Anna estava suando e amaldiçoando e Charles estava em condições de ser amarrado e um pouco em caminho de precisar moderar-se a si mesmo. Alan tinha nervos de aço, porque suas mãos se mantinham estáveis apesar de que Charles não podia manter seus grunhidos para si mesmo. Por último, Alan deixou o fórceps no recipiente.
— Já está, — ele disse. — Há pista quieta ali dentro. Posso-o cheirar, mas estarei condenado se o posso encontrar. Ao menos não é de prata. Uma máquina de raios X poderia localizar o resto.
— Temos um desses Aspen Creek. — Charles disse.
— Ou você pode deixar o resíduo supurar. Não há um lote, não penso que seja suficiente para pô-la doente.
— É aí onde meu voto vai. — A pele luminosa de Anna estava esverdeada, e havia círculos escuros sob seus olhos. — Não mais prova, por favor.
Charles se deslizou fora desde atrás dela.
— Mudará de ideia quando começarem a supurar...
— Farei isso. — Ela lançou bufos indignados. — Supuração. Que pensamento tão precioso.
Ele a beijou ligeiramente, logo se fixou bem nas cadeias que haviam usado na
Anna.
— Posso tirar estas, — ele disse, — se Arthur tiver as ferramentas corretas por
aqui.
— Vê e olhe, — Anna lhe disse. — Se for supurar, eu gostaria de fazê-lo na comodidade. E estas coisas não são muito cômodas. São muito pegajosas.
Charles sorria quando deixou o quarto, fechando a porta atrás dele. Enquanto ela sofria, e ele teve que obter ajuda para isso, ainda não tinha pensado a respeito de sua nudez. Mas ele não queria o Arthur entrando no quarto, então ele fechou a porta.
A casa estava escura, e ele pensou que Arthur devia ter voltado para a cama, a manhã estava ainda um pouco longe. Ele não ia dormir outra vez, não na casa de Arthur, e não ia mover a Anna até que ela se tivesse curado um pouco.
Foi às gavetas da cozinha e as abriu para ver se podia encontrar algo útil.
— Charles? — A voz de Arthur. Veio do quarto onde ele conservava seus tesouros.
— Sim, — ele respondeu. — Ando procurando algo para tirar as cadeias de Anna. Teria um jogo de pinças?
— Provavelmente tenha algo que funcionaria. — Arthur disse.
Charles deixou de procurar desordenadamente na gaveta do implemento de cozinha, levantou sua cabeça. Havia algo… Estranho na voz do outro homem.
Talvez não fosse nada. Talvez. Ele removeu uma faca de cortar fatias do bloco e deslizou no bolso de suas calças jeans.
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— Isso seria estupendo. — Ele teve o cuidado de conservar sua garganta frouxa, então Arthur não teria qualquer razão para imaginar que Charles tinha notado algo diferente. — Ela é forte, ela o manobraria, mas os quero fora. — Ele se moveu pausadamente através da sala de estar escura… E captou o cheiro persistente de Sunny no sofá próximo a ele.
Pobrezinha. Ele não a conhecia o suficiente para fazer algo mais que sentir lástima por ela/. Não é estranho que Arthur estivesse apagado. Curiosamente, a simpatia que sentia pelo Arthur era muito mais sincera, que qualquer duelo que podia fazer por Sunny.
Ele fez um intento para não pensar a respeito de quanto pior esta noite poderia ter sido. Eles queriam sequestrar a Anna, não matá-la. Eles sequestrando a Anna, o fazia ficar furioso, tão furioso que nem sequer ter matado aos três o tinha apaziguado. Nem ao Irmão Lobo tampouco.
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O Domínio do lobo
Hombres LoboESSA É UMA OBRA DE PATRICIA BRIGGS A humanidade estaria pronta para conviver com lobisomens? Depois de se transformar em lobisomem, Anna Latham não fazia ideia do quanto sua vida se tornaria complicada... e perigosa, já que acabaria se tornando a co...