Capítulo 9 EP:19

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O que para mim é ótimo, sendo sincera. 

(Millie):"Você mesmo faz algumas das maquetes?" 

(Ryan):"Não... O que me interessa mesmo é procurar aquelas que já  são feitas pelos maiores artesãos."

(É claro, que pergunta besta...! Você o pergunta se ama aquarela, ele vai responder que ele tem algumas obras de Willian Turner pelas paredes de casa...)

Eu fico olhando ele mexendo, toda boba. Quanto mais isso avança, mais eu ouço uma voz me dizendo que a atração carnal do início se transforma em alguma coisa muito mais forte... No carro percebo o Ryan tenso. Já faz dez minutos que deixamos a casa. Ele olha fixamente para a estrada. Suas mãos parecem tão presas ao volante, que as veias de suas mãos estão saltadas. Eu não sei o que dizer para deixar a atmosfera mais leve. |De repente o meu telefone toca. Eu dou uma olhada para o Ryan, que não parece dar atenção, antes de pegá-lo em minha bolsa. Uma mensagem do Matt agora! "Princesa, está uma loucura enorme aqui!! Tem uns caras estranhos! Não está pegando fogo ai em cima não?!" 

Matt, que fofoqueiro! Às vezes acho que ele seria uma boa dupla com a Lydie... Só que ele não tem vícios. O que não é o caso da senhorita. Ela faz fofoca, uma razão de existir. Ele, gosta de contar besteiras. Ele deve estar pensando que eu estou em minha sala, provavelmente em pânico e assediada pelas perguntas dos agentes. Eu prefiro guardar meu celular de novo, sem responder meu amigo. Eu não quero que o Ryan suspeite de nada. E, francamente, eu teria a impressão de participar de um jogo duplo... De repente, o objeto da minha atenção quebra o silêncio do lugar. Meu coração dá um salto em meu peito! 

(Ryan):"Tudo bem se eu ligar o rádio para ouvir as notícias?" 

(Millie):"Não, é claro que não!"

Ele vira o botão do rádio para encontrar um sinal bom, com a testa franzida. Eu prefiro deixá-lo fazer isso. Na FM News, rádio de notícias de Nova Iorque, os jornalistas já estão mandando ver. 

(Jornalista):"Depois do tiroteio no coração de Manhattan, o homem de negócios Ryan Carter,  novamente se fez ser lembrado. Sua empresa e agora, objeto de investigação. Nosso enviado especial Josh Dial está ao vivo próximo das Empresas Carter! Josh...?" 

(Repórter):"Sim Michael! Estou diante das Empresas Carter há mais de uma hora! Está um cenário típico de uma série americana aqui! Os agentes da IRS invadiram o lugar e bloquearam o acesso ao prédio. Por enquanto não sabemos de mais nada."

(Como?! Eles bloquearam o acesso? Meus amigos estão presos lá dentro?)

Sinto um frio percorrendo pela minha espinha. Seguro minha raiva. A última coisa em que Ryan precisa é que eu inflame mais a situação! Ele respira fundo. Eu percebo a contração em seu maxilar. Eu detesto vê-lo assim... Me sinto inútil...

(Repórter):"Nós tentamos saber mais, mas ninguém aqui saiba o que de fato esteja acontecendo. Por enquanto, ninguém sabe em que o Ryan está metido. Esperamos sua declaração."

O Ryan sacode a cabeça em sinal de negativo, sua expressão fica bravo.  

(Ryan):"Cretinos...! Eles não tem provas, e pelo que ouço, dá a entender que eu sou culpado por algo..." 

Eu percebo bem que ele está se controlando com dificuldade...

(Jornalista):"Obrigado Josh... O tiroteio, a garota misteriosa que emplacou as capas das revistas de fofoca de Nova Iorque, e agora a IRS... O Carter parece mesmo ter alguns segredos..." 

Eu me apoio bem sobre o banco. A garota misteriosa... Sou eu! 

(Jornalista):"Agora vamos com Anne-Lise para saber sobre o tempo... Fique conosco para mais notícias ao vivo!" 

O Ryan desliga o rádio todo afobado, com uma porrada. Eu tomo um susto. 

(Millie):"Essa história está atingindo proporções inacreditáveis com esses jornalistas...! Não podemos dar trela para o que eles dizem!"

(Ryan):"Tudo toma proporções enormes quando se trata de minha empresa Millie. Não posso fazer nada sem que levante curiosidade ou inveja. Então, se damos um osso para roer, eles serão os primeiros a cair com os dentes em cima. E isso, meus inimigos estenderam muito bem."

Eu suspiro olhando a paisagem passando do outro lado do vidro. Eu fico pensando que deve ser horrível ser sempre o alvo de todo mundo, o tempo todo... E também, me sinto mal. Há alguns meses eu certamente seria a primeira a querer que falem desses homens de negócios misteriosos, mas hoje tudo está mudado... Agora que vi o "outro lado", emxergo as coisas de um jeito diferente. A opinião é tão fácil de ser manipulada...! É tão fácil acabar com a reputação de um homem ou de uma mulher. Nem preciso de provas para isso, basta insinuar a dívida na cabeça das pessoas... Logo saímos da estrada para chegar à floresta de pedra. Neste horário deve estar um grande movimento. O Ryan volta acelerando, mudando toda hora de pista. Enquanto eu ficaria parada no trânsito, ele pilota sua máquina com uma habilidade incrível. De repente um som invade nosso espaço. 

(Ryan):"É o Leviels. Vou atender via bluetooth."

Ele aperta um botão e a voz do Mark sai pela caixa de som da Auston. Eu me sinto um pouco mal por estar ouvindo a conversa deles. 

(Mark):"Senhor, esse pessoal está ficando insistente... Eles pressionam o pessoal aqui para mexer em nossos arquivos..."

(Ryan):"O Sanders está ai para impedi-los. Logo chego aí no escritório. Enquanto isso, garanta que eles não mexam em nada."

(Sanders...? É a primeira vez que ouço esse nome) 

(Mark):"Muito bem. Eu... Eu vou cuidar das coisas aqui."

Eu percebo que o Mark está inseguro, parece que sucumbiu à ansiedade. Que dó. Eu sei o quanto ele é dedicado por esta empresa. 

(Mark):"Senhor Stewart quer falar com o senhor... Posso passar?"

(Ryan):"Não tenho tempo."

(Mark):"Ele insiste em falar com o senhor, ele diz que é muito importante..."

Eu sinto que o Mark se sente desconfortável em insistir com seu chefe. Por que o Jake quis passar pelo Mark para falar com seu chefe? O Ryan está evitando suas ligações? Mas por quê...? 

(Ryan):"Me passa para o Jake."

O Mark confirma timidamente. Ouvimos o aparelho mudar de mãos. O Ryan volta a usar seu tom de voz frio. O tipo que congela qualquer um. Eu olho espantada para ele. O que há com ele?

(Jake):"Senhor, a senhorita Olsen corre o risco de ser muito atingida se os agentes a virem chegar com o senhor. Eu o aconselho ir pela entrada norte, eu deixei o espaço seguro. Mas não é nada garantido..."


OBS: Demorou, mas eu voltei... Aproveitem esse ep, amanhã postarei mais, bjos de luz -3-

𝐈𝐒 𝐈𝐓 𝐋𝐎𝐕𝐄, Ryan CarterOnde histórias criam vida. Descubra agora