𝐋𝐎𝐕𝐄𝐑𝐒||Que ama alguém; que expressa amor por alguém; afetuoso.
Em Forks , não havia surpresas .
Pelo menos era isso que Jasper achava .
Só que ele não podia estar mais errado , havia uma maldição , uma garota e um túmulo . Mas vamos por parte...
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NA MANHÃ SEGUINTE , eu não tinha ideia de onde estava. Então vi as palavras cobrindo as paredes e a velha cama de ferro e as janelas e os espelhos, tudo escrito com caneta permanente e na letra de Lia, e lembrei. Levantei a cabeça e limpei a baba da minha bochecha. Lia ainda estava dormindo; eu podia ver o pé dela caindo pela lateral da cama. Me levantei, as costas ainda doendo por ter dormido no chão. Me perguntei quem nos trouxe do sótão e como. Meu celular tocou; era meu despertador diário, para que Amma só tivesse que gritar pela escadaria três vezes para me acordar. Só que hoje, não tocou "Bohemian Rhapsody". Tocou a música. Lia se sentou, assustada, grogue. — O que acont... — Shh. Escute. A música tinha mudado. Dezoito luas, dezoito anos, Dezoito vezes você sonhou com meus medos, Dezoito vão tentar Enfeitiçar as esferas, Dezoito gritos mas só um escuta... — Pare! Ela pegou meu celular e o desligou, mas o verso continuou tocando. — É sobre você, eu acho. Mas o que é Enfeitiçar as esferas? — Quase morri ontem à noite. Estou cansada de tudo ser sobre mim. Estou cansada de todas essas coisas estranhas acontecendo comigo. Talvez a música idiota seja sobre você, pra variar. Você é o único aqui que tem 18 por enquanto . Frustrada, Lia ergueu a mão e a abriu. Depois fechou o punho e bateu no chão como se estivesse matando uma aranha. A música parou. Ninguém ia mexer com Lia hoje. Eu não podia culpá-la, para ser honesto. Ela parecia estar enjoada, talvez até pior do que Eric na manhã seguinte do dia em que Savannah o tinha desafiado a beber a velha garrafa de licor de menta do bar da mãe dela, no último dia de aula antes das férias de inverno. Três anos se passaram e ele ainda não comia doces de hortelã. O cabelo de Lia estava bagunçado com a franja cobrindo quase o rosto inteiro , e os olhos estavam pequenos e inchados de tanto chorar. Então era assim que as garotas ficavam de manhã. Eu nunca tinha visto aquilo, não de perto. Tentei não pensar em Esme e no inferno que teria que encarar quando chegasse em casa. Rastejei até a cama e puxei Lena para o meu colo, passando minha mão pelo seu cabelo louco. — Você está bem? Ela fechou os olhos e enterrou o rosto no meu moletom. — Acho que sim. — Eu ouvia você gritando lá da minha casa. — Quem ia imaginar que fazer Kelt salvaria minha vida. Eu não estava entendendo, como sempre. — O que é Kelt? — É assim que se chama o modo como conseguimos nos comunicar independentemente de onde estamos. Alguns Conjuradores conseguem fazer Kelt, outros não. Ridley e eu costumávamos conversar na escola desse jeito, mas... — Pensei que você tivesse dito que nunca aconteceu com você antes. — Nunca aconteceu antes comigo e um Vampiro . Tio Macon diz que é muito raro. Gostei de ouvir isso. Lia me cutucou. — Vem do lado celta de nossa família. É como os Conjuradores costumavam mandar recados uns pros outros durante os julgamentos. Nos Estados Unidos, costumavam chamar de "O Sussurro". — Mas não sou Conjurador. — Eu sei, é bem estranho. Não devia funcionar com Mortais ou Vampiros . Claro que não. — Não acha que é mais do que estranho? Conseguimos fazer esse negócio de Kelt, Ridley entrou em Ravenwood por minha causa, até seu tio disse que consigo proteger você de alguma forma. Como isso é possível? Quero dizer, não sou Conjurador. Ela se apoiou no meu ombro. — Talvez não seja preciso ser Conjurador para ter poder. Coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha dela. — Talvez só seja preciso se apaixonar por uma. Falei como quem não quer nada. Sem piadinhas, sem mudar o assunto. Pela primeira vez não fiquei sem jeito, porque era a verdade. Eu tinha me apaixonado. Acho que estava me apaixonando desde o começo. E ela tinha que saber, se ainda não sabia, porque não tinha como voltar atrás agora. Não para mim. Ela olhou para mim, e o mundo inteiro desapareceu. Como se houvesse nós dois, como se sempre só fosse haver nós dois. E não precisássemos de magia para isso. Era meio que feliz e triste, tudo ao mesmo tempo. Eu não conseguia ficar perto dela sem sentir coisas, sem sentir tudo.
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NOTAS DA AUTORA
1. Tá pequeno ? Tá mais era algo mais romântico e tbm para acabar a maratona ( se assim posso dizer )
2. Tenho mais um capítulo novo que não sei quando vou postar
