Capitulo 3

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Que mulher imprevisível - pensou Anna – tentou nos antagonizarmos e em seguida mostra-nos algo importante para ela. Na expressão de Dana não houvera nada que demonstrasse que suas opiniões importavam, mas Anna podia ver isso pela linguagem corporal dela.

Anna não sabia o que esperar, mas conteve o fôlego quando obteve a primeira visão da pintura. Era algo destramente executado, rico em detalhe, cores, e textura. Uma jovem robusta com cabelo avermelhado e cútis pálida apoiava a cabeça contra uma parede e estava com o olhar fixo em algo ou alguém. Havia uma flor amarela, delicada e muito bem texturizada. As cores estavam confusas, mais brilhantes... Mas havia algo familiar na curva da bochecha da mulher e a forma de seu ombro.

— Parece com algo pintado por um dos velhos Professores Holandeses. — Anna opinou.

— Vermeer. — Charles estava de acordo. — Mas eu nunca tinha visto este quadro.

A fae suspirou e se moveu para uma mesa. Ela começou a limpar seus pinceis com movimentos rápidos, quase febris.

— Ninguém o vê desde que se estragou em um incêndio há uns dois séculos. E ninguém jamais o verá de novo porque esta pintura não é a original. — Ela olhou a Anna. — Vermeer. Sim. O que vê na mulher?

E foi quando Anna viu a estranha sob o glamour. A estranha e… Reconhecível.

Ela nem sequer me machucou, o troll havia dito. Esta mulher era uma predadora, uma predadora na cúpula. Incomodada pelo olhar fixo e estranho, Anna balançou a cabeça.

— Não sei…

Dana fez um gesto agudo com sua mão.

— Você não o esta olhando.

Bastante exato. Anna olhou à mulher na pintura, que chocou com seu olhar fixo com olhos azuis claros, várias matizes mais ligeiros que Dana. A única resposta que a ocorreu foi estúpida, mas ela a disse de qualquer maneira.

— Há alguém neste quarto?

Os ombros da Dana se encurvaram e ela recorreu ao Charles.

— Não. Você vê? Quando ele terminou o original, ele colocou à força a uma camponesa das ruas... E até mesmo os ignorantes podem ver. Os estudantes do Vermeer que estavam ali o dia que o pintor terminou, chamaram-no, como a camponesa disse ao Professor: Ela Olha o Amor. Vermeer mesmo lhe deu o título de Mulher com Flor Amarela ou algo prosaico, como ele preferia.

Anna olhou a pintura, e quanto mais a olhava, mais tinha algo errado. Não mal. nada poderia subtrair-se da habilidade que apanhou a textura deliciosa da pele, o cabelo e o tecido do vestido da mulher... Mas era como escutar um desses programas de computador que tocavam música escrita: Perfeito em técnica e estilo… e sem alma.

— Não sei muito de pinturas. — Anna disse desculpando-se.

Dana negou com a cabeça e deu a Anna um sorriso pesaroso, o estranho predador não se via em nenhuma parte.

— Não, está bem. Minha gente está amaldiçoada pelo amor às coisas belas e nenhuma habilidade para criá-las.— Ela lavou as mãos. — Não todas as fae, é claro. Mas muitos de nós que estamos mais profundamente imbuídas na magia entregamos habilidades criativas de todo tipo. OH bem.

— Os dragões são assim. — Charles disse misteriosamente.

Ele conhecia um dragão? Anna o encarou, interessada. Ele sorriu um pouco, mas sua atenção estava na fae, que tinha terminado de se limpar.

— Os dragões não podem criar coisas?

Ele encolheu os ombros.

— É o que meu pai diz. Na maioria das vezes, ele diz coisas que sabe ser verdadeira.

O Domínio do loboOnde histórias criam vida. Descubra agora