—- HOJE ? Mas não é feriado.
Quando abri a porta da frente, Marian era a última pessoa que eu esperava ver, parada ali, de casaco. Agora eu estava sentado com Lia que vestia uma calça jeans e blusa bege com bordados brancos , no banco frio da picape turquesa velha de Marian, a caminho da biblioteca de Conjuradores.
— Promessa é dívida. É o dia seguinte ao dia de Ação de Graças. Sexta- feira negra. Pode não parecer um feriado, mas ninguém trabalha, e isso basta. — Marian estava certa.Esme provavelmente estava numa fila na frente do shopping com a mão cheia de sacolas desde antes do amanhecer; já tinha escurecido e ela ainda não tinha voltado. — A Biblioteca do Condado de forks está fechada, então a Biblioteca de Conjuradores está aberta.
— Durante o mesmo horário? — perguntei a Marian quando ela virou na Main.
Ela assentiu.
— Das nove às seis. — Depois, completou: — Das nove da noite às seis da manhã. Nem toda a minha clientela pode se aventurar à luz do dia.
— Isso não parece muito justo — reclamou Lia. — Os Mortais têm muito mais tempo, e eles nem leem por aqui.
Marian deu de ombros.
— Como eu disse, sou paga pelo Condado de Forks . Converse com eles. Mas pense em quanto tempo mais você vai ter até que seus Lunae Libri tenham que ser devolvidos.
Não entendi nada.
— Lunae Libri. Traduzido livremente, Livros da Lua. Podem chamá-los de Manuscritos dos Conjuradores.
Eu não ligava para como chamavam qualquer coisa. Mal podia esperar para ver o que os livros na Biblioteca dos Conjuradores nos diriam, e um livro em particular. Porque havia duas coisas que tínhamos pouco: respostas e tempo.
Quando saímos do jipe , eu não podia acreditar onde estávamos. A picape de Marian estava estacionada ao lado do meio-fio, a 3 metros da Sociedade Histórica de Forks , ou como Esme e Marian gostavam de dizer, a Sociedade Histérica de forks . A Sociedade Histórica também era o quartel general do FRA. Marian parou a picape bem afastada, para evitar o foco de luz do poste na porta.
Boo Radley estava sentado na calçada, como se soubesse.
— Aqui? O Lunae sei-la-o-quê é no quartel-general do FRA?
— Domus Lunae Libri. A Casa dos Livros das Luas. Lunae Libri, para
abreviar. E não, só a entrada de Forks para a biblioteca. — Eu caí na gargalhada. — Você tem o mesmo apreço que Esme pela ironia.
Andamos até o prédio deserto. Não podíamos ter escolhido uma noite melhor.
— Mas não é piada. A Sociedade Histórica é o prédio mais antigo do condado, junto com Ravenwood. Nenhum outro sobreviveu ao Grande Incêndio — acrescentou Marian.
— Mas o FRA e Conjuradores? Como podem ter alguma coisa em co- mum? — Lia estava chocada.
— Acho que vocês vão descobrir que têm mais em comum do que pensam. — Marian andou rápido até a velha construção de pedra, puxando o chaveiro já conhecido. — Eu, por exemplo, sou membro das duas sociedades. — Olhei para Marian sem acreditar. — Sou neutra. Pensei que tinha deixado isso bem claro. Não sou como vocês. Você Lia é igual a sua mãe , se envolve demais...
Eu podia terminar aquela frase sozinho. E veja o que aconteceu com ela.
Marian parou, mas as palavras ficaram suspensas no ar. Não havia nada que ela pudesse dizer ou fazer para voltar atrás. Vi que Lia se sentiu dormente , mas não falei nada.Estiquei minha mão para pegar alcançar a sua , e eu podia senti-la me puxando para fora de mim mesmo.
Lia . Você está bem?
Marian olhou para o relógio de novo.
— São cinco para as nove. Tecnicamente, eu não deveria deixar vocês
entrarem ainda. Mas preciso estar lá embaixo às 21 horas caso tenhamos algum outro visitante esta noite. Sigam-me.
Passamos pelo jardim escuro atrás do prédio. Ela mexeu no chaveiro até achar o que sempre pensei ser um enfeite, porque não se parecia com uma chave em nada. Era um anel de ferro com um lado articulado. Com mão treinada, Marian girou a articulação até que se encaixou no próprio anel, em outra posição, se transformando em uma lua crescente. Uma lua Conjuradora.
Ela empurrou a chave no que parecia ser uma grade de ferro na estrutura na parte de trás do prédio. Depois girou a chave, e a grade deslizou e abriu. Atrás da grade havia uma escadaria escura de pedra que levava para mais escuridão abaixo, o porão abaixo do porão do FRA. Quando ela girou a chave mais uma rotação para a esquerda, uma fileira de tochas se acendeu nas laterais da parede. Agora a escadaria estava completamente iluminada com luz tremeluzente, e eu podia até ver de leve as palavras domus lunae libri entalhadas no arco de pedra na entrada abaixo. Marian girou a chave mais uma vez, e a escadaria desapareceu, sendo substituída novamente pela grade de ferro.
— É isso? Não vamos entrar? — Lena parecia irritada.
Marian enfiou a mão na grade. Era uma ilusão.
— Não posso Conjurar, como você sabe, mas alguma coisa tinha que ser
feita. Há vagabundos que andam por aí à noite. Macon pediu que Larkin ajeitasse para mim, e ele vem manter tudo intacto de tempos em tempos.
Marian olhou para nós, repentinamente séria.
— Tudo bem. Se vocês têm certeza de que é isso que querem fazer, não posso impedir vocês. Nem posso guiá-los de maneira alguma depois que descermos. Não posso impedi-los de pegar um livro, nem tirar um de vocês antes que a Lunae Libri se abra de novo.
Ela colocou uma mão no meu ombro.
— Você entendeu, J.H ? Isso não é brincadeira. Há livros poderosos lá embaixo; livros de Feitiço, manuscritos de Conjuradores, talismãs da Luz e das Trevas, objetos poderosos. Coisas que nenhum Mortal e imortal jamais viu exceto
eu e meus predecessores. Muitos livros são encantados, outros amaldiçoados. Você tem que ter cuidado. Não toque em nada. Deixe que Lia mexa nos livros por você.
O cabelo de Lia estava ondulando. Ela já sentia a magia do lugar. Eu assenti, desconfiado. O que eu estava sentindo era menos mágico, meu estômago se revirava como se eu ainda estivesse totalmente vivo . Me perguntei com que frequência a Sra.Stanley e suas amigas tinham andado de um lado para o outro no piso acima de nós, sem saber o que havia abaixo delas.
— Não importa o que acharem, lembrem que temos que sair antes do nascer do sol. Nove às seis. São as horas de funcionamento da biblioteca, e a entrada só pode ser aberta dentro desses horários. O sol vai nascer exatamente às 6 horas; sempre nasce em Dia de Biblioteca. Se não tiverem subido a escadaria até o nascer do sol, ficarão presos até o próximo Dia, e eu não tenho como saber se um imortal sobreviveria com tanta mágica bem a tal experiência. Estou sendo perfeitamente clara?
Lia assentiu, me pegando pela mão.
— Podemos entrar agora? Mal posso esperar.
— Não acredito que estou fazendo isso. Seu tio Macon e Esme me matariam se soubessem. — Marian olhou para o relógio. — Vão na frente.
— Marian? Você... Minha mãe alguma vez viu isso? — Lia perguntou não conseguindo deixar passar . Não conseguia pensar em mais nada.
Marian olhou para ela , os olhos brilhando estranhamente.
— Sua mãe foi a pessoa que me deu o emprego.
E com isso ela desapareceu na frente de nós pela grade ilusória, e desceu
para o Lunae Libri abaixo. Boo Radley latiu, mas era tarde demais para voltar agora.
Os degraus eram velhos e cobertos de musgo, o ar úmido.NOTAS DA AUTORA
1. Desculpa por ter aparecido então , eu adotei um gato filhote ( o nome dele é lupin ) continuando e tem horas que ele é um folgado e outras que ele encarna o satanás então eu estou bem ocupada como escrava de um gato .
2. Eu tinha certa quantidades de capítulos para terminar a história porque ela seria short fic mais na real eu tive tantas ideas para esse final que pode ser que fique mais longo sim e eu ainda estou pensando no que posso fazer mais preciso saber de uma coisa .
O final da fic para vcs tem que ser feliz ?
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𝐌𝐎𝐑𝐍𝐈𝐍𝐆 𝐒𝐓𝐀𝐑 | 𝘫𝘢𝘴𝘱𝘦𝘳 𝘩𝘢𝘭𝘦
Vampire𝐋𝐎𝐕𝐄𝐑𝐒||Que ama alguém; que expressa amor por alguém; afetuoso. Em Forks , não havia surpresas . Pelo menos era isso que Jasper achava . Só que ele não podia estar mais errado , havia uma maldição , uma garota e um túmulo . Mas vamos por parte...