Torre Kyoto

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Acordei em um local diferente do quarto de hotel, mas ver Kuro dormindo com a cabeça no meu braço me impediu de sacar a Kurikara como se estivesse em perigo, puxei o gato para mais perto e o deitei confortavelmente no travesseiro e me levantei caçando a Kurikara com os olhos, só encontrando o Amaimon dormindo a algumas camas de distância da que estava deitado.

– Acorda cabelo de brócolis, onde a gente tá?

– Pousada da família do Suguro, o irmão achou melhor trazer você pra cá para tomar um soro.

– Não tinha necessidade nenhuma disso

– Você desmaiou na banheira e tá me dizendo que não tinha necessidade?

Tirei o acesso que estava no meu braço e puxei Amaimon para se levantar para irmos embora daquele lugar, peguei o Kuro no colo antes de sair do quarto e comecei a ir atrás do Mephisto, ou pelo tentar já que a cada segundo alguém entrava no meu caminho, aquilo obviamente começou a me deixar estressado até que finalmente achei aquele palhaço quando ele entrava na sala de reuniões da pousada, ignorei que a sala era de reuniões e grudei nele como se nada fosse me tirar dali.

– Bom dia, Nii-san

– Acordou já? Fique com o Amaimon enquanto eu tenho essa reunião

– Desiste irmão, ele arrancou o soro do braço para vir te ver.

Entrei na sala de reunião com o Mephisto e me deitei atrás dele e abracei sua cintura, ficando confortável naquela posição, ajeitei Kuro no colo do Mephisto antes de tentar cochilar novamente.

– Então tá, desta vez tivemos resultados impressionantes. Chefe Shima, não só um erro meu levou a essa situação como também cheguei atrasado por causa de outro negócio, estou profundamente triste! Mas desta vez... você foi, sem dúvidas, tão bom quanto um Paladino da Legião Angélica poderia ter sido,

Abri meus olhos enquanto o Mephisto falava e franzi minhas sobrancelhas diante daquela mentira esfarrapada, ele estava sentado assistindo a luta e falando sobre livros de velhos, e depois foi embora comigo como se nada tivesse acontecendo, diante daquilo tive que me sentar para evitar ter espasmos enquanto ria da situação.

– Não... tudo que fizemos foi continuar a lutar, esperando a ajuda do Vaticano. Tudo deu certo graças ao seu irmão caçula.

– Falando nisso, caso o Vaticano te convoque se apresente como uma testemunha deste caso.

– Sim claro, irei apenas falar a verdade. Bem, então com licença.

– Obrigado pelo o seu ótimo trabalho, pode ir descansar Chefe Shima.

Me joguei ao lado do Mephisto com um sorriso bem desenhado no rosto esperando o Chefe Shima sair para que pudesse gargalhar da cara de Mephisto, descarado aquele ponto, mentindo para que não sobrasse para si, assobiei para o Amaimon entrar e comecei a rir junto com ele da careta que Mephisto fez assim que notou a minha intenção.

– Seu compromisso era recitar frases para mim sentado em uma poltrona? Ou era tomar chá enquanto uma montanha era infestada pelo Rei Impuro?

– Sua audição anda muito boa, você saber até o que eu faço a quilômetros de distância é de impressionar, qual será o próximo acontecimento? Irá ouvir o passar de páginas do meu mangá?

– As vezes quando vocês falam parece que estão sussurrando ao meu lado, tipo dois demônios de ombro.

– Não é um demônio e um anjo?

A Fênix de Chamas AzulOnde histórias criam vida. Descubra agora