ᴛʜᴇ ɢᴀᴍᴇ - ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗ

ᴄʜᴀᴘᴛᴇʀ 19

ᴀᴍʏ ʀᴇɪɴʜᴀʀᴛ :: 𝚍𝚒𝚊𝚜 𝚊𝚝𝚞𝚊𝚒𝚜

[ gif mídia ] | leiam as notas finais.

A vida e a morte estão separadas por uma fina linha tênue, durante toda minha vida, e acredito que da sua também, nós ouvimos citações onde dizem para aproveitar o quanto pode mas em nenhuma delas ouvirá algo como "tenha cuidado com a pessoa do seu lado" ou alguma coisa do tipo.

Viver longe das pessoas que você ama não é uma tarefa fácil, saber que todos ao seu redor sofrem por sua morte é tão doloroso quanto. No meu caso para minha sorte ou azar eu pude ver o sofrimento de todos que achavam que eu estava morta.

Durante dezessete anos da minha vida as pessoas acreditaram que eu havia morrido, a dura realidade é que eu estivera presa, mais especificamente proibida de ver a minha filha, vivendo em cativeiro sob os cuidadas do monstro que era meu marido na época.

Ao longo dos anos eu sofri todos os dias com a esperança de que um dia a liberdade estaria em minhas mãos, que poderia finalmente conhecer Lili e deletar todas as memórias ruins que estiveram cravados em meu peito.

A exatamente dois messes atrás isso me ocorreu; a melhor experiência da minha vida em anos.

Primeiramente procurei ajuda médica para tratar do meu estado mental, em seguida procurei meus pais, não foi uma tarefa fácil encontrar um jeito de falar com eles, então pedi a uma pessoa próxima para contar toda a história e garantir a eles que eu de fato estava viva, na manhã seguinte eles foram até mim fazendo a comprovação de que era tudo real.

Foram horas explicando o por que Daniel me manteu presa, eu sempre soube que ele não era a pessoa mais honesta desse mundo, entretanto, a ganância subiu a cabeça de uma forma avassaladora, as coisas perderam o controle e o nascimento de Lili naquela época foi o pivor para o ápice dele, as consequências imagino que já saibam.

Logo após o parto eu fui dada como morta, tiraram a minha filha de mim sem me darem chance de ao menos uma despedida, todos os dias eu o implorava para ter um mínimo contato com Lili mas a única coisa que recebia eram fotos, isso era suficiente para me manter sã durante anos. Me partia o coração ver que a cada gravura ela estava maior e mais esperta, eu estava perdendo o direito de acompanhar de perto seu desenvolvimento mas me consolação saber que meus pais estavam cuidando dela tão bem quanto eu estaria.

Alguns dias depois meus pais sugeriram que eu entrasse em contato com Lili, para confessar eu nem sabia por onde começar, pedi mais uma vez para que eles contassem a história toda a ela e assim eu entraria em cena;

Duas semanas depois eu poderia facilmente dizer que estava vinvendo em algum filme. Poder conviver todos os dias com Lili me tornou a pessoa mais feliz desse mundo. Meu peito se encheu de gratidão por não haver aquela coisa estranha entre nós duas, depois do reencontro, era como se eu estivese presente na vida dela desde sempre.

Esses foram os melhores messes da minha vida, tirando a parte em que a notícia de que "Amy Reinhart está viva" explodiu na mídia causando um impacto em todo o país, pelo menos isso foi chave para que eu conseguisse reconstruir minha vida.

Os negócios da família reconstruídos, com ajuda dos meus advogados consegui limpar o nome Reinhart e administrar as empresas. Lili se mostrou tão prestativa como eu imaginei, ela fazia questão de estar grudada em mim o tempo inteiro, me ajudando com o que fosse necessário; eu amava isso.

Eu estava orgulhosa dela, soube que Harvard a aceitou e no começo do ano que vem ela começaria a frequentar a faculdade, Lili se mantia sorridente o tempo todo mas no fundo eu sabia que havia algo de errado, tinha algo a incomodando, ela deixava transparecer isso em alguns momentos, dois meses foram suficientes para conhece-la melhor e saber que algo estava errado.