ᴛʜᴇ ɢᴀᴍᴇ - ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗ

ᴄʜᴀᴘᴛᴇʀ 5

           || ʟɪʟɪ sᴘʀᴏᴜsᴇ ʀᴇɪɴʜᴀʀᴛ ||

~ maratona 1/6 ~
(gif da mídia)

Nas duas semanas seguintes fiz o possível para lidar com minha nova realidade, mais precisamente, para viver de forma normal e fingir que nada estava acontecendo.

A festa foi um sucesso, conseguimos exercer um ótimo papel como casal e recebemos elogios de pessoas que acreditaram facilmente que eu e Cole estávamos apaixonados, os eventos aos poucos se tornaram mais fáceis de lidar e cada dia que se passava eu me sentia familiarizado com tudo isso.

Como nem tudo são flores o problema bateu a porta a exatamente dois dias—

A discussão que Cole e eu tivemos não foi nada amigável, eu perdi o controle e ele não sabe lidar com isso. Prefiro não entrar em detalhes senão acabarei em prantos como da última vez.

Agora estamos fingindo que nada aconteceu, ele está me ignorando desde a briga e meu orgulho é maior que isso para pedir desculpas a ele; Cole teve sua parte de culpa e eu fui errada em arremessar um vaso de vidro contra ele.

Durante o café da manhã, Cole ficou em silêncio, parecia focado em responder alguns e-mails no iPad e mais uma vez eu me senti ignorada por ele, uma sensação famíliar nos últimos dois dias.

Normalmente quando fazíamos refeições juntos, eu tinha a atenção completa de Cole e o fato de ele estar concentrado em outra coisa me incomodou muito mais do que seria razoável. Pensei em tentar quebrar o silêncio, mas não queria deixar as coisas ainda piores. Eu sabia que hoje a tarde teria a atenção dele por que iríamos a uma reunião e na frente das pessoas ele falava comigo normalmente.

Tentando não ceder à tristeza/ódio que me invadia, terminei de comer algumas torradas e levantei, sem querer ficar naquela situação tensa mas antes que eu pudesse me afastar da mesa, Cole ergueu o olhar do iPad e olhou-me de forma penetrante.

- Aonde você vai?

Deus, eu tô ficando louca ou ele dirigiu a palavra a mim sem estar na frente de outras pessoas? Conferi o local tendo certeza de que não havia mais ninguém ali.

Sem sinal de pessoas na nossa cozinha, graças a Deus, pensei que viveria sendo ignorada por jogar um mísero vaso nele.

- Ficarei no meu quarto ou talvez andarei pela mansão.

- A reunião será mais cedo, almoçarmos com alguns investidores. Preciso de você pronta daqui a três horas.

Assenti cabisbaixa ao ver que o babaca só falou comigo para isso, eu sabia que não podia me humilhar daquela forma mas tive que perguntar a ele, estava sendo torturante viver assim.

- Era só isso?

- Sim, e caso for andar na mansão tente não ir para o lado da praia, meus seguranças alertaram um movimento suspeito por lá.