𝐈𝐒 𝐈𝐓 𝐋𝐎𝐕𝐄, Ryan Carter

capítulo 6 ep:13

("Você pode ir para casa"? Eu estou te envergonhando ou o quê?!)

Eu fico boquiaberta e com uma mão na porta. A garota se vira de novo para o outro lado, visivelmente sem interesse. Sim, desculpe, eu não passo de uma simples subordinada...

(Ryan):"Feche a porta ao sair. Obrigado senhorita Olsen."

Seria melhor eu desaparecer, senão essa mulher vai achar que eu sou uma louca, e o Ryan não vai gostar dessa pequena crise de ciúmes. Mas, o jeito que ele me falou, como uma funcionária padrão mexeu comigo...

(E sobretudo estando sozinho com uma mulher magnífica como aquela, não é Millie...?)

Eu respiro bem fundo antes de entrar no elevador. Naquele espaço de aço, eu fico com as mãos inquietas. Eu preciso me acalmar... O Ryan tem o direito de ter entrevistas com mulheres! Qual é o problema?! Ah, está bem claro... Eu estou apegada, uma drogada, dependente, fanática pelo Ryan. Eu não suporto que ele dê atenção a uma outra. Será melhor eu dar uma recuada, ou então eu posso acabar caindo no erro da obsessão! Enquanto espero, meu ego acabou de levar uma surra! Quando as portas do elevador se abrem no térreo, eu respiro bem fundo. E se eu parasse de analisar por um momento? Do lado de fora, eu vejo a limousine. Um rosto familiar de alguém encostado na parede chama minha atenção. O Jake está fumando, com o olhar perdido na noite.

(Millie):"Oi Jake."

(Jake):"Boa noite."

(Millie):"Como vai?"

(Jake):"Estou bem. Estou esperando o senhor Carter."

(Millie):"Quando eu o deixei, ele estava com uma morena super elegante em seu escritório. Eu nunca a vi por aqui antes."

Algo em minha voz mostra minha irritação. O Jake deixa escapar um olhar surpreso em minha direção e traga seu cigarro.

(Jake):"E portanto, eles sempre se encontram."

(Millie):"É mesmo?"

Eu percebo que mostrei uma curiosidade suspeita, e minha voz um meio insegura para ser inocente. Ele joga seu cigarro no chão e amassa com a ponta do sapato, jogando a fumaça no ar.

(Jake):"Eu sei que ele tem o costume de ver essa pessoa depois do trabalho. Eu acho que vou levá-los ao restaurante."

Dessa vez eu recebi um verdadeiro golpe no coração. Eu me contento em olhar o Jake como uma imbecil. Essa é definitivamente a minha noite!

(Jake):"A sua noite com o senhor Carter no outro dia, como foi?"

O Jake dá um sorriso meio malvado. Será que ele está bravo comigo? Será que ele está tentando me dar uma bronca? Por que será que ele mostra essa cara irritada...?

(Millie):"Você tem algum problema com isso Jake?"

Sua expressão é indecifrável.

(Jake):"Nenhum."

Eu respiro devagar, observando os carros que passam diante de nós. Nessa hora, é um verdadeiro desfile de táxis e de pedestres apressados para voltar para casa... Eu estou com uma desagradável sensação de que o Jake estivesse com raiva. Como se eu o tivesse decepcionado. Será que ele esperava que algo fosse rolar entre nós...? De algum jeito eu estou com raiva de mim. Eu gosto dele... Eu tinha passado um momento bom com ele. Ao contrário do Ryan, tudo parecia mais simples com ele. É um homem direto, bem intencionado. Mas uma vozinha interior me aconselha de terminar logo esse papo...

(Millie):"Eu... Eu preciso ir. Boa noite Jake."

Ele acena com a cabeça e tira seu celular do bolso. Quando eu avanço para pedir um táxi, uma voz masculina me interrompe.

(Mark):"Senhorita Olsen!"

Quando eu me viro, o Mark está em minha frente, levemente ofegante, com as bochechas um pouco rosadas.

(Mark):"Depois desse dia cheio, você... Você gostaria de ir comer em algum lugar?"
 
Ele me observa. Parece todo envergonhado.

(Millie):"Ehh..."