele? É simples, ele é um rei demônio e a notícia de que eu sou irmão dele e do Mephisto correu solta. E eles ainda não ligaram os pontos e depois falam que são inteligentes, eu literalmente sou o Okumura Rin e eles ficam me perguntando quem eu sou.
Todas as chamadas que faziam eu sempre ficava quieto, não respondia nem nas aulas da escola. Minha boca só abria para pegar algum pirulito que o Amaimon me dava pra experimentar e depois devolver, sim ele pegava de volta da minha boca e enfiava na dele. Soltei um risinho antes de me sentar nos bancos da frente no meio, Izumo disse que se sentaria comigo depois de tomar uma vacina.
Moriyama – Posso me sentar aqui? – Me virei para encarar a loirinha, fiz uma careta e sequer consegui responder
Izumo – É o meu lugar, vocês devem manter distância dele, não se esqueçam. – Tirei minha mala do assento dela. – Obrigada Rin.
Rin – De nada Izumo.
Deito minha cabeça no ombro do Mephisto, dava para ouvir até algumas reclamações do Suguro por algumas coisas que a Izumo murmurava. Não dava tanta atenção e só passei a dar quando meu assento sofreu peso por trás, Suguro tinha se levantado extremamente bravo.
Ryuuji – Repete o que você disse.
Izumo – Que vocês são burros, julgam alguém pelos erros dos pais da pessoa e ignoram completamente o que a pessoa faz para salvar suas vidas.
Ryuuji – Como se você fosse diferente da gente, não é mesmo?
Rin – Eu não lembro de ter falado que a Izumo me machucou de alguma forma na carta. – Murmurei baixinho pro Amaimon e me levantei sentando no colo dele. – Vocês estão falando muito alto.
Reclamei encarando os dois e esticando minha mão para fazer a gravata do Suguro pegar fogo, mas apenas a gravata e sorri animado quando deu certo.
Amaimon – Tá com mais controle, isso é ótimo, merece um doce. – Abri a boca para ganhar o pirulito que estava na boca dele e me virei para o Suguro que me encarava chocado.
Rin – Se senta ou a próxima coisa que eu vou queimar vai ser a suas calças e não é sempre que eu tenho tanto controle.
E aquilo pareceu funcionar por ele ter se sentado mais irritado que nunca e a Izumo com um sorriso de orelha a orelha, tão feliz por ter meio que ganhado a discussão.
∆
Acordei com um beijo na têmpora, resmunguei enquanto me sentava melhor no banco e olhei em volta, havíamos chegado em Kyoto e o Amaimon provavelmente iria querer visitar diversos lugares comigo. Sai do trem com a melhor cara de animação que eu consegui ter enquanto Amaimon passava protetor solar nas partes que apareciam do meu corpo, faltava só um dos guarda-chuvas do Mephisto para completar.
Rin – Depois vamos visitar a torre de Kyoto? Por favor, Nii-San. – Juntei minhas mãos para pedir ao Amaimon que me encarou por alguns segundos antes de dar um sorriso e concordar. Talvez ele quisesse ir tanto quanto eu.
Shura – Pessoal como eu expliquei no trem, foi uma tentativa de furto que falhou e deixou muitos feridos, então vocês vão se dividir para ajudar todos.
Rin – Posso ir atrás do Mephisto primeiro? – Perguntei a Shura que acenou que sim com a cabeça, peguei meu celular ligando para o mais novo e avisando onde iríamos estar e que queria ele lá assim que chegasse. – O Nii-San concordou.
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A Fênix de Chamas Azul
FanficE se tudo tivesse sido diferente? Se Rin tivesse morrido? Se Mephisto tivesse adiantado o renascimento da Fênix? E se Rin não tivesse suportado o ódio dos amigos e do irmão? E se ele tivesse retornado tratando todos com frieza? Se agora ele não se a...