Seja bonzinho

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× Kirigakure Shura ×

Agora entendia o porquê os alunos ficavam entre olhar para a lousa e a porta, aquela sala causava aquele sentimento de esperança a respeito do Rin e tinha uma esperança que seria descoberta só na hora que ele entrasse na sala finalmente, mas talvez não falaria com nenhum deles.

A aula deles tinha acabado a um tempo e eu permanecia com aquele sentimento no peito, a única coisa que poderia fazer era conversar com Mephisto sobre chamarmos a Kamiki Izumo para as reuniões secretas, depois do que ela tinha falado ao Yukio ela seria perfeita para ficar com ele durante as aulas de exorcistas, e com isso em mente eu invadi a sala do Mephisto que apenas levantou o olhar de alguns papéis.

Shura – Kamiki Izumo, ela seria de grande ajuda para lidarmos com a volta do Rin. Ela tinha até um apelido carinhoso que o Rin deu, era sobrancelhas.

Mephisto – Uma ótima ideia, se me permite dizer é claro, mas como espera que ela saiba que é ele?

Shura – Eu convido ela em segredo para as reuniões, só falamos uma parte e depois dispensamos ela, voltamos a reunião e falamos sobre as coisas mais importantes. Inclusive tem notícias de Amaimon?

Mephisto – Vou pensar sobre aceitar elas nas reuniões de forma parcial. Amaimon disse que estava tendo alguns boatos sobre um fogo azul sendo visto, achamos que pode ser o Rin já que a Kurikara responde brilhando mais forte quando mais perto e quando mais longe ela sequer responde. 

Shura – Já acharam um corpo ou vão tentar reviver o dele? 

Mephisto – Na reunião ficará sabendo, agora pode ir falar com o Senhorita Kamiki sobre as reuniões? Creio que ela pode ser bem útil. 

Estava no dormitório da Kamiki procurando por ela em todos os lugares, e só achei uma amiga dela, uma tal de Paku e ela me informou onde Kamiki se encontrava, uma alma boa dessas me fazendo acelerar meu processo de busca. 

Bati na porta do dormitório das duas antes de entrar e a observei na poltrona por poucos segundos antes de me aproximar.

Shura – Mephisto disse que amanhã você tem que comparecer a uma reunião após o curso de exorcistas, o assunto é Okumura Rin. 

Izumo – Está bem, amanhã estarei lá se não pegar alguma detenção por ameaçar o Okumura-Sensei com o Mike e Uke.

Shura – Ele merece pelo menos uma mordida, aquele quatro-olhos medroso. Com o recado dado eu vou indo, não se esqueça das atividades que a toupeira quatro-olhos passou. 

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× Amaimon Pheles ×

Já se passou um tempo que Okumura Rin faleceu, meu irmão disse que já tinha um possível corpo e eu precisava me acelerar para encontrar o próprio Okumura Rin, mas sabe aquele momento onde você se arrepende de várias decisões na vida? Era esse momento que eu me encontrava, eu andava todos os dias investigando e hoje era um desses que eu estava andando a horas a fio com Kuro deitado na minha cabeça farejando o ar para encontrar qualquer cheiro de queimado. 

Amaimon– Eu me pergunto como ele não se cansa de se mover tanto, estamos perseguindo todos os boatos e a Kurikara sempre responde mais forte quando estamos perto, e ela tá respondendo forte a dias. Será que ele está na floresta? É difícil saber, já que eu não consigo sentir nada dele. 

Kuro – O Rin deve estar se escondendo para não machucar ninguém.

Tirei o gato da minha cabeça para o encarar, percebendo que ele estava certo, aquele gato conhecia muito bem o Rin.

Amaimon – Então vamos começar nossas buscas na floresta, se segure Kuro – Pulei de um telhado para o outro com o gato agarrado a minha roupa e a Kurikara nas costas, avançava mais rápido daquele jeito e voltei a caminhar quando chegamos na floresta mais próxima. 

As buscas agora estavam mais fáceis, a espada brilhava mais forte e o Kuro se mantinha conversando com ela enquanto eu mantinha ela aberta para descobrir onde o Rin estava. E não demorei muito para o encontrar no meio de um lago flutuando, literalmente no meio do lago ele estava parado com as chamas fortes, o calor dela chegava até a borda do lado e os peixes provavelmente já estavam cozidos com aquele calor.

Kuro – Rin? Estamos aqui para te levar de volta. – Chutei meus sapatos do pé e entrei um pouco na água para me aproximar dele com o Kuro. – Rin, estou com saudades. Vamos voltar! – Ajeitei o Kuro na minha cabeça nadando em direção ao Rin e coloquei minha mão abaixo da chama para conseguir pegar, peguei ele com um pouco de dificuldade por estar bem quente e voltei nadando só com uma mão até conseguir caminhar. 

Amaimon – Conseguimos Kuro, achamos o Rin. – Me sentei um pouco afastado do lago e deixei a chama flutuar na minha frente para brincar com o Kuro caso ambos quisessem – A volta talvez demore, as chamas são instáveis e sempre se reduzem a quase nada quando ele sente alguma presença.

Kuro – Vai demorar muito tempo? Ou a quantidade de tempo que demoramos para encontrar ele?

Amaimon– Um pouco mais de tempo, não podemos pegar um trem-bala com o Rin e temos que levar ele em total segurança para não apagar, mas podemos ir em você se caso tome cuidado. Podemos ir em você enquanto estiver na floresta e se tivermos que atravessar alguma cidade esperamos o anoitecer.

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× Okumura Rin × 

Minha paz tinha sido interrompida, por uma boa causa eu acho, não sei ainda. A presença do Kuro e do Amaimon eram fortes e isso me impedia de soltar totalmente minhas chamas, tinha medo de machucar o Kuro com elas. Eu me aproveitei que os dois conversavam para começar a me afastar sem que fosse notado, ou era esse meu plano pelo 

Kuro – Rin, não é pra fugir, Amaimon pega ele de novo.

Soltei um pouco mais do meu poder, mas fui pego facilmente por aquele Rei demônio, pilantra salafrário pede nem permissão para tocar no meu fogo. 

Amaimon – O Mephisto que falou para te buscar, seja mais bonzinho e abaixe o fogo. – Salafrário, me pega e ainda quer que eu abaixe o fogo – Eu vou te enfiar dentro da bainha da Kurikara.

A Fênix de Chamas AzulOnde histórias criam vida. Descubra agora