Twenty - five

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DEPOIS DO HALLOWEEN , parecia a calmaria depois da tempestade

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DEPOIS DO HALLOWEEN , parecia a calmaria depois da tempestade. Estabelecemos uma rotina, apesar de sabermos que o tempo estava passando. Eu andava até a esquina para me esconder de Edward , Lia  me pegava com o Volvo , Boo Radley nos alcançava na frente do Pare & Roube e nos seguia até a escola. Com a exceção ocasional de Winnie Reid, a única integrante da equipe de debate da Forks , o que tornava o debate algo difícil, ou Robert Lester Tate, que tinha ganhado o campeonato estadual de soletrar dois anos seguidos, a única pessoa que sentava conosco no refeitório era Emmett . Quando não estávamos na escola comendo nas arquibancadas ou sendo espionados pelo diretor Harper, estávamos enfiados na biblioteca relendo os papéis sobre o medalhão e torcendo para que Marian desse um escorre- gão e nos contasse alguma coisa. Sem sinal de primas Sirenas paqueradoras portando pirulitos e toques mortais, sem tempestades nível 3 inexplicáveis ou ameaçadoras nuvens negras no céu, nem mesmo uma refeição esquisita com Macon, Nada fora do normal.
Exceto uma coisa. A coisa mais importante. Eu estava louco por uma garota que se sentia do mesmo jeito em relação a mim. Quando isso tinha acontecido? O fato de ela ser uma Conjuradora era quase mais fácil de acreditar do que o fato de que ela existia.
Eu linha Lia. Ela era poderosa e bonita. Cada dia era apavorante, e cada dia era perfeito.
Até que, do nada, o impensável aconteceu. Esme  convidou Lia  para o jantar de Ação de Graças.
— Não sei por que você quer ir lá em casa no dia de Ação de Graças. É bem chato. — Eu estava nervoso. Edward obviamente estava tramando alguma coisa.
Lia sorriu, então relaxei. Não havia nada melhor do que quando ela sorria. Sempre me deixava maravilhado.
— Não acho que seja chato.
— Você nunca foi ao jantar de Ação de Graças na minha casa.
— Nunca fui a um jantar de Ação de Graças na casa de ninguém.
Conjuradores não comemoram o dia de Ação de Graças. É um feriado Mortal.
— Está brincando? Sem peru? Sem torta de abóbora? — Isso mesmo.
— Você não comeu muito hoje, comeu?
— Na verdade, não.
— Então você ficará bem.
Eu tinha preparado Lia para que ela não ficasse surpresa quando os meus irmãos fizessem comentários desgraváveis . Ou quando Alice falasse sobre compras e Patch sobre xadrez  e Esme e Carlisle passassem metade da noite debatendo sobre a localização da primeira biblioteca pública dos EUA (Charleston) ou sobre as proporções certas para fazer a tinta "verde Charleston" (duas partes de preto "Yankee" e uma parte de amarelo "Rebel").Esme já tinha sido  curadora de um museu em Savannah e sabia tanto sobre arquitetura e antiguidades de época quanto sabe  sobre munição da Guerra Civil e estratégias de batalha. Era para isso que Lia tinha que estar pronta: Esme , meus parentes loucos como Alice , Patch e Emmett para completar.
Deixei de fora o único detalhe que ela realmente precisava saber. Considerando os acontecimentos mais recentes, o dia de Ação de Graças provavelmente também significava jantar com Carlisle falando sobre coisas demais . Mas isso era uma coisa que eu não poderia explicar.
Esme  levava o dia de Ação de Graças muito a sério, o que significava duas coisas. Carlisle  finalmente sairia do escritório, se bem que já estaria escuro, e portanto não seria uma grande exceção, e ele comeria à mesa conosco. Nada de cereal. Era o mínimo que Esme  permitiria. Então em homenagem à peregrinação do meu pai ao mundo que todos nós habitávamos todo dia, Esme  cozinhava muito. Peru, purê de batata com molho, feijão manteiga e creme de milho, batata doce com marshmallow, presunto com mel e pãezinhos, torta de abóbora e torta de limão com merengue, a qual, depois da minha noite no pântano, eu tinha quase certeza de que ela estava fazendo mais para o tio Abner do que para o resto de nós.
Parei por um segundo na varanda, me lembrando de como me senti na varanda de Ravenwood na primeira noite que fui lá. Agora era a vez de Lia , usava um vestido branco logo e com corte V bem pequeno e discreto . Ela tinha prendido o cabelo escuro, revelando o rosto, e toquei o ponto onde um fio conseguiu escapar, se enroscando até seu queixo.
Está pronta?
Ela puxou o vestido branco  para soltá-lo da meia-calça.
Não.
Deveria estar.
Sorri e abri a porta.
— Pronta ou não...
A casa cheirava como sempre .
Cheiro de riqueza e de
trabalho árduo.
—Jasper Hale , é você? — gritou Esme  da cozinha.
— Sim, senhora.
— Trouxe aquela garota? Traga-a aqui para que possamos dar uma boa
olhada nela.
A cozinha estava fervilhando.Esme  estava em frente ao fogão, usando o
avental e tinha uma colher de pau em cada mão. Rosalie  estava andando pela cozinha, arrumando a porcelana da mesa . Emmett e Patch estavam jogando palavras cruzadas mesmo sabendo que nenhum deles estavam ganhando
— Não fique aí parado. Traga-a até aqui.
Cada músculo do meu corpo se contraiu. Não havia como prever o que Esme  ou meus Irmãos  iam dizer. Eu ainda não tinha ideia de por que Esme  tinha insistido que eu convidasse Lia .
Lia deu um passo a frente.
— É um prazer finalmente conhecer a senhora.
Esme olhou Lia de cima a baixo, limpando as mãos no avental.
— Então é você que tem mantido meu menino tão ocupado. O carteiro estava certo. Linda como numa foto. — Me perguntei se Carlton Eaton tinha mencionado isso na ida até Wader's Creek.
Lia ficou vermelha.
— Obrigada,
— Ouvi dizer que você deu uma sacudida nas coisas naquela escola. 
Esme sorriu.
— Isso é bom. Não sei o que andam ensinando a vocês lá.
Patch colocou peças no tabuleiro, uma de cada vez: C-0-Ç-A-N--0. Emmett  se inclinou para mais perto do tabuleiro, apertando os olhos.
— Cowboy , você está roubando de novo! Que espécie de palavra é
essa? Use-a em uma frase.
— Estou me coçano para comer um pouco daquela torta branca.
— Não é assim que se escreve. — Pelo menos uma delas sabia ortografia.
Emmett tirou uma das peças do tabuleiro.
— Coçano não é com cê cedilha. —
Ou não.
Você não estava exagerando.
Eu avisei.
— Ouvi a voz de Jasper ? — Rosalie  entrou na cozinha bem na hora, de braços abertos. — Venha aqui e dê um abraço na sua irmã  .
Sempre me espantava por um segundo o tanto que ela se parecia com minha mãe real . O mesmo cabelo longo loiro , sempre preso, os mesmos olhos grandes e brilhantes . Mas minha mãe sempre estava mais para uma bela sulista com vestidos de verão e suéteres justos. Enquanto Rose gostava de jeans e jaquetas .
— Como estão as coisas aqui no pequeno ? — Rosalie estava passando um dias em Paris , e sempre se referia a Forks  como "pequeno " por ser realmente minúsculo .
— Tudo bem. Você me trouxe doce de amêndoa?
— Não trago sempre?
Peguei a mão de Lia , puxando-a para perto de nós.
— Lia , esta é minha irmã Rosalie ,  e estas são meus irmãos Patch e Emmett
— É um prazer conhecê-los . — Ela esticou a mão, mas rosalie apenas acenou com a cabeça
A porta da frente bateu.
— Feliz Dia de Ação de Graças. — Marian entrou carregando uma
travessa e um prato de torta, um em cima do outro. — O que eu perdi?
— Esquilos. — Emmett  andou até ela e passou o braço pelo de Marian.
— O que você sabe sobre eles?
— Já chega, todos vocês, saiam da minha cozinha. Preciso de espaço
para fazer minha mágica, e Patch Cullen , estou vendo você comendo minhas balas de canela. —Patch  parou de mastigar por um segundo.
Li a olhou para mim, tentando não sorrir.
Eu podia chamar a Cozinha.
Confie em mim,Esme  não precisa de ajuda alguma quando se trata de cozinhar. Ela faz sua própria mágica.
Todo mundo foi para a sala de estar. Alice e Rosalie  estavam conversando sobre a nova coleção de roupas francesas e  Emmett e Patch ainda estavam brigando sobre como escrever "coçando", enquanto Marian era a juíza. Era o bastante para deixar qualquer um maluco, mas quando vi Lia  entre meus irmãos e irmãs , ela parecia feliz, exultante.
Isso é legal.
Está brincando?
Era essa a ideia dela de uma festa em família? Comida e Palavras
Cruzadas e vampiros de 100 anos  brigando? Eu não tinha certeza, mas sabia que isso era o mais distante possível da Reunião.
Pelo menos ninguém está tentando matar ninguém.
Dê a elas uns 15 minutos, L.
Vi o olhar de Esme  pela porta da cozinha, mas não era para mim que
ela estava olhando. Era para Lia .
Estava armando alguma coisa, com certeza.
O jantar de Ação de Graças transcorreu como todo ano. Só que nada era
igual. Carlisle estava conversando com Lia  e eu estava de mãos dadas com uma garota Conjuradora por baixo da mesa. Por um segundo, foi demais — me sentir feliz e triste ao mesmo tempo —, como se as duas coisas estivessem presas uma a outra de alguma forma. Mas só tive um segundo para pensar nisso; mal tínhamos dito "amém" e as Irmãs começaram a trocar perguntas certamente constrangedoras , Esme  estava colocando colheradas enormes de purê de batata e molho nos nossos pratos e Edward  começou com a conversa superficial.
Eu sabia o que estava acontecendo. Se houvesse trabalho o bastante, conversa o bastante, torta o bastante, talvez ninguém notasse a cadeira vazia. Não havia torta o bastante no mundo para isso, nem mesmo na cozinha de Esme .
Ainda assim, Edward  estava determinada a me manter falando.
— Jasper , você precisa de alguma coisa emprestada para a encenação? Tenho umas jaquetas no sótão que realmente parecem autênticas.
— Nem me lembre.
Eu quase tinha esquecido que teria que me vestir de soldado Confederado para a encenação da batalha de Honey Hill se quisesse passar em História este ano. Todo mês de fevereiro havia uma encenação da Guerra Civil em Forks ; era a única razão pela qual turistas apareciam aqui.
Lia  esticou a mão para pegar um pãozinho.
— Não entendo por que a encenação é tão importante. Parece ser trabalho demais para recriar uma batalha que aconteceu há mais de cem anos, considerando que podemos ler sobre ela nos livros de história.
Oh-oh.
Alice ofegou; aquilo era blasfêmia na opinião dela.
— Deviam queimar aquela escola de vocês até não sobrar nada! Não estão ensinando história nenhuma lá. Você não pode aprender sobre a guerra da Independência Sulista em livro nenhum. Tem que ver por si mesma, e cada um de vocês crianças deveria, porque o mesmo país que lutou junto na Revolução Americana pela independência virou contra si mesmo na Guerra.
Jasper , diga alguma coisa. Mude o assunto.
Tarde demais. Ela vai começar a cantar o hino nacional a qualquer momento.
Márian abriu um pãozinho e o recheou de presunto.
— A Srta. Statham tem razão. A Guerra Civil fez este país se virar contra si mesmo, muitas vezes irmão contra irmão. Foi um capítulo trágico na história americana. Mais de meio milhão de homens morreram, apesar de a maior parte ter morrido de doenças e não em batalhas.
— Um capítulo trágico, é o que isso foi — assentiu Esme  . — Não fique nervosa,Edward Cullen .
Alice  deu tapinhas no braço do irmão . Edward  empurrou a mão dela.
— Não me diga que estou nervosa. Só estou tentando fazer com que eles diferenciem a cabeça do rabo do porco. Sou a única a ensinar alguma coisa. Aquela escola devia me pagar.
Eu devia ter avisado você para não provocá-las.
Agora que você me diz.
Lia  se mexeu desconfortavelmente na cadeira.
— Desculpe. Eu não tive a intenção de ser desrespeitosa. Nunca conheci
ninguém que soubesse tanto sobre a Guerra.
Boa. Se você estiver querendo dizer obcecada...
— Não se sinta mal, querida.Edward Cullen fica meio irritada de vez em quando. — Esme  deu uma cotovelada em Edward .
É por isso que colocamos uísque no chá dela.
— Foi aquele doce de amendoim que Rosalie trouxe. —  Alice olhou para  Lia se desculpando. — Tenho dificuldade com muito açúcar. Dificuldade em ficar longe de muito açúcar.
Meu pai tossiu e empurrou o purê de batata pelo prato distraidamente.
Lia  viu uma oportunidade para mudar o assunto.
— jasper  disse que o senhor é médico , Sr.Cullen . Que tipo de área o senhor trabalha ?
Meu pai olhou para ela, mas não disse nada. Provavelmente nem percebeu que Lia  estava falando com ele. Tossiu e começou a dizer .
— Trabalho na área de emergência e médico cirurgião. 
Lia  não foi desencorajada pelo apavorante traquejo social de Carlisle ,mas  de eu sim. Olhei para ele, cabelo arrumado , olhos bonitos e sorriso impecável, perfeitos demais para quem nunca dorme . Quando tinha chegado a esse ponto?
Lia  continuou.
— Onde você atende ?
Meu pai voltou à vida, animado pela primeira vez esta noite.
— trabalho no hospital público de forks e em Port Angeles também , gosto de ajudar em Seattle sempre que posso .

𝐌𝐎𝐑𝐍𝐈𝐍𝐆 𝐒𝐓𝐀𝐑 | 𝘫𝘢𝘴𝘱𝘦𝘳 𝘩𝘢𝘭𝘦Onde histórias criam vida. Descubra agora