A Lisa sai rapidamente. O barulho de seus saltos martelam o chão e ressoa em todo aquele espaço silencioso. As faxineiras pararam de trabalhar e agora sou o centro das atenções...
(Jake):"Vamos senhoras, voltem ao trabalho. Não há nada para ser visto aqui."
As senhoras acenam com a cabeça, envergonhadas, e voltam ao trabalho.
(Jake):"Venha sentar-se."
O Jake me ajuda a sentar em uma cadeira, e eu me solto nela.
(Millie):"Jake... Obrigada."
Ele simplesmente me olha deixando claro que entendeu. De repente, *ele* chega. No mesmo tempo o meu corpo relaxa e uma emoção poderosa toma conta de mim, como se o único que poderia acalmar o meu tormento interior estivesse finalmente ali.
(Ryan):"Millie!"
(Millie):"Ryan!"
Eu me levanto e me jogo em seus braços. Pouco importa o que os espectadores em volta vão pensar! Na verdade, isso nem importa mais, nem para ele, nem para mim. Eu enfio meu rosto em seu pescoço e desabo em lágrimas. Seus braços seguros envolvem minhas costas e sua mão acaricia meus cabelos bagunçados.
(Ryan):"Está tudo bem... Está tudo bem... Estou aqui agora... Está tudo bem..."
Quando me recomponho, eu mergulho por um instante em seu profundo olhar acinzentado e me deixo hipnotizar pelo seu perfume envolvente e seu calor reconfortante. Eu me afasto um pouco dele e lanço um olhar para Jake.
(Millie):"O Jake... Evitou o pior."
Ele se coloca ao nosso lado profissionalmente. O Ryan olha para ele um instante. Eu não consigo entender o que há nessa troca silenciosa entre os dois homens. Há muita tensão no ar. A Lisa volta. Ela está com uma bandeja com xícaras de chá bem quentes. Ela congela quando o Ryan se vira em sua direção.
(Lisa):"É... Eu... Trouxe as bebidas quentes..."
Se a situação não fosse tão dramática, eu morreria de rir diante da reação de minha amiga. Eu vejo o efeito Carter funcionando até nela. Pode-se perguntar se acontece dele não desestabilizar uma mulher. Com certeza tem mulheres menos fracas que nós, que não de deixam enfeitiçar por uma presença carismática e olhos penetrantes.
(Ryan):"Obrigado senhorita."
Dessa vez ela ficou vermelha como um pimentão. O Ryan me diz para sentar e se agacha para ficar da minha altura. Ele acaricia minha mão carinhosamente.
(Ryan):"Vai ficar bem?"
(Millie):"Sim, eu acho..."
(Ryan):"Eu vou te acompanhar até sua casa, ok?"
A Lisa se aproxima devagar. Ela levanta seu indicador como faria uma boa aluna querendo a palavra na sala de aula.
(Lisa):"Eu... Eu posso levá-la."
O Ryan coloca seus olhos acinzentados novamente sobre ela. Eles são tão bondosos quanto determinados.
(Ryan):"Gentileza sua senhorita, mas pode ir para casa. Eu vou cuidar da senhorita Olsen."
O Jake convida a Lisa para se afastar e nos deixa a sós, eu e o Ryan.
(Ryan):"Meu deus, Millie... Eu sinto muito..."
(Millie):"Não é culpa sua."
(Ryan):"É claro que é! É minha culpa se você corre perigo."
(Millie):"Ryan, não devemos duvidar do Jake... Se ele não estivesse ali..."
Seu olhar fica mais sério e sombrio, depois volta a ficar mais doce.
(Ryan):"Não vamos falar disso agora. Eu quero te acompanhar para deixá-la no quentinho."
(Millie):"Eu não quero... Eu não quero ir em seu... Você sabe..."
(Ryan):"Sim..."
(Millie):"Eu prefiro ir para minha casa."
(Ryan):"É claro."
O Ryan coloca devagar seu terno em minhas costas molhadas e chama o elevador para o subsolo.
Eu vejo minha cara acabada no espelho. Meu rímel escorreu, meu cabelo não parece com nada e meus olhos estão inchados. Podemos dizer que atravessei o olho do furacão! O trajeto até minha casa é feito em um silêncio fúnebre. Eu fiquei enfiada no assento envolvente do Aston Martin.
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𝐈𝐒 𝐈𝐓 𝐋𝐎𝐕𝐄, Ryan Carter
ФанфикAtenção: Essa história contém spoilers Millie Olsen trabalha há vários meses nas Empresas Carter, uma empresa influente em Nova Iorque e fundada pelo carismático Ryan Carter. Sua vida está bem organizada: ela tem seu apartamento, a Lisa e o Matt são...