Por onde? Por onde? Anna, com a língua pendurada para absorver o frescor do ar, decidiu deixar que os outros escolhessem. Seu fôlego cantou fora de sua garganta, e a exultação a fez tremer. A caçada.
Não importava que a canção da lua fosse só um desejo... Ou o vestígio do repique de seu coração, ou que o prêmio fosse uma bolsa de presunto que tinha estado apodrecendo, pois já tinha dois dias, e podia ter ou não um anel dentro. Pela primeira vez, ela amou a caçada, mesmo que Charles não corresse ao lado dela.
Porque estamos contigo, o Irmão Lobo disse a ela. É nisso que implica ser companheiros. Você nunca está sozinha. Nunca enquanto vivermos.
Bom, respondeu a ele.
Tinham seguido o cheiro de Angus por muito tempo antes que acabasse junto a um bilhete apoiado em uma luzinha de emergência. Dizia:
“Eu não escondi nenhuma das bolsas. Angus.”
Não foram os primeiros a encontra-lo e ela pôde sentir o cheiro de vários outros lobos, e outro lobo apareceu justo quando se foram.
Logo Ric tinha recolhido outro cheiro, provavelmente de algum outro lobo da alcateia de Angus, embora ela não o reconhecesse. E ela havia sentido calor em sua cauda quando o Alfa dele atirou seu peso contra ela e ela tropeçou lateralmente contra a parede enquanto uma rede caia de repente e Ric foi fortemente sacudido fora de suas patas em um embrulho bem amarrado.
Entre seus dentes e os de Isaac, só requereu um momento para liberá-lo... Depois que gastaram um pouco de brincadeiras. Cinco voltas mais tarde toparam com um lobo pendendo de cabeça para baixo em um eixo alto que corria ao ar livre uns quatro lances acima de sua cabeça.
Isaac fez ruído em sua garganta que soou solidário e provavelmente não foi. O lobo apanhado grunhiu quando o deixaram para trás, e o Alfa de Ric ficou extremamente feliz por um momento depois disso.
Anna pegou o cheiro de Moira e os conduziu por um túnel de não mais de dois pés, ele estava tão apertado que Isaac ficou muito infeliz, e Ric teve que arrastar-se para abrir caminho com dificuldade.
O túnel os levou a uma câmara pequena, quase sufocante. Tossiam com desassossego quando Ric conseguiu destruir a parede de madeira com uma barreira de umidade que mantinha o ar fora. Anna e ele tiveram que arrastar Isaac pelo pescoço a um lugar com mais ar, embora fedorento e rançoso.
***
Alguém aqui tem o número do celular da companheira de Arthur? — Charles grunhiu. Ninguém respondeu e então ele tomou seu celular e discou para seu pai.
— O que está errado? — Bran perguntou quando respondeu ao primeiro toque.
118
— Isso é o que tentamos descobrir. Você sabe o número da Sunny...o número do celular da companheira de Arthur aqui em Seattle?
— Sim, me dê um segundo. — Tal como disse, Bran retornou em um momento e passou o número.
— Chamarei quando souber o que está acontecendo. — Disse Charles, desligando. Ele chamou, mas não se surpreendeu, pela angústia de Arthur, que não respondesse. Depois ele chamou outro número.
— Preciso saber onde está este telefone celular: O 360-555-1834. A posição do GPS, depois uma localização se por acaso há uma. — Ele não se preocupou em esperar uma resposta, simplesmente desligou.
Arthur estava pálido e suava, sua pele fritava ao tato. Seu corpo se convulsionava, mas ele permanecia inconsciente.
Demoraria para seu contato rastrear o telefone. O sistema de rastreamento sem pistas levava tempo. Ele poderia pegar um computador com acesso a Internet, e em alguns dias... Seu homem era melhor. Mas o tempo não era amigo de Sunny.
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O Domínio do lobo
Hombres LoboESSA É UMA OBRA DE PATRICIA BRIGGS A humanidade estaria pronta para conviver com lobisomens? Depois de se transformar em lobisomem, Anna Latham não fazia ideia do quanto sua vida se tornaria complicada... e perigosa, já que acabaria se tornando a co...